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O Desenvolvimento de Criticidade no Espectador

Por:   •  19/9/2022  •  Projeto de pesquisa  •  1.546 Palavras (7 Páginas)  •  57 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS[pic 1]

CURSO: HISTÓRIA

DISCIPLINA: PROJETO INTEGRADOR VII – TCC I

PROFESSOR: Me. MARCOS ANTÔNIO CAIXETA RASSI

TEATRO: desenvolvimento de criticidade no espectador

AMANDA RODRIGUES DE MIRANDA

PATOS DE MINAS

2022


[pic 2]

AMANDA RODRIGUES DE MIRANDA

TEATRO: desenvolvimento de criticidade no espectador

Projeto desenvolvido como requisito parcial de avaliação na disciplina Projeto Integrador VII – TCC, do curso de História do Centro Universitário de Patos de Minas, sob orientação do Professor Moacir Manoel Felisbino e coordenação do Professor Me. Marcos Antônio Caixeta Rassi.

 

PATOS DE MINAS

2022


SUMÁRIO

[pic 3]

1 INTRODUÇÃO        3

1.1 OBJETIVOS        4

1.1.1 Objetivo Geral        4

1.1.2 Objetivos Específicos        4

2 REFERENCIAL TEÓRICO        5

3 METODOLOGIA        7

4 CRONOGRAMA DE TRABALHO        8

REFERÊNCIAS        9

ANEXO A - FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADES        10

 


1 INTRODUÇÃO

A visão de mundo de um indivíduo parte de uma percepção inerente a ele. Viver como um cidadão de fato exige consciência da realidade que o cerca e politização, e moldar essa percepção a fim de que se amplie e se torne mais clara, política e consciente não é uma tarefa fácil. A Arte, além de bela aos sentidos e de atingir o emocional, pode muitas vezes auxiliar nessa ampliação.

A música, as artes plásticas, a literatura por diversos momentos apresentam mensagens que trazem à tona a criticidade do receptor, e com o Teatro não é diferente. A praticidade com que uma peça transmite uma cultura, uma história ou outra informação importante ao espectador não é segredo para ninguém. Por possuir esse papel, o Teatro é bastante utilizado no dia a dia em salas de aula e em projetos conscientizadores.

Falar sobre fábulas, Dia da Água, economia de água e energia, corpo humano, família, trabalho em equipe, alimentação saudável, abuso doméstico e infantil, colonização e revoluções se faz mais simples ao realizar um teatrinho para ou com os alunos. Para mais, a prática teatral é capaz de desenvolver e aprimorar a oratória, a linguagem corporal, a inteligência emocional, inter e intrapessoal, a leitura, a interpretação, entre outros. E é sabível que muitos veem no teatro um grande aliado didático na Educação. Mas em que grau o Teatro é capaz de influenciar o desenvolvimento de criticidade de um indivíduo?

O presente trabalho se justifica na necessidade em reconhecer o Teatro como um objeto de transformação social na vida do espectador, no que tange ao reconhecimento de sua realidade e em seu olhar crítico para com ela, e consequentemente, compreender a importância da democratização do teatro, tendo em vista que esse é pouco ou nada acessível às camadas menos abastadas.

  1. OBJETIVOS
  1. Objetivo Geral

Compreender a influência do teatro na educação e no desenvolvimento de criticidade nos telespectadores enquanto indivíduos em formação.

1.1.2 Objetivos Específicos

  • Discorrer brevemente sobre a história do teatro.
  • Analisar e compreender de forma sucinta o papel de cada indivíduo como componente em uma peça teatral.
  • Compreender como Arte, Teatro e Educação podem ser relacionados.
  • Observar como o teatro pode desenvolver a criticidade do espectador.


2 REFERENCIAL TEÓRICO

Desde os anos de 1962, Augusto Boal (1931-2009), diretor, ensaísta e dramaturgo brasileiro, descreve o teatro como sendo um instrumento de politização e desenvolvimento de olhar crítico. Segundo ele, em sua explicação ao escrever Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas, “todo teatro é necessariamente político, porque políticas são todas as atividades do homem, e o teatro é uma delas.” (BOAL, 1991, p. 13)

Ao observar o “Sistema Trágico Coercitivo de Aristóteles”, Boal percebe que o espectador é “criado” como um coro, um elemento passivo ao teatro, enquanto os atores no palco são protagonistas e detém o privilégio de impor suas ideologias às massas, perpetuando o discurso da classe dominante.

Para Augusto Boal, o que faltava no teatro era

a destruição das barreiras, criadas pelas classes dominantes [...] entre atores e espectadores: todos devem representar, todos devem protagonizar as necessárias transformações da sociedade. [...] Depois, destrói-se a barreira entre os protagonistas e o Coro: todos devem ser, ao mesmo tempo, coro e protagonistas – é o “Sistema Coringa.” (BOAL, 1991, p. 14)

Segundo ele, a destruição dessas barreiras é o foco dessa nova espécie de teatro, onde o espectador não é apenas um receptor passivo, mas assim como o ator, é também construtor daquela narrativa. Entretanto, para que o espectador possa participar dessa construção em conjunto com o ator, é necessário que ele reconheça aquela narrativa e reconheça a realidade a qual está sujeito.

O professor (UDESC) e colaborador (USP) do departamento de Artes Cênicas, Flavio Desgranges, em A Pedagogia do Teatro: Provocação e Dialogismo, escreve que nas décadas de 1960 muitos artistas e intelectuais acreditavam que, uma vez relacionada a lutas políticas, “a experiência artística [...] poderia despertar o sujeito para lançar um novo olhar para si e para o entorno”. Esse despertar para si mesmo e para seu redor seria essencial para uma “mudança autêntica na sociedade e no mundo.” (DESGRANGES, 2006, p. 55)

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