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Interações dos diversos agentes na região do Rio da Prata.

Por:   •  15/10/2015  •  Resenha  •  743 Palavras (3 Páginas)  •  420 Visualizações

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Interações dos diversos agentes na região do Rio da Prata.

No texto “Identidades e Políticas Coloniais: guaranis, índios infiéis, portugueses e espanhóis no Rio da Prata”, a autora Elisa Frühauf Garia apresenta a relação existente na ocupação da Região do Rio do Prata, entre índios, espanhóis e portugueses, onde existia uma grande separação entre índios e espanhóis.Os índios eram classificados como amigos e inimigos, de acordo com os interesses do governo colonial e ambos considerados sempre inferiores. Os índios que habitavam as regiões fronteiriças, como o Rio da Prata, eram tidos como um obstáculo para o funcionamento e  expansão colonial. As Missões tiveram um papel importante neste processo, pois defendiam cada território conquistado contra colônias expansionistas de outro estado e da ameaça indígena (“não convertidos”); tentavam construir um grupo heterogêneo para manter as relações. Mesmo assim os Jesuítas consideravam que mesmos os índios tidos como “amigos” poderiam ser espias duplos, o que lhes geravam dúvidas.

Nesse processo de expansão colonial luso-castelhana, os índios eram classificados em os missioneiros, por estarem associados aos espanhóis e os minuanos, que estariam ao lado dos portugueses. Os espaços eram divididos de acordo com os interesses políticos e estratégicos ibéricos. De certa forma todos se beneficiavam com essas representações, de acordo com ORTELLI, 2007, “em certas situações, beneficiava funcionários da coroa que, ao apresentarem-se como uma garantia para a segurança da região, conseguiam se manter em seus postos. Os colonos, por sua vez, também utilizavam tais estereótipos a seu favor: poderiam atribuir aos índios atos de violência por eles praticados”. Essa representação também era difundida pela própria Coroa para manter colonos afastados de uma determinada área e os índios também se beneficiavam da fama de belicosos. Nessas relações de forças, alternavam-se momentos de conflitos e situações de convivências amistosas de acordo com os interesses de cada grupo envolvido. A autora relata  claramente a classificação européia dos nativos.

Os portugueses por sua vez, fizeram alianças com os índios considerados “infiéis”, que eram um obstáculo para os espanhóis, mas ao mesmo tempo os portugueses tinham desconfianças deles. Enfim uma relação conturbada, pois o que se mostra na maioria das vezes é o conflito entre espanhóis e portugueses, porém aliar-se aos infiéis era um grande recurso para os portugueses na conquista de territórios.

Os portugueses também eram considerados como ladrões, que invadiam os espaços dos espanhóis e roubavam não somente gados, mas tentavam conquistar aliados para o seu lado, desfalcando o lado espanhol.

Durante o processo de implementação do Tratado de Madri, para impedir a passagem das comissões demarcadoras, os missioneiros procuraram os minuanos em busca de aliança e entraram em acordo, porém estes não confiavam nos minuanos por diversos motivos como no caso do Cacique Moreira citado no texto.

O Tratado de Madri foi anulado mesmo assim os portugueses continuaram se relacionando com os missioneiros na tentativa de se expandir territorialmente, investindo constantemente contra as Missões.

Falando em investidas, outra questão envolvida nesta análise é a violência, que era vista Omo um meio de sobrevivência dos grupos, principalmente dos missioneiros. Um exercito formado pelos guaranis era uma espécie de defesa nas fronteiras contra portugueses e espanhóis que não concordavam comas idéias da Missão.

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