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O Priscilianismo nas Atas do Concílio de Zaragoza de 380: reflexões sobre a construção do campo religioso

Por:   •  23/6/2018  •  Resenha  •  501 Palavras (3 Páginas)  •  344 Visualizações

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Aluna: Felipe Silva de Oliveira

História 2018.1/noite

Professor: Rodrigo Rainha

Bibliografia

CALAZANS, M. J. et SILVA, L. R. O priscilianismo nas atas do Concílio de Zaragoza de 380: reflexões sobre a construção do campo religioso. Brathair, 2017.

        Neste presente artigo, é debatido a relação sobre disputas de territórios pela religião, considerando as simbologias e o quadro relativamente confuso no quesito religioso do século IV, o cristianismo sendo assim que havia se tornado a religião oficial do Império Romano, tenta não abrir margem para a consolidação de outras religiões, e o capital simbólico naquela sociedade representava também em certo grau, a dominação do espaço no século IV.

        O priscilianismo emerge no cenário em que a tentativa de unificação em torno de uma ortodoxia, em que alguns movimentos como o priscilianismo, buscava resgatar ideais do cristianismo primitivo, sendo considerado um movimento herege pela supremacia católica vigente.

        De acordo com a historiografia debatida no artigo, o priscilianismo não ficou extinto após a morte de Prisciliano, ganhando força por 3 aspectos: “ao nível de romanização da região, à religiosidade autóctone e à chegada dos suevos no noroeste peninsular” (p. 46).

        Revela duas fases do priscilianismo, onde na última os elementos da religiosidade local vão sendo incorporados, que é inevitável visto as influências e mudanças da sociedade.

        Outubro do ano de 380, o priscilianismo aparece no I Concílio de Zaragoza, perceptível a preocupação da supremacia religiosa em relação à expansão de outro culto religioso. As supremacias no Concílio, deixam explícito a tentativa de acabar com o culto Prisciliano, proibindo que mulheres se reunissem sozinhas, “atribuída a capacidade, atribuída a Prisciliano de cooptar mulheres” (p. 47), pois as mulheres, afirma, parecem partilhar dos mesmos espaços podendo aprender sobre as “sagradas escrituras”, afirma observar uma disputa sobre quem poderia ter acesso aos “produtos culturais e simbólicos da igreja” (p. 48).

        Na leitura percebe-se que a autora recua no Concílio para ilustrar o embate religioso presente no século IV, mostrando a exclusividade dominante e a autoridade do bispo pelo cristianismo.

        Retrata brevemente sobre as resistências presentes em não participar das práticas do cristianismo vigente, por exemplo, não participar da eucaristia, considerado um crime para a ordem romana.

        Este artigo é interessante pois junto as atas do congresso que a autora expôs para ilustrar, percebe-se em evidencia a postura do clero, a autoridade do bispo e a hierarquia do campo religioso no século IV, conhecida pela rigidez estamental. Percebe-se uma tentativa de dominação do cristianismo a todo momento, evitando que outras religiões ofusquem o seu protagonismo sendo a religião oficial do Império Romano, mesmo que o quadro religioso ainda não estivesse consolidado, mas o discurso é importante para a ideia de unificação.

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