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Manual de Teoria da História.

Por:   •  10/10/2016  •  Resenha  •  891 Palavras (4 Páginas)  •  830 Visualizações

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Dayane Soares da Silva

Anotações de Leitura

DROYSEN, J. G. Manual de Teoria da História. RJ: Vozes, 2009. [livro inteiro]

APRESENTAÇÃO (Julio Bentivoglio)

  • O autor, Johann Gustav Droysen (Alemanha, 1808-1884), foi filólogo, tradutor, historiador e teórico da história. Um dos maiores historiadores alemães do século XIX.
  • “Sua obra abriu novas perspectivas para a definição do método histórico e para a autonomia da história ao lado das demais ciências humanas, ao conferir-lhe um estatuto rigoroso e suficiente que, em se tratando das exigências de fundamentação epistemológica, nada deixava a dever às ciências naturais” (pp.7).
  • Droysen recusou dois possíveis desvios, o positivista e o da concepção da história simplesmente como arte narrativa.
  • Historie: relato ou narrativa de algo acontecido, substituído por Geschichte que passa a identificar tanto o acontecimento em si como o seu relato.
  • Juntamente a Droysen, coube a outros historiadores da Escola Histórica Alemã elevar a história à categoria de ciências. Apesar disso, Droysen lançou fortes críticas à perspectiva de Ranke em relação ao método e à produção do conhecimento histórico.
  • Droysen é pouco citado, principalmente no Brasil, por aqui ser dada maior ênfase a historiografia francesa.
  • Realiza a crítica a partir da época, lugar, origem, conteúdo e forma.
  • Formaliza em detalhes as diferentes fases da operação historiográfica.
  • “Ele foi [...] um dos primeiros a recusar a redução da história a uma mera ciência de textos, a mera crítica de fontes, ou ainda como uma mera narração objetiva de fatos a partir de um conjunto de documentos” (pp.11).
  • Normativismo histórico: um tipo de nova reflexão sobre a história, chamado de Historik por Droysen.
  • “[...] sem fazer concessões à filosofia, à filologia, ou aos modelos oriundos das ciências naturais, Droysen elaborou uma reflexão que é ao mesmo tempo uma teoria sistemática e uma metodologia para a história, que procura sintetizar o particular e o universal, o empírico e o especulativo, a relação entre o sujeito e o objeto do conhecimento histórico e, ainda, indicando tipos de escrita possíveis para a apresentação dos resultados obtidos pela pesquisa” (pp.12).
  • Grundriss: “mostra que a finalidade da história é sempre incompleta, um aprender ao pesquisar, em que não existe um sentido fixo e predeterminado a priori [...] o passado não se reduz a simplesmente explicar o presente” (pp.13).
  • “A teoria da história de Droysen parte da questão de saber como, por onde começar e o que fazer a fim de se tornar um historiador” para isso “[...] ele realizou uma análise sistemática e metódica da ciência histórica. Em Droysen, a operação historiográfica deve começar com uma pergunta, com uma questão histórica e com reconhecimento dos traços do passado no presente, nas lembranças e nos vestígios, que servem de fontes para o historiador. Em seguida, entra a metodologia que reúne a heurística, interpretação e crítica das fontes, na qual hipóteses são levantadas e testadas, onde o historiador se torna autoreflexivo e percebe sua relação ou não com aquela tradição [...] visto relacionar-se com o problema da objetividade e da subjetividade na história” (pp.18).
  • Droysen:
  • Expõe os procedimentos possíveis para exposição dos resultados produzidos em quatro tipos: exposição investigativa, narrativa, didática e discursiva.
  • Realizou a distinção entre o que é dado pela natureza e o que é fruto do dever histórico, marcado pela presença e ação dos poderes éticos.
  • Possui herança hegeliana: não nega que a evolução histórica assume caráter teleológico.
  • Usa o “[...] termo História (Geschichte), que assume aqui tanto a acepção de ciência histórica geral, como a evolução histórica global da humanidade e a sua distinção com a teoria da história (Historik) e das histórias em geral, identificando a segunda como domínio de reflexão sobre as histórias produzidas e sobra à própria história...” (pp.19).
  • Na metódica dialoga mais “[...] com Hegel e Kant, ao abstrair a partir das práticas humanas, na Sistemática ele procura unir dialeticamente Bilding (formação) e sittliche Welt (mundo ético), trabalho da história humana e liberdade humana, na trilha de Humboldt” (pp.Idem).
  • Acredita que a história torna-se o nome da espécie, um nome para a humanidade.
  • Crê que ética e história são inseparáveis, sendo que a primeira se apresenta ao historiador como material empírico e um objeto.
  • Teve suas conquistas/obras eclipsadas, sobretudo pela produção da Escola dos Annales, bem como pelas disputas com pensadores alemães, como Hegel, Marx e Weber e a reaproximação da história no século XIX com o materialismo histórico ou o positivismo.
  • “a Historik é uma ciência que procura mostrar o que sucede quando se escreve a história e quando se pensa e vive como ser histórico, e, por este motivo, se ela é fundamental para que tais processos sejam esclarecidos e fica suposto que somente a riqueza empírica não é suficiente para que se compreenda o que é História” (pp.24).
  • Para ele pensar historicamente é pensar teologicamente, colocando em confronto certa orfandade de destino e o impulso da vontade humana.
  • Historicidade: se verifica quando a consciência histórica capta o passado no presente e vislumbra o futuro.
  • “Com Droysen o pensamento histórico deixou de ser um apêndice da filosofia. E o método histórico desprendeu-se do filosófico [...] o presente é a verdadeira fonte de sentido e não o passado” (pp.25).
  • “Para Droysen, tanto o conhecimento especulativo quanto o eminente empírico têm suas restrições” (pp.25-26).
  • Tanto em Droysen como em Hegel não há uma imediaticidade entre o saber representacional e a verdade.

INTRODUÇÃO

  • “A essência do método histórico é de compreender ao pesquisar” (pp.38).

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