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Os Negros E O Samba Em Madureira E Oswaldo Cruz No Rio De Janeiro

Trabalho Universitário: Os Negros E O Samba Em Madureira E Oswaldo Cruz No Rio De Janeiro. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/8/2014  •  4.744 Palavras (19 Páginas)  •  571 Visualizações

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RESUMO:As práticas cotidianas, sejam em um projeto ou em sala de aula, ainda carrega a lógica de que cada área deve dar conta de suas especificidades , trazer a discussão assuntos referente a cultura afro em especial ,o samba, que e´ o foco desta pesquisa ainda é um tabu , pois

alguns profissionais entendem que tal discussão não faz parte de sua formação acadêmica ,ou seja ,não é de seu domínio, por questões relacionadas a formação. A literatura afro-brasileira se apresenta em desvantagens em nossa sociedade ,algumas formações docente não dão o enfoque necessário para contribuir para tal conhecimento na graduação, contribuindo para a formação de um profissional críticos e difusor da cultura afro de sua cidade e de seu país .As contribuições de Amâncio,Gomes e Jorge(2008,P.01) aponta que:” Até quando os cursos de Pedagogia e de licenciatura continuarão negando ou omitindo a inclusão do conteúdo da Lei nº. 10.639/03 nos seus currículos ? O que fazer diante das lacunas que comprometem a implantação dessa Lei?”. É importante ressaltar que a Lei não se destina ,só para o conhecimento do negro , mas também para toda a sociedade brasileira de forma que esta venha mudar o seu olhar para as contribuições dadas pelos africanos na identidade brasileira. De acordo com o exposto o objetivo desta pesquisa é trazer discussão a tona, junto aos profissionais que atuam na Vila Olímpica Clara Nunes , dando um tratamento pedagógico e social para os assuntos relacionados a formação afro cultural existente no entorno , bem como os hábitos de convivências que existem nesta geografia da cidade que acontecem até os dias de hoje, através de encontros festivos, que ocorrem nas adjacências de Madureira e Oswaldo Cruz de forma que estes profissionais se sintam pertencidos a este espaço e sejam difusores deste legado deixado pelos africanos e afro- descendente que deram a origem a este jeito de ser e viver do carioca do subúrbio da central .

Palavras Chaves- Samba- Negro afro-carioca –Madureira

1

Trabalho apresentado no II congresso Baiano de Pesquisadores Negros –GT Culturas, africanidades e etnia .

2

Graduação Pedagogia e História- Universidade Unificada de ensino Augusto Mota

3

Aluna de Pós- Graduação Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro –Curso Diversidade Étnica Brasileira

4

Orientador Valter Filé

Introdução

A cidade do Rio de Janeiro, no século XIX foi marcada por muitas visitas estrangeiras e estes eram recepcionados pelos negros escravos que os conduziam do navio por botes até as acomodações que poderiam ser em residências ou hotéis , o interessante que geralmente este mesmo navio traziam negros escravos para serem comercializados. A visão que estes visitantes tinham de uma cidade de dentro do navio ao chegar na baia de Guanabara, era de casas cobertas por montanhas e cercadas pelo mar, mas que destoavam da carga humana que o navio trazia e também dos negros que os serviam em sua chegada ,que tinham na aparência física traços de sofrimento e maus tratos . Ao permanecerem e se ambientarem na cidade estes turistas estrangeiros , tinham a impressão de está em um país da África, em determinado horário do dia quando os brancos ficavam reclusos devido o forte sol de meio dia . Conforme cita Karasch (2000),o Rio era único não só em sua beleza natural, mas também por sua grande população africana escrava.

A História carioca sempre nos deu a impressão de uma cidade branca com traços europeus e trajes muito refinados dando ênfase apenas a população européia , provavelmente isso se deu devido as escritas dos lusos que por aqui viviam que ignoravam a presença dos negros na sociedade urbana do Rio de Janeiro. Karasch (2000) apud Coaracy.

O Rio de Janeiro por receber muitos viajantes estrangeiros, neste período, conta com uma literatura, que deve ter uma análise cuidadosa, porém que apresenta a história da população negra não só nas lavouras e minas , mas também nos serviços domésticos , comerciais , artesanais e até mesmo na arte musical , tais registros foram também identificados em obras artísticas como por exemplo Debret que retratou o cotidiano dos negros de forma real.

“Não apenas escravos ocupados no comércio se movimentavam continuamente pelas ruas. Em suas pranchas, Debret retratou desde carregadores, carpinteiros , pedreiros, alfaiates , moleques de recado , carreiros , carroceiros , pescadores e etc..”.Florentino , 2000 :236.

Nem tão distante destes escravos urbanos , outros negros trabalhavam em plantações , que era a área denominada sertão carioca , que abastecia os centros urbanos com seus produtos agrícolas onde hoje se conhece como subúrbio da central , devido a criação da via férrea que facilitou a ligação entre o centro da cidade do Rio e o subúrbio.(http://www. Gres portela.com/j)

A área geográfica acima descrita, dentre vários bairros constituídos hoje, está localizado os bairros de Madureira e Oswaldo Cruz aos quais falaremos neste texto, sobre a importância cultural implantadas pelos negros nestes bairros para o carnaval carioca.

Conforme, Karask (2000) a cultura escrava se desenvolveu no Rio na primeira metade do século XIX o que ele denomina como Samba e canção: a cultura escrava afro-carioca , que implica na linguagem, etiquetas comidas , roupas artes, recreação , religião e etc o que contribuiu e continua a dar forma ao jeito carioca de ser até os dias de hoje. No que se refere ao canto os escravos do Rio, sempre que trabalhavam sejam em casas ou como carregadores e demais atividades na rua estavam cantando em sua língua natal ,quando não cantavam em grupo , tinha um do grupo que apresentava características do cantor principal, e os demais acompanhavam, com um tipo de refrão, o que era acompanhado por palmas e algumas vezes por instrumentos.

Segundo, Karask (2000) a chegada de D.João ao Rio, foi marcada por 12 negros que o carregava na cadeirinha e cantavam assim:

“Nosso sinhô chego

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