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A Cultura e Sua Influência no Campo Religioso

Por:   •  8/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.497 Palavras (10 Páginas)  •  412 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES

ANTROPOLOGIA DAS RELIGIÕES

PROFESSORA DRA.: FERNANDA LEMOS

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................04

DESENVOLVIMENTO........................................05

CONCLUSÃO........................................................10

REFERÊNCIAS......................................................11


INTRODUÇÃO

     Neste trabalho analisaremos a influência da cultura no campo religioso. A cultura é um conjunto de padrões de comportamentos aprendidos e ensinados e de sistemas simbólicos que contextualizam esses comportamentos, interpretando-os e justificando-os.  A religião faz parte da cultura, e é constituída por mitos, rituais e comportamento moral.

     Não existe religião abstrata revelada ou elaborada fora de uma cultura enquanto manifestação anterior e mais ampla que a religião. Ela é perpassada de elementos econômicos, sociais e morais. Logo, a cultura não pode ser reduzida apenas ao comportamento religioso. Este é apenas um aspecto dela.

     Religião é um sistema de símbolos que atua para estabelecer poderosas, penetrantes e duradouras disposições e motivações nos homens através da formulação de conceitos de uma ordem de existência geral e vestindo essas concepções com tal aura de factualidade que as disposições e motivações parecem singularmente realistas.

     O homem tem uma dependência muito grande em relação aos símbolos a ponto de serem eles decisivos para sua viabilidade como criatura. Na religião está o poder de nossos recursos simbólicos para a formulação de idéias analíticas: por um lado, a forma total da realidade, e por outro lado, o poder dos nossos recursos, também simbólicos, de expressar emoções, disposições, sentimentos, paixões, afeições e sensações. Para aqueles capazes de adotá-los, os símbolos religiosos oferecem uma garantia cósmica não apenas para sua capacidade de compreender o mundo, mas também para que, compreendendo-o, dêem precisão a seu sentimento, uma definição às suas emoções que lhes permita suportá-lo, soturna ou alegremente.                                              


DESENVOLVIMENTO 

A religião, numa perspectiva antropológica-cultural, não pode ser considerada como um sistema cultural fechado, o corpo ou os textos sagrados de uma verdade revelada ou instituída. O seu significado religioso não está apenas no passado, na tradição, mas no aqui e agora das intenções do momento histórico no qual vive.

Os seres humanos não reproduzem simplesmente comportamentos que aprendem, mas são agentes ativos construindo sua própria realidade no sentido de que não compartilham a totalidade de significados, mas participam segundo a sua experiência social. As mensagens são transmitidas através de expressões culturais próprias de cada época.

Nem todas as realizações culturais são realizações religiosas, e como as formas sociais, as formas simbólicas devem servir a múltiplos propósitos. O fato é que parafraseando ligeiramente, os indianos e talvez todos os povos, parecem imaginar a sua religião “encapsulada nessas realizações distintas que eles podem exibir aos visitantes e a si mesmos”. O modo de exibição, porém, é radicalmente diferente para as duas espécies de testemunhas, fato que parece ser constantemente negligenciado por aqueles que argumentam que “a religião é uma forma de arte humana”. Enquanto para os “visitantes”, pela natureza do caso, as realizações religiosas só podem ser apresentações de uma perspectiva religiosa particular, podendo ser apreciadas esteticamente ou dissecadas cientificamente, para os “participantes” elas são, além disso, interpretações, materializações, realizações da religião não apenas modelos daquilo que acreditam, mas também modelos para a crença nela. É nesses dramas plásticos que os homens atingem sua fé, na medida em que a retratam.

Vivemos em vários mundos quase sem perceber que estamos projetados para planos diferentes, dependendo dos campos simbólicos que colocamos em prática. Esses territórios são mediados por espetáculos realizados a partir de experiências: dramas, danças, músicas, concertos, poesia, disputas esportivas, acontecimentos, manifestações coletivas, cerimônias, ritos, etc. O mundo do ritual faz parte dos mundos múltiplos em que vivem a cultura e a religião.

”O que define o pós-moderno, embora isso seja apenas um nome em busca de um significado, não é reconhecer esses mundos múltiplos como outras tantas realidades em que nós vivemos, e sim o perceber que esses mundos vão se sobrepondo, fragmentando-se, cruzando-se, anulando-se e depois de novo, empregando técnicas recorrentes, voltam e nos fazem sonhar...”(Terrin, 2004, p 372).

Na esfera cultural e religiosa, assistimos a um a série de espetáculos que nascem e morrem. Que não tem regras, que afirmam e negam a si mesmas. É a crise dos grandes mitos e dos meta-relatos; textos e normas que constituem o substrato último de nossa cultura em sua totalidade. É a crise do pensamento objetivo, definitivo, de regras e valores considerados intocáveis.

Segundo especialistas do fenômeno, o pós-moderno é num certo sentido, sem tempo, passado, presente e futuro coexistem, e assim todas as repetições são mentiras e todas as diferenças, ilusões. Também o espaço e a matéria adquirem novas dimensões. A pessoa entra num novo circuito e a verdade sofre mudança de paradigma: é verdade aquilo que eu creio ser verdade. Diante desse panorama, os ritos, que são por si mesmos momentos de recolhimento de todas as forças em vista da estruturação dos próprios campos simbólicos para afirmar o espaço organizado, podem ter alguma consistência? Podem ainda pretender para si o significado do rito como ordem cósmica?

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