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MEMÓRIA E HISTÓRIA EM LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA: O PNDL EM PERSPECTIVA.

Por:   •  25/8/2016  •  Monografia  •  5.703 Palavras (23 Páginas)  •  301 Visualizações

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1.ESTUDO DE ARTIGO

MEMÓRIA E HISTÓRIA EM LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA: O PNDL EM PERSPECTIVA.

São resultados de uma pesquisa desenvolvida entre os anos 2009-2012.

Dizer que a presença da memória como um fenômeno político e social central do contexto histórico em que vivemos na contemporaneidade vários autores nos leva a refletir sobre. A releitura da obra de Walter Benjamin, que mostra os vínculos éticos entre o tema da memória e as novas modalidades de construção de projetos de identidade, nos quais a memória e as novas modalidades de construção de projetos de identidade, nos quais a memória projeta-se como força propulsora para a construção de sentidos e continuidade da vida. Essa foi a visão de Pablo Jedlowki (2010). Já o Paul Ricoeur (2008) em sua obra monumental nos leva a compreender a memória por meio de uma reflexão sobre seus excessos, abusos, silenciamentos, seleção e até esquecimento e também o perdão como uma ação política no presente, perante o mundo da sociedade.

Uma série de autores se dedicou a investigação dessa temática, mas o crescimento dessa preocupação e a necessidade de se revistar sempre o que se encontra por detrás dos riscos e potencialidades das operações de memórias. George Orwell (1979), há 40 séculos passados disse: “Quem controla o passado controla o futuro e quem controla o presente controla o passado”. Ou seja a memória está estranhada por toda parte em nossa vida.

Na passagem do século XX ao XXI, nossa forma de se relacionar com o tempo mudou significamente e vinculada ao declínio da visão teológica da história, na qual o futuro se abria a caminhos previsíveis. Por isso, era fácil falar em uma história universal e em um tempo cronológico instrumentalizado. E depois com as experiências traumáticas das grandes guerras e crises econômicas mundiais, o futuro que se abriu transformou a forma de compreender e teorizar o tempo, e hoje as projeções de futuro estão fortemente vinculadas a um desejo de memória. Vários grupos sociais mobilizam discursos de memória, antes esquecidos ou silenciados no tempo, a fim de reivindicar seu lugar no mundo como sujeito na história, e cresce a atenção aos deveres de memória, interpretação que selecionam e em casos excluem e sim para a própria formação da consciência de si na história. Um exemplo no Brasil, sobre a força desse movimento de embate da memória na contemporaneidade foi as lutas do movimento negro, que teve sua identidade nacional ancorada na noção de ausência étnico-racial, e hoje reivindica a consciência de uma identidade negra a partir da interpretação historiográfica do seu passado na História Brasileira. E com isso, o governo tenta harmonizar através das cotas para afrodescendentes e a lei que torna obrigatório o estudo da cultura afro-brasileira e indígena.

As pessoas que tiveram familiares ou pessoas próximas vítimas da ditadura militar, que embora não vise penalizar antigos infratores, querem tornar pública uma parte da História do Brasil que não se deseja que seja esquecido.Até porque esse movimento não se diz respeito somente ao nosso país, são muitos outros, como a Espanha, Grã-Bretanha, África, Ásia e vários outros, com exemplos de relevância social, política e acadêmica que o campo temático da memória assume na atualidade.

“Memória e vida atravessa a existência humana conferindo-lhe significação, sentido, afetividade.” Paul Ricoeur disse isso. Através das memórias podemos encontrar localização de tempo e espaço, é uma forma de nos entendermos dentro de grupos de outro tempo.

O ensino de história tem as questões sobre memórias atribuídas a si como responsabilidade é profundamente afetada pelos efeitos deste debate. A escola é um lugar atravessado por memórias e a história tem esse desafio de trazer memórias de experiências passadas para desvendar os desafios do tempo presente, e ajudar a projetar o futuro.

Quando fortalece-se a ideia das críticas do conhecimento histórico em seus procedimentos e métodos, onde subdimensionar o sentido das operações da memória, é um movimento que além de trazer grandes repercussões para o aprofundamento reflexivo do ensino de história, pode também obscurecer a potencialidade memória.

Lembrar o passado e escrever sobre ele não são a mesma coisa, pois todo fato gera debates e conclusões e longe de serem resolvidos.Antigamente a noção de história como sinônimo do passado era entendido como continuidade, possível de ser rememorado, e por isso ser resgate seria suficiente para formar as identidades nacionais.

2- ANALISE DO TEXTO DOS PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II (5ª A 8ª SÉRIES)

O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades estende-se mais ainda no despertar deste novo tempo e aponta a necessidade de se construir um novo modelo de escola voltado para a formação de cidadãos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram elaborados buscando, uma forma de respeitar as diversidades regionais, culturais, politicas existentes no país e, por outro lado, considerar a necessidade de construir referência nacional comum ao processo educativo em todas as regiões brasileiras. Com isso, tem o intuito de criar condições nas escolas para que os nossos jovens possam ter acesso aos conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários ao exercício da cidadania. A seleção dos conteúdos de história tem sido diversificada, sendo feita normalmente segundo uma tradição já consolidada mais permanentemente rearticulada de acordo com temas relevantes a cada momento histórico.

Possui vários questionamentos e dúvidas referentes ao passado, análises e identificação de relações entre vivencias sociais no tempo. História das relações sociais, da cultura e do trabalho, historia das representações e das relações de poder, nações, lutas, guerras e revoluções, cidadania e cultura. A partir disso são selecionados os conteúdos da historia brasileira, da história da America, da Europa, África e do Oriente. Como alguns estudantes já estão chegando ou já chegou à idade de votar e importante estimula-los a interrogar a questionar o presente, para que possam distinguir e entender as relações sociais e políticas atuais a partir das perspectivas históricas, identificar as semelhanças ou discordâncias e construir suas próprias

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