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Igreja E Poder E Feudalismo

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Por:   •  6/12/2014  •  1.919 Palavras (8 Páginas)  •  365 Visualizações

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A igreja e Poder

A Igreja:

• principal instituição da Idade Média; base de sustentação ideológica daquela sociedade estamental. A Igreja regulava a vida das pessoas do nascimento à morte, interferindo em questões comportamentais, econômicas, políticas, sociais.

• seu poder advinha de sua riqueza acumulada ao longo dos séculos e do fato de ser a detentora do monopólio do saber, em uma sociedade marcada pela existência de um grande número de pessoas iletradas.

Alto Clero:

De origem nobre, muitos afastavam-se dos princípios religiosos, estando mais voltados à riqueza, ao luxo, à terra e ao poder temporal.

Era comum a compra de cargos pelos filhos dos senhores feudais que não usufruiriam do direito de primogenitura (apenas o mais velho recebia a herança), dessa forma, os filhos mais novos dos nobres recebiam terras da Igreja para administrar.

Baixo Clero:

Composto por ordens mendicantes, resgatavam os votos religiosos, vivendo de acordo com a verdadeira religiosidade cristã.

Não concordavam com a postura do Alto Clero  vinham dos segmentos populares.

A Inquisição:

Em 1229 é fundado o Tribunal do Santo Ofício (ou Santa Inquisição)  serviu de instrumento de perseguição à todos aqueles que ameaçassem de alguma forma os interesses da Igreja, sendo acusados de heresia.

A principal vítima da Inquisição foi a mulher, especialmente as bruxas. A figura feminina era vista como um instrumento do diabo para tentar a carne.

Etapas do Tribunal do Santo Ofício:

• Captura – a comitiva inquisitorial identificava e aprisionava os acusados;

• Processo inquisitorial – investigação em busca de provas da heresia (até marca no corpo servia)  o réu era submetido à tortura (onde muitos morriam)  o réu confesso era “perdoado” e enviado à pena máxima, ou seja, à execução;

• Auto de fé – o herege era queimado vivo em praça pública  como forma de impor a ordem pelo terror, intimidando qualquer manifestação contrária a autoridade eclesiástica.

Esse ritual tinha como pretexto propiciar a purificação da alma através fogo.

Filosofia na Idade Média:

• Patrística – Alta Idade Média  Santo Agostinho: A fé supera a razão (grande presença da Igreja)  inspirado em Platão;

• Escolástica – Baixa Idade Média  São Tomás de Aquino: possibilidade de conciliar a fé e a razão.

OBS.: essa diferença entre fé e razão em dois momentos distintos se deve aos seguintes motivos:

• na Alta Idade Média, a Igreja era a principal instituição;

• na Baixa Idade Média, a Igreja perde parte de seu poder, não sendo mais admitida como centro do poder, o renascimento comercial e urbano, proporcionou uma nova visão de mundo com o aparecimento de um novo grupo social – a burguesia.

O poder da Igreja

A religião cristã nasceu durante o Império Romano. Por séculos se expandiu, conquistando poder e grande número de adeptos. Em 313 obteve do governo romano o direito á liberdade de culto; em 391 foi transformada em religião oficial do império.

Entretanto, o poder da igreja só se consolidaria com a conversão dos povos germânicos ao catolicismo. Com isso, a Igreja sobreviveria à desagregação do Império Romano do Ocidente, ao mesmo tempo que se transformava na mais poderosa instituição de seu tempo.

Em uma sociedade fragmentada, a Igreja católica garantia não só a unidade religiosa, mas também a política e a cultural. Com o controle da fé, ela ditava a forma de nascer, morrer, festejar, pensar, enfim, de todos os aspectos da vida dos seres humanos no mundo medieval.

A Igreja católica foi a instituição mais poderosa da idade Média. Numa época em que a riqueza era medida pela quantidade de terras, a Igreja chegou a ser proprietária de quase dois terços das terras da Europa ocidental. Era a grande senhora feudal, participando das relações de suserania e vassalagem e controlando a servidão dos camponeses.

Ao contrário da nobreza – que tinha seus bens repartidos por heranças, casamentos, lutas pela posse da terra, etc. - , a Igreja só acumulava riquezas, já que os bens não pertenciam aos religiosos, mas a própria instituição.

Assim, usufruindo o poder que tinha sobre as consciências, a Igreja católica pôde acumular grande riqueza material. À medida que essa riqueza crescia o alto clero, constituído por aqueles que ocupavam cargos mais elevados na hierarquia interna da Igreja, distanciava-se dos assuntos religiosos.

O Feudalismo

O feudalismo tem inicio com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa). As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos.

Estrutura Política do Feudalismo

Prevaleceram na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.

Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

Sociedade feudal

A sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas

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