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INDÍGENAS DA AMÉRICA LATINA: CHOQUE DE CULTURA E CONFLITOS

Por:   •  6/8/2020  •  Seminário  •  1.461 Palavras (6 Páginas)  •  248 Visualizações

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INDÍGENAS DA AMÉRICA LATINA: CHOQUE DE CULTURAS E CONFLITOS

A NECESSIDADE DA COLONIZAÇÃO

A Europa, no final do século XV, estava vivendo em meio ao Mercantilismo e a explosão criadora do Renascimento. Estavam transitando do modo de produção feudal ao modo de produção capitalista. Então, com o objetivo de expandir as atividades comerciais e especialmente com a necessidade de obter matéria prima, os europeus estavam realizando expansões marítimas. Espanha e Portugal constantemente disputavam pelas rotas marítimas às Índias e pela costa ocidental da África, por onde se chegava ao destino. Durante um período onde Portugal dominou as rotas e a costa, Cristóvão Colombo sugeriu ao reis da Espanha (que estavam pobres depois da reconquista de Granada) uma rota alternativa às Índias: dar uma volta ao mundo pelo oeste. E assim, foram parar nas Américas. Ela surgia como uma invenção a mais, incorporada junto com a pólvora, a imprensa, o papel e a bússola ao agitado nascimento da Idade Moderna.

QUEM SÃO OS INDÍGENAS PARA OS COLONIZADORES?

Os indígenas nada mais eram que um caminho para chegar aos objetivos portugueses, infelizmente a maioria não estava preocupada com o que aconteceria com a população indígena. Eram considerados selvagens e primitivos por não terem os objetos, roupas, estilo de vida, fala e mesmo comportamento, sua cultura era vista como inferior aos portugueses.

Por serem inferiores em vários aspectos, eram designados como burros de carga, cachorros que não sabiam latir, vacas comestíveis e camelos impotentes, de acordo com De Paw.

O Padre Gregório Garcia afirma que os índios são preguiçosos, não crêem nos milagres de Jesus Cristo e não são gratos aos espanhóis por todo bem que lhe fizeram.

COMO ERAM OS COLONIZADORES PARA OS INDÍGENAS?

Para algumas tribos, a chegada dos espanhóis foi interpretada como a volta de seus deuses, provocando uma certa confusão. Esse momento foi essencial para que os colonizadores já começassem a tirar vantagens dos nativos.

Os indígenas eram abertos a diversidade e só queriam conhecer o corpo dos colonizadores (se eram iguais aos deles, se eram imortais ou se eram deuses) e só foram entender depois que eles eram invasores e queriam tomar suas terras.

GENOCÍDIO

Uma das maiores características da colonização tanto Brasileira, quanto da América Latina foi o número apavorante de mortos durante e após a chegada dos portugueses. Os indígenas não tinham o poder de armas e nem o conhecimento de fabricá-las, apenas produziam arco-flecha e lanças. Já os europeus possuíam espadas, machados, armaduras e entre outras armas.

Estima-se que ⅔ da população morreu no período de 50 anos. Os astecas, incas e maias juntos somavam entre 70 e 90 milhões quando os europeus chegaram. Após um século e meio, a população indígena passou a ser de 3,5 milhões.

Três anos depois do descobrimento, Cristóvão Colombo dirigiu uma campanha militar contra os índios Ilha Dominicana. Muitos morreram através do confronto ou se envenenavam, suicidavam, e as mães matavam seus filhos, 500 indígenas foram levados a Espanha como escravos em Sevilha e muitos morreram de forma miserável e sofrida.

Potosí foi uma das maiores causas de mortes, 8 milhões de índios foram mortos por exaustão, suicídio, doenças, fome, resistência ao trabalho, más condições de trabalho e com desmoronamentos.

Os dados revelam uma parte mortal da colonização, em 1620 a população nativa era de 18 milhões, foi reduzida para 600 mil em 1800, em 1900 chegam a 200 mil.

AS DOENÇAS

O maior aliado dos europeus eram as bactérias e os vírus. Eles passaram para os nativos a varíola, o tétano, enfermidades pulmonares, intestinais e venéreas, o tracoma, o tifo, a lepra, a febre amarela, cáries e várias outras doenças. Os indígenas não possuíam resistência nenhuma a essas novas enfermidades por ser o primeiro contato, por não terem anticorpos. Isso não ocorreu apenas na América Latina. O antropólogo Darcy Ribeiro estimou que mais da metade dos aborígenes das Américas, Austrália e ilhas oceânicas morreram contaminados logo ao primeiro contato com os homens brancos.

IMPOSIÇÃO RELIGIOSA

O cristianismo era a religião dos homens brancos europeus, tanto Espanhóis, quanto Portugueses. A palavra de Deus era posta sempre ao favor e a conveniência do poder sobre os índios.

No século XVI, vários teólogos protestaram contra a escravização dos índios, então ela foi proibida. Disseram que ela foi proibida, mas a verdade é que foi “abençoada”:antes de cada ação militar, os capitães da conquista deviam ler para os índios, na presença de um tabelião, um extenso e retórico Requerimento que os exorta à conversão à santa fé católica: “Se não o fizerdes, ou se o fizerdes maliciosamente, com dilação, certifico-vos que, com a ajuda de Deus, agirei poderosamente contra vós e vos farei guerra da maneira que puder em todos os lugares, submetendo-vos ao jugo e à obediência da Igreja e de Sua Majestade, e tomarei vossas mulheres e vossos filhos e vos farei escravos e como tais sereis vendidos, dispondo de vós como Sua Majestade ordenar, e tomarei vossos bens e farei contra vós todos os males e danos que puder (...)”. Era só uma desculpa para continuar com a escravidão e convencer eles mesmos de que aquilo era o que Deus gostaria.

Eram inúmeros argumentos e opiniões ligadas a crenças religiosas para tentar justificar

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