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O Processo de Construção da Ordem Pós-colonial no Maranhão

Por:   •  25/2/2021  •  Resenha  •  707 Palavras (3 Páginas)  •  239 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA

CURSO DE HISTÓRIA

Aluno: ROCLEUTON SOUSA LIMA

Disciplina: História do Maranhão Imperial

Questão-problema:

O processo de construção da ordem pós-colonial no Maranhão, que se estende até à Balaiada, foi marcado por disputas e conflitos, com o colapso da ordem e diferentes segmentos sociais buscando espaço para suas reivindicações. A respeito desse momento político da construção da ordem imperial, discorra sobre o envolvimento das classes subalternas na política, consubstanciado na maior revolta popular do Maranhão, a Balaiada (ou Guerra dos Bem-te-vis), com destaque para sua origem, extensão geográfica, amplitude social, lideranças populares.

Para compreendemos o papel das classes subalternas na Balaiada primeiros devermos entende quem eram, e em segundo momento quais foram as forças que moveram sua partição na Balaiada ou Guerra dos Bem-te-vis. O nome bem-te-vi derivava do jornal da oposição, o Bem-te-vi. Sendo assim, partimos que a revolução no Maranhão tomou o nome de Balaiada, devido ao apelido 'Balaio', uma das principais figuras que foi um dos três líderes, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira.  Era conhecido pelo apelido de Balaio, porque era um sertanejo que produzia cestos de palha, os balaios, foi vítima de violência da parte de autoridade policial, que violentou duas filhas suas. Violência que não tinha nenhum tipo de punição, que se repetia no dia a dia das populações desfavorecidas. O absolutismo das autoridades do Maranhão e a ausência de justiça cominou com uma revolução sem precedentes no Brasil pós-colonial.

Segundo Paulo Matos Peixoto, no Maranhão o grupo dominante no poder atuava assim:

"Os desmandos do poder eram a norma de todos os dias. Prisões sem justificativa, humilhação aos bem-te-vis de destaque social, que eram forçados a realizar trabalho braçal em público, violências de toda a ordem, abuso do poder, homicídios, extorsões através do fisco, recrutamento militar dirigido, como arma de coação, arbitrariedades, tudo era usado contra os adversários liberais – os bem-te-vis."

Quando paramos para analisar a violência que as classes marginalizadas sofrem no Brasil, deve-se partir do fato que historicamente a sociedade brasileira tenha sido construída com recurso da violência para manutenção de poder das classes dominantes nas províncias. Acontecimentos oficiais, como a Proclamação da Independência e da República, as violentas repressões aos movimentos populares, como o Quilombo dos Palmares, a Cabanada, a Balaiada, Canudos, contestado, os Muckers e a revolta da Chibata. A utilização da força gerou levantes contrários ao políticas de força do estado.

Portanto como as classes dominantes manipulam violência para constituir técnicas de dominação, assim a mesma violência se transforma cada vez mais numa estratégia de sobrevivência por parte das classes dominadas. Nesse contexto a violência não é praticada somente em caráter econômico, mas também em caráter político, já que pretende por parte das classes dominadas recuperar parte do excedente daqueles por quem foram exploradas.

A pluralidade nas classes que constituíram os revoltosos indicava a existência de três grupos na Balaiada. Com uma diversidade tanto nos participantes quanto nas lideranças como negro Cosme Bento, líder de um quilombo que reunia cerca de 3 mil escravos fugitivos, e o vaqueiro Raimundo Gomes. Sendo revolução de cunho multiclassista, pois participaram várias classes sociais, como fazendeiros de gado liberais, livres pobres e escravos, e teve uma clara amplitude geográfica, na qual envolveu o Sul do Maranhão e Piauí. Tendo em vista a disputa entre as elites regionais contribuiu para iniciar o movimento, resultado da oposição acirrada entre bem-te-vis e cabanos.

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