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O Mundo do Império Romano: a influência grega literária e religiosa

Por:   •  8/5/2018  •  Ensaio  •  3.424 Palavras (14 Páginas)  •  281 Visualizações

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Universidade de Pernambuco - Campus Mata Norte

Anaielly Júlia Fernandes Vasconcelos

Jaithanya Wezilhyn dos Santos

O mundo do Império Romano: a influência grega literária e religiosa.

Nazaré da Mata – PE

2018


Universidade de Pernambuco - Campus Mata Norte

Anaielly Júlia Fernandes Vasconcelos

Jaithanya Wezilhyn dos Santos

O mundo do Império Romano: a influência grega literária e religiosa.

Ensaio acadêmico referente à primeira avaliação da disciplina de Antiguidade Clássica, apresentado no curso de licenciatura em história, da Universidade de Pernambuco – Campus Mata Norte.

Professor: Dr. José Maria.

Nazaré da Mata – PE

2018

Sumário

Introdução        4

1.        Dionísio e a construção literária do mundo romano        5

1.2 Formação educacional e cultura: o grego e o latim        6

2. A influência grega na religião romana        7

2.1. Fundação de Roma:        7

2.2. A influência religiosa grega em Roma:        8

Conclusão        10

Referências bibliográficas:        11


Introdução

        O nascimento do Império Romano deu-se em 27 AEC, no entanto, seu fim, de acordo com o ponto de vista de alguns historiadores, depende dos conflitos pela conquista do território ocasionados por assaltos frequentes dos povos germânicos, datados entre 410 AEC e 476 AEC, podendo destacar também a queda do último imperador do Ocidente. É consideravelmente difícil, mediante tais fatos, determinar com certeza uma linha histórica que se possa compreender sem precisar de referências que apenas se remetem a assuntos como a república romana que se seguiu até a Segunda Guerra Púnica. Diante disso, pode-se considerar que apenas é permitido iniciar com estudos de uma história política que se prosseguiu com uma unidade sem interrupções. Referindo-se aos séculos finais do Império, é necessário para que haja um entendimento seguir fontes que muitas vezes se contradizem, nisto, muitos estudos tendem a se limitar apenas à fase clássica do Alto Império Romano, este que teve uma duração de quase três séculos, expandiu-se de forma lenta, porém terminou se impondo como um sistema de governo mundial. O Império Romano era representado como uma forma de governo que seguia um modelo institucional e territorial do exercício da monarquia, contudo, eram associados os valores aristocráticos tradicionais, a legitimação do poder público e um dinamismo religioso ao qual correspondia a um ponto de vista ideológico e também à forma como as elites romanas e províncias raciocinavam. Apesar do grande amontoado de cidades e comunidades locais que se integravam aos domínios romanos, cada uma tinha sua individualidade, suas hierarquias e culturas mescladas, no entanto obedeciam em partes aos costumes locais onde se revelavam em aspectos variados como também se integravam a um conjunto de relações sociais que imitavam as estruturas da sociedade do Império.

        Este trabalho irá se preocupar em analisar uma particularidade do vasto conteúdo com que os estudos acerca do Império Romano são feitos. As questões principais estarão voltadas na observação das heranças anteriores para a construção civil romana no âmbito religioso e literário. Até então, na procura de desenvolver a comunicação, os indivíduos que habitaram a Antiguidade fizeram vários indícios arqueológicos e textuais que permitem a nós conhecermos um pouco sobre sua vida, crenças, sentimentos, medos e de forma sutil apresentar as experiências as quais viveu naquela determinada época. Tais informações estão contidas em textos que passam a se identificar pertencente ao gênero histórico. Em seu artigo, Ana Tereza Marques Gonçalves relata sua opinião dessas obras antigas, que para ela são influenciáveis nos trabalhos dos tempos atuais.

“...debruçamo-nos sobre as múltiplas formas como a escrita da história, uma arte e uma técnica no mundo antigo que se perfazia num eterno fazer e refazer de cunho literário, foi pensada por alguns autores clássicos e como essa elaboração textual e retórica vem sendo continuamente repensada por autores atuais.”[1]

  1. Dionísio e a construção literária do mundo romano

        No século I AEC em Roma, Dionísio de Halicarnasso constituiu um famoso círculo literário e foi professor de retórica, ensinava grego e escrevia obras que tinham objetivos de apresentar demonstrações de como os romanos chegaram a obter os êxitos que conseguiram sobre o mundo e divulgar os seus feitos para a população grega. Dionísio apresentava interesses, queria mostrar ao povo grego que tal desenvolvimento romano seria fruto da virtude e não apenas mera sorte, sugerindo que na glória de Roma, os gregos também poderiam festejar a sua. De acordo com Ana Gonçalves, houve uma junção dos ensinamentos de Dionísio ao qual se deve que:

“ À sua função de historiador das grandes conquistas romanas, Dionísio juntou a produção de obras sobre o ensino da retórica e a chamada crítica literária, ou seja, a formulação de manuais dedicados à arte de produzir boas obras literárias, que deveriam tanto ser lidas quanto ouvidas em declamações públicas e/ou privadas.”[2]

        Diante disto, Dionísio irá nos mostrar que neste mundo da Antiguidade Clássica, história e literatura eram saberes amalgamados (GONÇALVEZ. 2014), ou seja, eram conhecimentos de certa forma fundidos nuns aos outros. Citando grandes obras, tais como Lísias, Demóstenes e Isócrates, onde Dionísio irá defender que para a construção de um escrito ou mesmo se utilizar da oratória, deve-se seguir ao modelo de normas da peithós, como também a persuasão para que se possa atingir tal objetivo, além do mais, era dever do orador preocupar-se com a linguagem e suas estruturas rítmicas e das orações, tudo isto para que possa se definir  como música de linguagem.

Analisando vários estilos, como por exemplo, os de Homero, Heródoto, Tucídides, Platão, Eurípedes, entre outros, Dionísio demonstrará que a produção de texto tem uma grande importância tal como produto de aplicação de uma arte. De modo mais específico, irá se trabalhar um conjunto de habilidades onde sempre precisam ser aplicadas.[3] Pegando esse ponto, a autora discute que, na visão de Dionísio, cada autor em particular interessavam-se pelo gênero que foi selecionado pelo mesmo para assim exercitar a sua arte, contudo, a graça da produção de determinada literatura se sustentava na harmonia e simetria das palavras, e portanto, quaisquer que fossem as obras, quando escritas, deveriam mostrar a beleza e o prazer como intuitos básicos. Era objetivo tentar sempre encontrar algo que atraísse a atenção do público ouvinte ou leitores com ritmos, melodias e variedades. A exemplo de Aristóteles, em sua obra Poética, a constante procura pelos fatos que se sucederam, tido típico de um gênero histórico, influenciou na construção de modelos de relatos escolhidos pelos escritores, todavia, era dever submeter-se à normas mais vastas da retórica.[4]

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