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O RÁDIO NAS DÉCADAS DE 1920 A 1960, SUA IMPORTANÇIA CULTURAL, MATERIAL, ECONOMICA E SOCIAL

Por:   •  19/10/2020  •  Dissertação  •  4.347 Palavras (18 Páginas)  •  247 Visualizações

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O RÁDIO NAS DÉCADAS DE 1920 A 1960, SUA IMPORTANÇIA CULTURAL, MATERIAL, ECONOMICA E SOCIAL =

PRODUÇÃO TEXTUAL

Resumo

Em meados do século XX, revolucionando a forma, com que as informações chegavam aos habitantes dos locais mais remotos, do território nacional, sendo a primeira experiência radiofônica no Brasil, iniciada em 1922, inaugurado em 1923, a primeira emissora, considerada um grande avanço tecnológico.         Necessitando de um tempo aproximado de 8 anos, para se aperfeiçoar entre esse período até a década de 1930, o rádio permaneceu somente em estado de experiência, com uma programação voltada somente para elite, porem todo o desenvolvimento do rádio foi lento, somente na próxima década foi permitida propagandas que disputavam o mercado, e a função econômica, possibilitou todo o seu desenvolvimento tecnológico.          
        O rádio por sua vez, teve uma forte influência na vida das pessoas, criando modas e inovando estilos, os programas de auditório variados, as radionovelas, os humorísticos e variedades agora fazem parte do cotidiano das pessoas, acompanhando e participando, tendo seu envolvimento as vezes direto ou indiretamente nos processos de mudanças sociais, culturais, econômicas e políticas ocorridas na sociedade nesse período.        
        Sendo utilizado como veículo de informação, lazer e denuncia, uma difusão de ideologia. No período de 1930, Getúlio Vargas passa a utilizar essa ferramenta para difundir o projeto político-pedagógico do então chamado Estado Novo, passando assim uma imagem de uma sociedade unificada e harmônica sem nenhuma divisão e conflitos sociais.         

O rádio e sua trajetória

        Em 7 de setembro de 1922, aconteceu a primeira demonstração pública de transmissão do rádio no brasil, composto por 80 receptores com alguns instalados em praças públicas. Nesse momento todos puderam ouvir o Presidente da República Epitácio Pessoa em seu discurso e além disso um pequeno trecho da ópera (O Guarany-Carlos Gomes). Porém toda esta demonstração pública radiofônica foi acompanhada por muitos ruídos, causando assim um espanto aos visitantes da exposição nacional.          
        Em abril de 1923 foi inaugurada a primeira emissora de rádio brasileira, chamada Radio Sociedade do Rio de Janeiro, uma propriedade de Henrique Morize (cientista) e Edgar Roquette Pinto (escritor e antropólogo), esta rádio tinha como objetivo a integração nacional, no ano seguinte em são Paulo é chamada de Rádio Clube.

[pic 1]

 Edgar Roquette-Pinto nos estúdios da primeira estação de rádio no Brasil, a Sociedade Rádio do Rio de Janeiro.        

[pic 2]

 Estúdio da Rádio do Rio de Janeiro Beatriz Roquette-Pinto ao microfone.

                 Por volta de 1930, já haviam 16 emissoras funcionando no território brasileiro, cada associado pagava uma mensalidade para assim receber o som, porem haviam inúmeras dificuldades, por causa dos pequenos números de receptores, as emissoras associadas tinham suas transmissões em horários pré-estabelecidos, neste período, era muito normal os locutores solicitarem em seus programas, que seus ouvintes fossem sócios e assim contribuíssem , a elite por sua vez tinham condições de adquirir um aparelho e também vários discos que doavam ou cediam temporariamente.        
        As pessoas poderiam comprar as peças, para assim montarem seu próprio aparelho, porém os receptores tinham um valor altíssimo, outra coisa era a qualidade da recepção que era muito ruim. Em São Paulo, o aparelho de rádio custava em torno de 80$000 (oitenta mil réis) e o salário médio de uma família de trabalhadores era de 50$0000 (cinquenta mil réis) por mês.         
        Com objetivo de atrair novos ouvintes, as emissoras produziram programas populares, porém em 1930, pela grande quantidade de ouvintes, esses programas passaram a recepcionar os mesmos, pois já não queriam mais ouvir seus ídolos pelos áudios agora queriam vê-los. Algumas emissoras para poder atender seu público tiveram que ampliar os auditórios, por isso começaram a cobrar ingressos.         
         Já no território humorístico, no final do período de 1930, a rádio deu espaço para grandes nomes como Manoel da Nobrega e Castro Barbosa, esses programas faziam grandes concorrência com os programas de rádio e com as radionovelas, um programa que permaneceu muitos anos no ar foi PRK-30.          

          Março de 1932, através do Decreto Lei n° 21.111, o governo regulamentou e liberou a irradiação da propaganda comercial pelo rádio, reiterando que considerava a radiodifusão como um setor de interesse nacional com finalidades educacionais. O Programa Nacional, somente alcançou os objetivos esperados em 1939 com a criação do Programa ´´A Hora do Brasil``. Por meio desse programa o governo pretendia personalizar a relação política com cada cidadão, sem que necessitasse montar um sistema de emissoras próprio. Para atrair o público ouvinte o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) convidava artistas famosos para se apresentarem no programa, que era formado por quadros de notícias, de caráter geral, entretenimento e informes políticos.         
        Nesse processo as Cantoras de rádio gravada pelas irmãs Carmem Miranda e Aurora Miranda (foto abaixo) ganham grande público, por sua vez se tonam ícones do rádio. [...].
Nós somos as cantoras do rádio, levamos a vida a cantar. De noite embalamos teu sono, e de manhã nos vamos te acordar... (Nosso Século,1985, p89).   
        O sistema de rádio por sua vez, tonou-se um meio de levar a educação e cultura à população, mesmo entre o destaque que havia do rádio comercial. Em 1936, com a ideia de que a educação e cultura deveriam ser preservadas, Roquette Pinto doou a rádio sociedade ao Ministério da Educação e Cultura, agora chamada de Rádio Educativa no Brasil. Tendo o receptor em sua composição grandes traços dimensionais, que faziam com que ele se conservasse como um aparelho comunitário, montado em praças, estádios, pela grande concentração possibilitava uma possível troca de ideias, entre as pessoas reunidas para ouvir determinados programas. Nesse mesmo ano foi inaugurada a Rádio Nacional do Rio de Janeiro considerada um marco na história do rádio brasileiro. Nos seus quatro primeiros anos de existência a Nacional cresceu passou a disputar o primeiro lugar de audiência. Já em 1940, o grupo de empresas ao qual pertencia a Rádio Nacional foi incorporado ao patrimônio do governo e a emissora passou para o controle do Estado.        
        Diferentemente do tratamento dispensado a outras emissoras estatais a Rádio Nacional continuou a ser administrada, como uma empresa privada, sendo sustentada financeiramente pelas vendas de publicidade.

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