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O Que é cultura brasileira?

Por:   •  2/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.357 Palavras (6 Páginas)  •  171 Visualizações

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“O que é Cultura Brasileira? E como você definiria Identidade brasileira”

Diversos autores tentam buscar significado e um atribuição ao que define a identidade e a cultura brasileira. Ao longo desses 500 e poucos anos a misticidade e exotificação do das terras que serviram de colônia para o grande Império Português, fizeram-se confusas com questões que envolvem muito mais do que a miscigenação de 3 raças — negro, branco e índio — questões que estabelecem a particularidade e destaque do Brasil mundo afora sendo o país mais “diverso”. Erroneamente essa particularidade é aplicada sob uma visão equivocada em relação a identidade brasileira. Partindo do ponto que nenhuma nação é igual, há como afirmar que todas são diversas e singulares. Acredito que esse semióforo, como usa a autora Marilena Chaui, é um sinal, ou melhor uma construção de imagética invisível em que se entende por senso comum que o Brasil é um país singular em questões de diversidade cultural, talvez por abranger durante a sua história a inclusão e adição e mistura de culturas de diversas nações.

Nos momentos em que se pensam em o que é Cultura Brasileira, se pensa no Carnaval, Futebol, Fauna e Flora diversas e por aí vai, questões que o senso da população de dentro e fora do país trazem, entretanto, há pontos a serem pensados e repensados. Tópicos da como a criação da Cultura e Identidade nacional, afinal, elas foram criadas em algum momento e estão em constante mudança. Como discorre em seu texto, a autora Marilena Chauí, “os ideólogos da ‘identidade nacional’ invocaram ideias de ‘consciência individual’, ‘consciência social’ e ‘consciência nacional’”. Por conseguinte, Chauí, fala sobre os traços das camadas sociais e que são pouco desenvolvidas, possuindo características que não são bem aprofundadas, pondo a culpa da fragilidade indenitária na população pouco preocupada com suas próprias questões. De certa forma, concordo com a autora, entretanto, de que forma uma população vai pensar em questões identificação e cultura, se nem mesmo há uma reparação social com as camadas mais populares? De que forma o povo vai pensar sendo um local que inicialmente era de pura extração de riquezas sem nem pensar em colonizar com intuito de permanecer nas terras e constituir uma nova ‘sociedade’? A América do Sul foi local de grandes disputas territoriais com base na produção e extração de riquezas, não foi um local pensado com intuito de ser uma nova nação poderosa que bateria de frente com os grandes impérios.

Há quem diga que não há como se graduar em História do Brasil sem ter lido Varnhagen. O autor é um dos precursores ao pensar em escrever a história do Brasil, possuindo um caráter de narrar o Português como figura central, como os grandes inventores e criadores do Brasil. Partindo do pressuposto em que ele ignora totalmente a aldeias indígenas que tinham aqui. Como se não a forma que eles viviam, não era considerada válida, ao mesmo tempo que ele deslegitima as diversas civilizações em que aqui viviam, ele desconsidera toda a cultura e diversas formas de expressão e língua que esses povos obtinham. Exalta quase que a todo tempo que o Brasil é uma herança portuguesa, ou seja, uma nação que foi e continua sendo das elites brancas e da família real. “Ele formulou uma teoria da miscigenação visando ao branqueamento”. Essa teoria, prova-se, hoje em dia, falha. Pois, questões de genéticas que envolvem traços de ‘raças’ diferentes, jamais irá ocorrer um branqueamento. Séculos após as inúmeras miscigenações que foram feitas até por imigrantes de países asiáticos durante a república velha, provam que o erro dessa teoria.

Por esse viés de uma linha conservadora de Varnhagen está o autor Gilberto Freyre, escreveu o livro Casa Grande & Senzala. Em seu livro tenta por caracterizar a cultura brasileira partindo do ponto de vista das relações senhoriais. Sua narrativa tem como foco uma abordagem não racista. Ao contrário de Varnhagen que defendia a escravidão e ‘submissão dos povos’, Freyre acabava por exaltar a importância da sociedade escravista, como algo crucial para constituição da sociedade brasileira. A cultura dos negros não só agregou, como foi a fórmula de sucesso para a colonização portuguesa. De certa forma, o Freyre não está errado, entretanto, parto do pressuposto que suas afirmações e constatações são de cunhos racistas. Mesmo que seja muito inovador pensar nas adições que os negros tiveram para a cultura e para a questão indenitária do Brasil, dizer que é a formula de sucesso, é o mesmo que defender como parte de um processo civilizatório. Pensando em que enquanto parte de povos africanos não eram tão relevantes. Todo caso é que Gilberto Freyre, cria uma história muito agradável em que a miscigenação foi um processo calmo, amoroso e nada violento. Um encontro das três raças que ocorreu na Casa Grande e que constituiu

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