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O Capitalismo: Questão Agrária no Brasil e Meio Ambiente

Por:   •  28/6/2017  •  Dissertação  •  4.633 Palavras (19 Páginas)  •  351 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A SOCIOLOGIA DAS SOCIEDADES AGRÁRIAS

DISCENTE: CAROLINE BOLETTA                MATRÍCULA: 201403008-1

DISCENTE: LETÍCIA VIEIRA DOS SANTOS        MATRÍCULA: 201531028-0

DISCENTE: LUCAS GENAZIO                        MATRÍCULA: 201531031-0

DISCENTE: NAYARA DIAS LEMOS                MATRÍCULA: 201522018-5

CAPITALISMO, QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL E MEIO AMBIENTE

Seropédica

2016 / 1

  1. INTRODUÇÃO AO CAPITALISMO

“Vivemos em um mundo capitalista!”. Certamente, esta frase foi dita ou ouvida pela maioria das pessoas, porém muitos ainda não sabem o que significa viver em um mundo capitalista. São Características do Capitalismo: Toda mercadoria é destinada para a venda e não para o uso pessoal; O trabalhador recebe um salário em troca do seu trabalho; Toda negociação é feita com dinheiro; O capitalista pode admitir ou demitir trabalhadores, já que é dono de tudo (o capital e a propriedade). O capitalismo evoluiu, passou por diversas etapas, tais fases são: Capitalismo Comercial ou mercantil: consolidou-se entre os séculos XV e XVIII. É o chamado Mercantilismo. As grandes potências da época (Portugal, Espanha, Holanda, Inglaterra e França) exploravam novas terras e comercializavam escravos, metais preciosos etc. com a intenção de enriquecer; Capitalismo Industrial: Foi a época da Revolução Industrial; Capitalismo Financeiro: após a segunda guerra, algumas empresas começaram a exportar meios de produção por causa da alta concorrência e do crescimento da indústria.

O capitalismo vem sofrendo modificações desde a Revolução Industrial até hoje. No início do século XX, algumas empresas se uniram para controlar preços e matérias-primas impedindo que outras empresas menores tenham a chance de competir no mercado. Nessa época várias empresas se fundiram, dando origem as transnacionais (também conhecidas como multinacionais). São elas: Exxon, Texaco, IBM, Microsoft, Nike, etc. O nome transnacional expressa melhor a ideia de que essas empresas atuam além de seu país. O termo multinacional nos levava a concluir que a empresa tinha várias nacionalidades. Por esta razão, o termo foi substituído.

A união de grandes empresas trouxe prejuízo para as pequenas empresas que não conseguem competir no mercado nas mesmas condições. Ou acabam sendo “devoradas” pelos gigantes ou conseguem apenas uma parcela muito pequena no mercado. Visando sempre o lucro e o progresso, grandes empresas passaram a valorizar seus empregados oferecendo-lhes benefícios no intuito de conseguir extrair deles a vontade de trabalhar. Consequentemente, essa vontade e dedicação ao trabalho levará o empregado a desempenhar o serviço com mais capricho e alegria, contribuindo para o sucesso da empresa. Infelizmente, muitas empresas não investem em seus operários e muitos deles trabalham sem a menor motivação, apenas fazem o que é preciso para se manterem no emprego e assegurar o bem-estar de sua família.

  1. GLOBALIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE

A política de globalização afeta negativamente o meio ambiente de diversas maneiras. Começando do ponto no qual as atividades de tecnologia avançada são desenvolvidas nos centros de poder, em países desenvolvidos, e tendo por outro lado, a localização de recursos naturais em países menos desenvolvidos, periféricos, o que faz com que a atividade de produção vá para estes países periféricos, onde a mão-de-obra é barata e há pouca exigência de proteção ao meio ambiente, fazendo com que haja uma alta produção de gases, sendo consequências das queimas de combustíveis, um causador grave do efeito estufa. Mesmo quando se sucede uma tentativa de rebate por parte dos países menos desenvolvidos a essas atividades, pode ocorrer à coerção velada, que são pressões de todos os tipos para influir na decisão dos Estados sobre o uso de seus territórios.

Outro ponto negativo está no comércio internacional, que tem crescido com a globalização da economia, de produtos naturais como madeiras e derivados de animais, o qual provoca sérios danos a ecossistemas inteiros, colocando a preservação destes em risco. Com isso, ocorre o processo de mercantilização da natureza, ou seja, elementos da natureza se transformando em mercadorias fictícias, como o ar, a água, a biodiversidade, que não foram feitas para ser vendidas, mas, através desta ficção são gerados mercados reais, que é o que está acontecendo na Amazônia, à transformação de bens em mercadorias.

A existência de um mercado de dimensões globais é responsável por boa parte da devastação florestas do mundo, o que gera escassez e desmatamento, logo, entramos na agricultura e pecuária, pois com o mercado global, há a facilidade de importar e exportar, o que pode ocasionar, em países com ações pouco limitantes, o uso de produtos químicos e técnicas que causam lesões ao meio ambiente.

Outro fator é a mecanização da agricultura, o que gera o não precisamento de obra-de-mão local, ocasionando assim, um êxodo rural, e a consequência disso é o aumento de pessoas no núcleo urbano causando impactos ambientais tais como a poluição externa, a formação das ilhas de calor e a questão da inversão térmica.

A tecnologia também serve para destruição do meio ambiente, como o caso das madeireiras que se apossam de terras via satélite, descobrem onde há terras disponíveis e fazem grilagem em imensos pedaços de terra.Além da ilegalidade, há a emissão de dióxido de carbono (CO2) ao longo do processo da serrada, que se dá desde o corte do tronco, até a chegada ao destino final. O dióxido de carbono é um dos gases do efeito estufa e tem papel importante nas mudanças climáticas. Vale ressaltar que as madeireiras legais não fogem da emissão do dióxido de carbono.

        A indústria de carvão também ocasiona impactos no meio ambiente, e os principais problemas são a poluição da água, a poluição do ar, a poluição sonora, incêndios causados pelo carvão, além de rejeitos radioativos.

  1. AGROPECUÁRIA E OS IMPACTOS AMBIENTAIS

As práticas agropecuaristas estão destruindo o meio ambiente brasileiro, a busca por carne cada vez mais barata gerou uma expansão maciça da pecuária intensiva, e com isso, as imensas quantidades de grãos, que antes eram para o consumo humano, agora servem de alimente para o gado. Toda destruição ambiental, principalmente, no Centro-Oeste do Brasil, tendo em vista plantação de Soja além de servir para o alimento do gado é visada para o mercado externo e não para o mercado interno. A incessante prática agrícola no Brasil exigiu dos latifundiários o uso intensivo de fertilizantes, pesticidas e herbicidas, provocando um arranjo de poluição do ar e da água que está prejudicando a saúde humana. Tais resíduos que escoam desses produtos químicos afetam o meio ambiente, criando zonas mortas nos mares, levando ao crescimento de algas tóxicas e mortalidade dos peixes, além de ameaçar todo o ecossistema de inúmeros insetos, sendo alguns ecossistemas muito sensíveis.

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