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O Início da República

Por:   •  15/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.139 Palavras (9 Páginas)  •  130 Visualizações

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O início dessa república em 1889 teve grandes mudanças e também diversos conflitos após a constituição de 1891, tendo como espaço de relações e desenvolvimentos anteriormente no século XIX, onde as ideias começavam a se formar, desde uma visão conservadora até o próprio liberalismo, isso diferenciando-se de uma região para outra, com influências externas. Após1889com a tomada do poder republicano por parte do Marechal Deodoro da Fonseca o militar da implantação desse novo sistema político e administrativo, veio sucessivamente a ele Floriano Peixoto, conhecido como Marechal de Ferro onde seu papel segundo historiadores foi de uma certa “consolidação” da república, no início dessa republica os conflitos foram grandes entre positivistas e liberais, os primeiro pediam a Marechal Deodoro uma ditadura militar no lugar do governo provisório, já os segundos pediam pela convocação da constituição, discussões essas que estabeleceram diversas divergências como também uniões.

Após esses dois representantes eleitos indiretamente, inicia-se segundo o texto de Maria Efigênia as movimentações que já existiam mas só que agora passam a ser mais forte, que é as relações das oligarquias e dos coronéis momentos esses que foram se estendendo até 1930, mas até isso moveu e modificou diversas propostas de governo e mesmo administração regional e nacional. Um ponto a ser destacado que muito foi abordado é o federalismo substituindo o centralismo do império, e o próprio individualismo político econômico, que estavam entrelaçados junto as questões do liberalismo, onde os coronéis estavam localizados e influenciando, por serem um exercício político como fenômeno datado, e não uma pratica qualquer, essas relações do coronelismo aconteciam no âmbito municipal mais influenciando fortemente o estado, por ter sido um agente que influenciava não por si só, mas pelo controle que tinha junto aos outros coronéis “menores” que normalmente eram pessoas atuantes no meio social como médicos, farmacêuticos, militares dentre outros que mantinham ligações com superiores.

Já as oligarquias lutavam entre outras facções oligárquicas por disputa em busca do controle do poder estadual, elas tomavam relações também com os coronéis, mas seus ambientes de estadia, normalmente eram na política estadual e nacional, que desenvolviam bases como os coronéis para o federalismo, lembrando que não existia uma barreira entre coronéis e oligarquias, isso fluía de uma forma muito dinâmica, podendo e acontecendo muitos dos casos onde os coronéis entravam no meio das oligarquias por assumirem padrões desse citado, como também as oligarquias podiam se tornar coronéis assumindo funções representativas no município em que estejam.

Sobre as leis criadas, pelo que se percebe a partir do texto, elas vieram com o intuito de proteger as terras mais que a liberdade do próprio indivíduo “livre”, indivíduos esses que se encaixam em vários momentos nas pessoas que não tinham direito ao voto um dos mais importantes papeis políticos (apresentando esses segmentos praticamente imutáveis até 1930), a verdade é que para os libertos após a lei áurea de 1888, não houve modificação, até nas propostas de reforma agrária e educação para os ex- escravos que vinha desde os movimentos abolicionistas de 1870 como é apresentado no texto de Efigênia, até os próprios constituintes de 1891 que permaneciam na maioria das situações, apegados as idéias do império.

Um ponto que se expõe nesse período também são as relações militares que tomaram força desde a guerra do Paraguai (1864-1870) e das suas lideranças Deodoro e Floriano no poder público, essas situações ajudaram na atuação nesse meio político, no senso crítico deles como instituição de grande influência no meio social e principalmente nos acontecimentos posteriores como na era Vargas, e foi a partir dessas performances que verifica se na questão do positivismo, a difusão nas escolas militares e nos meios sociais, levando aos militares a uma concepção de missão cívica como é citado no texto da autora citada acima, um ponto a ser destacado é que Floriano sucessor de Deodoro era posicionado como antiliberal, tornando-se assim símbolo de uma republica radical.

As inconstantes situações políticas foram muitas nas relações de poder que se estabeleciam também pela questão da política do café com leite (1894-1931), onde os poderes se estabeleciam na maioria das vezes entre as oligarquias de São Paulo (PRP) e Minas Gerais (PRM) por presidentes civis fortemente influenciados pelo setor agrário dos estados de São Paulo com grande produção de café e Minas Gerais maior pólo eleitoral do país na época e produtor de leite. Lembrando também dos movimentos armados, das rebeliões e motins, dois movimentos que marcaram o período inicial da republica foram a Revolução Federalista (1893-1895) que se estendeu por diversos territórios dentre eles Paraná, e a Revolta de Canudos (1896-1897) marcando um grande massacre no sertão da Bahia como é citado no texto.  É claro que as situações não eram só essas, existia também outros conflitos partidários, militares, civis dentre outros que se estabeleciam nesse período da “república velha” (1889-1930).

Como pode ser visto no contexto geral citado acima, a democracia é complicada de expressar nesse período, pois na teoria a república ela existe para servir o meio público ou melhora sociedade em um coletivo, e não é bem isso que vemos com a organização e o rumo que esses processos políticos tomaram. Essa democracia pode ser vista por um lado, no ponto de vista do fim do poder centralizador do império e o início da eleição para presidência, a autonomia dos estados e dos poderes, o surgimento do federalismo e individualismo com a implantação da constituição de 1891.

Mas essa democracia sempre vai ser vista de forma limitada, e para determinadas classes sócias, onde os indivíduos que não tiverem dentro dos padrões de voto ou posição de destaque social (donos de terras principalmente, por exemplo), não conseguiram quase nenhuma oportunidade, é nesse momento que aparece o termo liberalismo excludente, onde o liberal dessa modernização que acompanhou a repúblicaficou na teoria para essas pessoas, e na pratica esse novo movimento excludente,elimina do processo de “progresso” do país esses indivíduos, por exemplo, ex escravos que não tiveram apoio nenhum, e pessoas sem condição financeira, é bem fácil perceber isso por tudo que foi citado acima, onde se ver apenas movimentos políticos de oligarquias e coronéis, ou mesmo pessoas com influência política (partidária em vários casos), econômica, enfim todo esse período vai ser marcado por essas relações de interesses, e a exclusão de uma determinada parte da sociedade que “não contribui” na visão, de quem estava administrando todos esses processos (oligarquias em sua grande maioria), isso se prolongando no passar das décadas.

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