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O Início da Guerra dos Trinta Anos ao final do reinado de Luís XIV

Por:   •  8/4/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.298 Palavras (10 Páginas)  •  339 Visualizações

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Muitos palcos, um espetáculo

[pic 1]

Do início da Guerra dos Trinta Anos ao final do reinado de Luís XIV

Esta época também se caraterizou por uma crise generalizada:

  • Conflitos armados por motivos religiosos, económicos e políticos, como a Guerra dos Trinta  Anos (1618-48) provocada pelas dissidências religiosas;
  • Divisão entre Católicos e Protestantes com a Reforma de Lutero;
  • A reação da Igreja Católica ao avanço do Protestantismo com a Contrarreforma – o Concílio de Trento levou reforço do poder repressivo da Igreja (Inquisição e índex) e isto veio limitar a produção cultural, artística e científica);
  • A  instauração do Absolutismo Régio em vários estados europeus (Espanha, Portugal, Rússia e França), com o seu controlo interno e agressões externas;
  • a par do triunfo do Parlamentarismo – em Inglaterra e Países Baixos (os Países Baixos libertam-se de Espanha e tornam-se importantes Repúblicas marítimas e comerciais).
  • Instalou-se o Mercantilismo – em França, por Colbert, e em Inglaterra, por Cromwell;
  • Socialmente, prevaleceu a sociedade de ordens – clero, nobreza e povo – que obedecia ao rei;
  • A Espanha, maior potência colonial nos séculos XVI e XVII, estagnou a partir das guerras de Independência dos Países Baixos e de Portugal.
  • Culturalmente – artes, ciência e técnica – verificou-se uma certa ambivalência (liberdade/proibição e superficialidade/misticismo);
  • Apesar do esplendor das cortes absolutistas, nomeadamente a corte do rei francês Luís XIV, o “Rei-Sol”,este foi também, um tempo de crise, marcado por guerras, fomes, epidemias e levantamentos populares.´

A sociedade de ordens do Antigo Regime

O Antigo Regime:


Entre o final do século XVI e o final do século XVIII, existiu, em vários países da Europa, um regime político, económico e social caracterizado por uma economia baseada na
agricultura (na qual o comércio foi ganhando cada vez mais importância), por uma sociedade fortemente hierarquizada e estratificada, em que dominavam os grupos privilegiados, e pelo poder absoluto dos monarcas.

O absolutismo régio:


Muitos Estados europeus adotaram, entre os séculos XVI e XIX, um regime político denominado
absolutismo, tendo atingido o seu apogeu no século XVIII. O monarca absoluto concentrava em si todos os poderes:
[pic 2]poder legislativo (determinava as leis);
[pic 3]poder executivo (executava as leis);
[pic 4]poder judicial (julgava quem não cumpria as leis);
[pic 5]comandava os exércitos e orientava economicamente o país.
O rei considerava-se a representação de Deus na Terra e só a Ele devia prestar contas. O exemplo mais perfeito de absolutismo régio deu-se em
França com o rei Luís XIV. Em Portugal, o absolutismo teve o seu auge no reinado de D. João V.

Uma sociedade de Ordens ou Estados:


A sociedade, entre o século XVI e o início do século XIX, era fortemente
hierarquizada e estratificada, tal como se constatou durante a Idade Média, dividindo-se em três Ordens ou Estados: Clero, Nobreza e Povo, sendo este último também denominado por Terceiro Estado.

O
Clero e a Nobreza eram as Ordens privilegiadas e distinguiam-se pelo seu vestuário, privilégios, funções e títulos.
O
Clero constituía uma pequena parte da população, possuía muitas propriedades agrícolas, recebia rendas, doações e tinha direito à dízima (décima parte das colheitas). Estava, ainda, isento de impostos, da prestação de serviço militar e tinha tribunais e leis próprias.
A
Nobreza, integrava, também, uma pequena parte da população e, tal como o clero, detinha uma vasta área de propriedades fundiárias. Recebia títulos e pensões da Coroa, rendas e prestação de serviços pelos camponeses, não pagava impostos e ocupava os mais altos cargo militares, políticos e administrativos.

O
Povo ou Terceiro Estado – Ordem não privilegiada – ocupava-se das atividades produtivas, nomeadamente da agricultura, do artesanato e do comércio. Era constituído por estratos sociais diversos, sobretudo camponeses, artesãos, vendedores, marginais e mendigos. Deste grupo, também fazia parte a burguesia, que possuía cada vez mais poder económico devido à atividade comercial e desejava ocupar e exercer cargos políticos. Da burguesia faziam parte proprietários, mestres de ofícios, funcionários da administração, membros das profissões liberais (médicos, advogados…) e abastados comerciantes, que, por vezes, tentavam contrariar a reduzida mobilidade social, comprando títulos ou recebendo-os como recompensa de serviços prestados.
Durante este período, a maioria do Povo, apesar de assegurar todas as atividades produtivas, vivia na miséria, prestando serviços e pagando pesados impostos. Esta sociedade organizada em Ordens entraria em decadência aquando das grandes Revoluções liberais, que trouxeram enormes mudanças sociais.

A Europa da Corte. O modelo Versailles

Foi em França que o Absolutismo se iniciou e melhor se concretizou, sobretudo no reinado de Luís XIV.

A teoria da monarquia de direito divino, que defendia que o rei era o representante de Deus na Terra, levou a que, durante o século XVII, todos os monarcas tentassem governar de forma absoluta.

A corte francesa de Luís XIV, em Versalhes, tornou-se o paradigma da corte absolutista, em que, como num espetáculo num palco, tudo converge para a glória do rei: a arquitetura, a pintura, a escultura, a ornamentação, o mobiliário, os jardins.

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