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O Multiculturalismo: Hip Hop e Culturas Fora dos Centros

Por:   •  15/12/2021  •  Bibliografia  •  796 Palavras (4 Páginas)  •  84 Visualizações

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Multiculturalismo: Hip Hop e culturas fora dos centros

         O Hip Hop é um movimento cultural norte-americano que tomou força na década de 1970 na periferia de Nova Iorque, tendo como protagonistas as comunidades de imigrantes latinos, jamaicanos e afro-americanos, que sofriam com o descaso político e social e viviam em um contexto de excessiva violência urbana e alta criminalidade e em meio a constantes lutas contra a segregação racial. Apesar de ser um movimento que se originou nas periferias dos Estados Unidos, o Hip Hop não encontrou barreiras no Brasil e suas primeiras sementes germinaram em São Paulo no início da década de 80, os jovens se interessaram pelo movimento que estava ganhando repercussão por intermédio das equipes de som que organizavam bailes e de poucas revistas e discos comercializados na cidade. Um dos principais motivos para o sucesso do Hip Hop no Brasil foi a satisfação da busca por uma identidade cultural do jovem negro da periferia. No contexto de uma sociedade mergulhada no preconceito racial e sob um regime de ditadura, esse gênero musical, se tornou um meio de expressão desses jovens excluídos.

Como os demais movimentos culturais existentes, o Hip Hop tem suas peculiaridades. O vocabulário, por exemplo, é uma delas, os integrantes desse movimento empregam uma linguagem com gírias e termos próprios. Muitas expressões são uma mistura de português e inglês, resultando em neologismos que podem variar de lugar para lugar. Neologismos são fenômenos linguísticos que consistem na criação de novas palavras ou expressões, ou novas atribuições de sentido a uma palavra já existente na língua. Esse fenômeno linguístico ocorre porque a língua, assim como a sociedade, tecnologia e cultura, está em constante transformação. Criam-se ou recriam-se palavras para atender às necessidades que vão surgindo nos mais variados contextos sociais.

         A seguir, algumas expressões próprias do vocabulário de quem está envolvido com movimentos do Hip Hop:

Dar chapéu: enganar, enrolar;

Dar um rolé (ê): dar uma volta, surpreender;

Derrubar a porta: invadir.

Uma das características principais do Movimento Hip Hop é o grafite que é um tipo de arte urbana caracterizado pela produção de desenhos em locais públicos como paredes, edifícios, ruas, etc. É bastante usado como forma de crítica social expressando toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, tornando-se um importante instrumento de protesto aos valores estabelecidos e dando voz à periferia, motivando reflexões sobre as condições de vida nesses locais. Infelizmente ainda existem preconceitos em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo.

O preconceito da sociedade parte também da falta de informações a respeito do Hip Hop, até mesmo de algumas escolas que, se mostram resistentes à interferência deste movimento dentro da comunidade escolar e não o veem como importante nas questões sociais e educativas e por isso isso acabam fazendo com que muitos alunos não tenham acesso a esse movimento cultural, foi o que aconteceu comigo, que por falta de conhecimento ou talvez algum tipo de preconceito por parte da escola , não tive nenhum contato com este estilo musical enquanto cursava o Ensino Médio na escola EEEFM “Conde de Linhares”.  Infelizmente utilizava-se de um paradigma antigo, onde o livro didático era visto como a melhor forma de se obter conhecimento não havendo espaço para inclusão de outras linguagens ou métodos.

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