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Patrimônio Cultural - Memoria e identidade

Por:   •  21/8/2015  •  Resenha  •  1.662 Palavras (7 Páginas)  •  193 Visualizações

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Patrimônio cultural

Memoria e identidade

Os suportes da memória são os instrumentos utilizados para a história reaparecer. Qualquer objeto carrega em si os aspecto simbólicos, culturais e memoriais. A memória é o suporte da história. Memória e história são parceiras na reconstrução do passado. Tanto a memória pode contribuir como fonte para a história, quanto o registro histórico pode produzir uma nova reflexão sobre as marcas da memória. E a junção ou conjunção da história e da memória criam a identidade. Quem já não passou pela experiência de esquecer a matéria da prova minutos antes do seu início? Quem já não esqueceu o nome daquele importante autor, personagem histórico, ator de novelas ou parente há muito não visto? Quem já não escutou a famosa frase: "o brasileiro não tem memória"? Creio que todos nós já passamos por uma ou todas essas experiências. E provavelmente, no dia de hoje, nos esqueceremos de mais alguns detalhes de nossa história. Você saberia dizer o que estava fazendo a três dias atrás no mesmo horário de hoje? Parabéns àqueles que não precisarem de mais de dois minutos para responder. Aos demais, não se preocupem, o esquecimento é humano. Mas há outro tipo de esquecimento, este imposto, sobre o qual devemos refletir. Vejamos um exemplo: As fontes da história também são registros da memória: fotografias, documentos, depoimentos e objetos guardados em arquivos, memoriais e museus, além das festas e rituais comemorativos são suportes instrumentais que possibilitam tanto reviver como reconstruir, sempre tendo em mente que tanto a memória quanto a história serão aqui compreendidas como incompletas. Quando vemos uma foto de uma festa de Folia dos Reis, ela pode nos trazer a lembrança da festa, da música, do almoço servido ao final, mas serão memórias seletivas, pois não nos lembraremos de cada segundo do ritual, todas as palavras ditas, gestos feitos, sorrisos ou emoções sentidas. No que diz respeito à história desta celebração religiosa, a foto registra um instante, uma particularidade, nos dá detalhes do traje, do instrumento, mas não nos revela o todo: a origem, as transformações no tempo. Entretanto, a mesma foto pode nos dar indícios de nossa identidade. Ela pode nos revelar nossas influências culturais, nossa forma de representar a nossa religiosidade, nos fornecer elementos de um passado em comum. Os suportes da memória são os instrumentos utilizados para a história reaparecer. Qualquer objeto carrega em si os aspectos simbólicos, culturais e memoriais. A memória é o suporte da história. Memória e história são parceiras na reconstrução do passado. Tanto a memória pode contribuir como fonte para a história, quanto o registro histórico pode produzir uma nova reflexão sobre as marcas da memória. E a junção ou conjunção da história e da memória criam a identidade. Definição de memoria É importante que saiba que o termo “memória” provém da mitologia grega no século 6º a.C., e refere-se à Mnemosine, deusa da memória, que teve nove filhas musas com Zeus, deus dos deuses. definiçao de historia Segundo Halbwachs (2004, p. 75-76), a memória está relacionada à potencialidade de se lembrar: A lembrança é em larga   medida uma reconstrução do passado com a ajuda de dados emprestados do presente, e, além disso, preparada por outras reconstruções feitas em épocas anteriores e de onde a imagem de outrora manifestou-se já bem alterada. A memória coletiva, conceito criado por Maurice Halbwachs, é responsável pela construção do Patrimônio Cultural e é um fenômeno social que está exposto a transformações constantes, conforme podemos conferir no trecho a seguir, de Coutinho  A memória coletiva se faz do conjunto de memórDias individuais, que, guardadas no inconsciente, revelam, em algum momento, umconjunto de ações ou comportamentos de determinado segmento da sociedade. Com o industrialismo europeu, no século XIX, o desenraizamento rural, o crescimento anárquico dos centros industriais e os movimentos migratórios, houve uma sensação na Europa da perda dos hábitos e costumes, e de esvaziamento das tradições. A busca da memória social poderia corresponder, assim, a um esforço de recuperação do passado pela consciência coletiva, já que, nos níveissocial, político e econômico, ele se desfazia. Como já foi dito anteriormente, o termo “espaço de memó-ria” foi criado pelo historiador Pierre Nora, pois, para ele, não existea memória, já que ela foi apropriada pelo registro da história.Os espaços de memória são os monumentos, que tambémpodem ser utilizados como documentos. Segundo Neves, para Pierre Nora, os lugares de memória são: [...] lugares materiais onde a memória social se ancora e pode ser apreendida pelos sentidos; são lugares funcionais porque têm ou adquiriram a função de alicerçar memórias coletivas e são lugares simbólicos onde essa memória coletiva – vale dizer, essa identidade- se expressa e se revela. São, portanto, lugares carregados de uma vontade de memória (NEVES, 2010). Já sobre a “memória subterrânea”, expressão estudada pelo sociólogo francês Michael Pollak (1948 – 1992), esta constitui uma importante fonte de pesquisa para a história oral, que dá voz ao grupo dos excluídos, representantes das camadas mais populares. A memória oficial é o que está registrado nos livros de história.Podemos considerar que um dos primeiros suportes da memória oficial na história da humanidade foi a pintura rupestre nas paredes das cavernas durante a Pré-História mais antigos utilizados pelos historiadores e arqueólogos na interpretação dos fatos do passado. A fonte do trabalho do arqueólogo é o objeto material e a sua maior dificuldade é a de encontrar uma metodologia para transformar os vestígios encontrados em documentos, aprender a lê-los e transmitir o conhecimento obtido.Com o passar dos tempos, os suportes foram evoluindo para placas de pedra ou de argila, papiros, papéis, meios digitais eletrônicos, e, atualmente, estamos utilizando os meios virtuais. A identidade sustenta-se no passado, na história e na memó-ria. O conceito de identidade implica o conceito de pertencimento de uma comunidade relacionada às referências comuns e mutantes, conforme podemos constatar na Carta de Brasília, documento proposto pelos países do Cone Sul, após a discussão sobre autenticidade, ocorrida em Brasília no ano de 1995:

Definição de identidade  segundo o dicinario   i.den.ti.da.de  sf (lat identitate) 1 Qualidade daquilo que é idêntico. 2 Paridade absoluta. 3 Álg Espécie de equação ou de igualdade cujos membros são identicamente os mesmos, ou igualdade que se verifica para todos os valores da incógnita. 4 Dir Conjunto dos caracteres próprios de uma pessoa, tais como nome, profissão, sexo, impressões digitais, defeitos físicos etc., o qual é considerado exclusivo dela e, consequentemente, considerado, quando ela precisa ser reconhecida. I. pessoal: consciência que uma pessoa tem de si mesma.

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