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O CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA

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Por:   •  18/9/2014  •  581 Palavras (3 Páginas)  •  744 Visualizações

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O CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA

A Sociologia surgiu no século XIX, momento histórico em que o capitalismo se consolidou como forma econômica, política e social de organização da sociedade e, embora tenha surgido para elucidar os efeitos do capitalismo sobre a vida social, a vida econômica e a vida política, não se atém unicamente aos estudos acerca das sociedades capitalistas.

Os dois grandes marcos históricos da modernidade, a Revolução Industrial Inglesa de 1780 e a Revolução Francesa de 1789, protagonizaram a superação do feudalismo e a conseqüente consolidação do capitalismo, transformando radicalmente todo um conjunto de relações econômicas e sociais, até então existentes.

No feudalismo, preponderava uma organização da produção econômica essencialmente agrícola. A maioria das terras da Europa ocidental encontrava-se dividida em “feudos”. Um feudo consistia apenas de uma aldeia e de várias centenas de acres de terra arável que a circundavam e na qual o povo da aldeia trabalhava. Apesar de algumas diferenças no tocante ao tamanho e as relações sociais, os feudos tinham características comuns. De uma extremidade, havia um senhor com sua família e seus empregados (domésticos e administrativos). De outra extremidade, os arrendatários das terras, ou seja, os servos. Tais arrendatários eram os camponeses, aqueles que trabalhavam a terra arável, a qual estava sob o domínio do senhor feudal.

Indubitavelmente, tratava-se de um sistema econômico alicerçado na servidão. A desigualdade entre o servo e o senhor feudal era a base das relações sociais de produção no campo. No entanto, havia diferentes graus de servidão, pois alguns servos tinham privilégios, afora os seus deveres e as suas obrigações.

A sociedade feudal era uma sociedade estamental, na qual predominava uma hierarquia sólida, estática, imutável. Não havia propriamente a propriedade privada das terras. Todas pertenciam ao monarca, o ápice da hierarquia social, econômica e política feudal, respaldado pelo Clero. Havia, entretanto, a concessão de terras do monarca aos nobres, os quais as arrendavam aos senhores feudais que as arrendavam aos servos.

Em fins do século XVIII, houve o período dos cercamentos nas mencionadas terras pelos senhores feudais, para a criação de ovelhas, cuja lã serviria de matéria-prima para as fábricas instaladas nos grandes centros urbanos que, há aproximadamente dois séculos, já haviam sido desenvolvidos. Por conseguinte, os servos foram expulsos das terras arrendadas para tais centros urbanos, onde, sem residência, pela primeira vez, trabalhariam nas fábricas para o recebimento de um salário mensal.

Trata-se do período de superação do feudalismo como modo de organização das relações econômicas, sociais e políticas, dando origem ao capitalismo. São inúmeros os aspectos concernentes a estas profundas transformações: mudanças no mundo do trabalho, ascensão da burguesia industrial como classe econômica e politicamente dominante, o surgimento de outras classes sociais, o desenvolvimento da ciência, novos valores sociais e uma inédita mobilidade política, econômica e social.

O trabalho no campo é substituído pelo trabalho urbano industrial. Se o camponês e o artesão, ainda que explorados no feudalismo, controlavam o processo de

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