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Os Impactos Ambientais (Cemitérios)

Por:   •  6/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.007 Palavras (13 Páginas)  •  170 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

                     Lucas Costa Freire

OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS

POR CEMITÉRIOS

SALVADOR  2018

Lucas Costa Freire

OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS

POR CEMITÉRIOS

Trabalho de conclusão da matéria Antropologia, visita técnica ao cemitério Campo Santo em outubro de 2018.

Orientadora: Prof. Dra. Priscila Corrêa

SALVADOR – BA - 2018


SUMÁRIO

Introdução.....................................................................................2

Desenvolvimento............................................................................3

Conclusão.......................................................................................10

Referências ....................................................................................11

Anexo............................................................................................13

INTRODUÇÃO

Um tema importante e até pouco tempo atrás dificilmente debatida na sociedade atual, pois seja por medo, questões religiosas ou superstição, debater sobre cemitérios sempre foi difícil e polêmico, até mesmo dividindo opiniões e sendo considerado um tabu, as vezes até deixado de lado.

Cientificamente, a morte não é de fato o fim e sim o início de um processo no qual o corpo humano passa por diversas transformações bioquímicas, e acaba por se tornar o lar e, sobretudo o alimento de diversas espécies, as quais incluem os insetos de pequeno porte, até os microrganismos decompositores da matéria orgânica, os fungos e as bactérias dando espaço para um novo ecossistema.

“Na natureza nada se cria nada se perde tudo se transforma”

Antoine Lavoisier[1]

Todo esse processo complexo no qual o corpo humano sofre depende de toda uma estrutura e um local, os conhecidos cemitérios e quando o mesmo tem uma infraestrutura negligenciada e em alguns casos até mesmo inexistente começa os problemas. Os corpos quando passam pelo processo de decomposição liberam substâncias tóxicas para o meio ambiente, as quais podem causar danos profundos ao meio, contaminando as águas superficiais (rios e lagos) e o lençol freático por agentes patológicos nocivos à saúde humana.

Este trabalho tem por objetivo abordar todas as temáticas que  envolvem  os  cemitérios,  muitas  ainda  desconhecidas  pela  população,  mas  de  suma  importância  para  a  saúde pública. Há vários tipos de cemitérios, sendo os mais comuns aqueles já tradicionais, alguns de jardim onde os corpos são colocados diretamente no solo e os em sistema de verticalização, este último mais eficiente e sustentável no tocante aos assuntos de preservação ambiental.

DESENVOLVIMENTO

Por incrível que pareça a arte de enterrar os entes queridos é mais antiga do que se parece, há registros desse hábito datados de 100 mil anos antes da nossa era. Pacheco, professor e pesquisador da Universidade de São Paulo afirma que “A partir dos 10 mil anos  a.C,  as  sepulturas  são  agrupadas  e,  assim,  aparecem  os primeiros  cemitérios  com  túmulos  individuais  e  sepulturas  coletivas”.

“Apesar de sua familiaridade com a morte, os antigos temiam a proximidade dos mortos e os mantinham a distância. Honravam as sepulturas - nossos conhecimentos das antigas civilizações pré-cristãs provêm em grande parte da arqueologia funerária, dos objetos encontrados nas tumbas. Mas um dos objetivos dos cultos funerários era impedir que os defuntos voltassem para perturbar os vivos.” (ARIÉS, 2012, p.41)

Na Idade Média, época que não é só marcada pela medicina bizarra ou pelos cavaleiros templários, é também o tempo das grandes epidemias. Como muitas pessoas estavam morrendo diariamente, seja pela peste ou situações adversas os corpos acabavam por ser enterrados de maneira desorganizada, ou seja, em qualquer lugar ou até mesmo empilhados e sem dúvidas isso aumentou bastante a proliferação de mais e mais doenças.

“Grandes fossas comuns, ditas “fossas dos pobres” largas e com vários metros de profundidade, onde os cadáveres eram amontoados simplesmente cosidos em seus sudários, sem caixão [...] Os defuntos mais ricos eram enterrados no interior das igrejas [...] não em jazigos abobadados, mas diretamente na terra, sob as lajes do chão [...]” (ARIÈS, 2012, p.46)

E só é possível tratar com a nomenclatura “cemitério” após a idade média, visto que o Cristianismo impulsionou essa prática, pois foi a disseminada a crença que os mortos deveriam ser postos em descanso a espera do juízo final, alguns sepultamentos, geralmente das pessoas mais abastadas financeiramente eram feitos em igrejas, hospitais, colégios, paróquias e dentre outras tantas terras “santas”.

“Na língua medieval, a palavra igreja não designava apenas o edifício da igreja, mas todo o espaço que cercava [...] Pregava-se, distribuía sacramentos nas grandes festas [...] enterrava-se ao mesmo tempo nas igrejas, contra suas paredes e nas imediações [...]” (ARIÉS, 2012, p.44)

Por razões de saúde públicas, foram instaurados os conhecidos cemitérios e assim terminantemente proibido o enterro de corpos em áreas inapropriadas e em terrenos da família.

“A palavra cemitério, originária do grego Koumeterian e do latim  Coemeteriun, significa dormitório, lugar onde se dorme, recinto onde se enterram ou se guardam os mortos e tem como sinônimos as palavras necrópole, carneiro, sepulcrário, campo-santo, cidade dos pés juntos e a última moradia.” (CAMPOS, 2007)

Segundo R.M Anjos, estudioso na área de gestão ambiental, há uma falta de conhecimento muito grande da própria população acerca dos cemitérios brasileiros, pois é alarmante e grave a forma como são tratados aqui, funcionam basicamente como aterros sanitários irregulares, pois os corpos que são materiais orgânicos são sepultados junto a materiais inorgânicos que no caso são os caixões e ambos juntos num local onde não há um breve estudo pode espalhar pela área vírus e bactérias muitas responsáveis pela morte do próprio individuo que ali se encontra sepultado, bem como resíduos inorgânicos que podem incluir metais pesados como chumbo e cobre que tem altíssimo poder contaminante colocando a natureza e quem mora em volta em grande risco.

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