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O PERRY ESTADO ABSOLUTISTA

Por:   •  21/6/2021  •  Resenha  •  393 Palavras (2 Páginas)  •  337 Visualizações

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ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. 3. ed. 1ª reimpressão. São Paulo: Brasiliense. 1998. Cap.1 e 2 pp.15-57

No texto estudado podemos ver como o autor Perry Anderson segue uma linha historiográfica Marxista, mas um marxismo não ortodoxo, engessado. Ele refuta e discorre sobre alguns pontos da proposta de Marx e de Engels sobre o absolutismo e não se limita apenas à teoria dos filósofos. Anderson disserta sobre como o absolutismo surgiu na Europa Ocidental, e sobre as diferenças e nuances em cada estado discordando de historiografias que tentavam engessar temporalmente cada um dos estados.

Ao longo do século XVI, o Estado absolutista aflorou no Ocidente. Desde que Engels declarou que estas monarquias eram produtos de um equilíbrio de classe entre a nova burguesia urbana e a antiga nobreza feudal, a origem das mesmas tem sido motivo de discussões: “Excepcionalmente, contudo, há períodos em que as classes em luta se equilibram (Gleichgewicht halten - para manter um equilíbrio - em alemão), de tal modo, que o poder de Estado, pretenso mediador, adquire momentaneamente um certo grau de autonomia em relação a elas. Assim aconteceu com a monarquia absoluta dos séculos XVII e XVIII, que manteve o equilíbrio (Gegeneinander balanciert - equilibrado um contra o outro - em alemão) entre a nobreza e a classe dos burgueses”.

Para Engels, o absolutismo é propriamente um mecanismo de equilíbrio político entre a nobreza e a burguesia. Segundo ele, a época do absolutismo caracterizou-se como a idade em que “a nobreza feudal foi levada a compreender que o período da sua dominação política e social chegara ao fim”. Marx, por seu lado, declarou repetidamente que as organizações administrativas dos novos Estados absolutistas eram um dispositivo tipicamente burguês. “Sob a monarquia absoluta a burocracia era apenas o meio de preparar o domínio de classe da burguesia”, escreveu. Em outra passagem, Marx declara: “O poder do Estado centralizado, com os seus órgãos onipresentes: exército permanente, polícia, burocracia, clero e magistratura — órgãos forjados segundo o plano de uma divisão do trabalho sistemática e hierárquica — tem a sua origem nos tempos da monarquia absoluta, quando serviu à sociedade da classe média nascente, como arma poderosa nas suas lutas contra o feudalismo”.

As monarquias absolutas introduziram os exércitos regulares, uma burocracia permanente, o sistema tributário nacional, e a codificação do direito e os primórdios de um mercado unificado. O autor diz que todas essas

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