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Paul Mantoux

Artigo: Paul Mantoux. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/5/2014  •  776 Palavras (4 Páginas)  •  1.551 Visualizações

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Resumo do texto de Paul Mantoux – A revolução industrial no século XVIII

A revolução industrial se dá em meados do século XVIII, como uma revolução em si. Foi na Inglaterra, nessa época, que nasce a indústria moderna. Mas por mais rápida que tenha sido, esta se ligava a causas longínquas e deveria acarretar efeitos cujo desenvolvimento continua incompleto.

A nova indústria se caracteriza pelo trabalho precoce de sua população que as máquinas parecem arrastar em seu ritmo ofegante. Tudo isso com o objetivo de produzir mercadorias o mais rápido possível e em quantidade ilimitada. A ambição dos produtores faz com que estes busquem sempre novas alternativas. O mundo inteiro nada mais é do que um só e imenso mercado, que as grandes indústrias de todos os países disputam. Daí decorre o regime social próprio à nossa civilização contemporânea, e que forma um todo tão completo, tão coerente quanto pôde ser o regime feudal no século X. Isso deriva de um conjunto de causas econômicas, reunidas em torno da indústria.

Um exemplo de caracterização da revolução é Manchester, que em 1773, tinha 30 mil habitantes, e 150 anos depois, já contava com cerca de 1 milhão. Esse desenvolvimento teve conseqüências incalculáveis, como a emigração etc.

Na origem da grande indústria se dá o mesmo que naquela da democracia ou da ciência. Seria absurdo sustentar que a ciência começou com Galileu e Descartes, ou que não houve democracia antes das revoluções americana e francesa, é, no entanto, com razão, que vemos os sábios do século XVII e os revolucionários do século XVIII como os verdadeiros fundadores da ciência e da democracia modernas.

Era caracterizada como pequena indústria aquela que se destinava ao abastecimento local, e grande indústria a que abastecia um mercado nacional ou internacional. Tal definição evidencia o papel essencial do elemento comercial na evolução econômica.

O advento da grande indústria se acha adiantado em um ou vários séculos. Mantoux o situa na Inglaterra, entre 1760 e 1800, mas considera relevante que se leve em consideração que a grande indústria tenha existido na França cem anos antes. Porém tais estabelecimentos se dividiam em três classes: as manufaturas do Estado, que pertenciam ao rei; as manufaturas reais, que pertenciam a particulares e produziam para consumo do público, mas era ainda controlada pelo rei; e as manufaturas privilegiadas, ainda mais favorecidas do que as manufaturas reais, tendo o direito de monopólio de certos produtos.

Estas deixaram de ter tal importância quando a realeza deixou de se preocupar com as mesmas, levando à queda na produção. Muito embora, isso não se deva diretamente ao surgimento das grandes indústrias. A existência das empresas capitalistas no início do século XVI, às vezes mesmo nos séculos XV e XIV. Limitando-se à Inglaterra, é certo que, desde o reinado de Henrique VII, alguns ricos mercadores manufatureiros desempenham, no norte e no oeste, um papel semelhante ao dos grandes manufatureiros atuais. Eram fabricantes, no moderno sentido da palavra. Impressionavam com sua riqueza e poder, sendo um esboço precoce do capitalismo industrial. Porém esse crescimento foi freado pelo governo, que limitou cada um a possuir no máximo um tear de tecer lã em sua casa, não podendo alugá-lo ou fazer qualquer atividade que visasse

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