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Povos Indígenas do Brasil "500 anos de luta"

Por:   •  22/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.229 Palavras (13 Páginas)  •  303 Visualizações

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ALESSANDRO EDUARDO DE SOUZA GOMES (RA 8015284)

História, licenciatura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POVO INDIGENAS DO BRASIL: “500 ANOS DE LUTA”

 

Tutor: Prof.:  Rodrigo Touso Dias Lopes 

 

Claretiano - Centro Universitário

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VILHENA, RO 2017

 

 

 

 

RESUMO

 

A cultura indígena está presente na língua materna, nos costumes, cantos, danças, pinturas corporais, ritos, narrativas, saberes e tecnologias. A cultura indígena é uma das matrizes mais ricas, formadora da cultura brasileira atual. Seus traços são encontrados em diferentes momentos do cotidiano dos brasileiros: em nossa alimentação (em comidas como mandioca, pipoca e tapioca), em objetos, como a rede para descansar, no conhecimento das ervas medicinais, na nomenclatura de animais, no folclore, religiões, em manifestações culturais tradicionais e na relação com a natureza. Historicamente, quanto maior é a convivência destes povos para conosco, os chamados “brancos civilizados”, maior é o risco perderem as suas tradições. No atual contexto, a preservação dos territórios indígenas, da sua cultura como um todo, constitui-se um dos principais desafios dos povos indígenas do Brasil.

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Palavras-chave:   cultura indígena, tradicional, preservação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 INTRODUÇÃO

O Brasil surge na História como a grande “descoberta”, pelos portugueses, eles só não contavam com a presença de diversos povos nativos que habitavam em todas as regiões do imenso continente americano desde tempos antigos. Estima-se que, à época do descobrimento, viviam nestas terras até cinco milhões de indígenas.  

A chegada dos portugueses foi uma verdadeiro desastre, porque não dizer uma catástrofe total para os nativos, resultando no etnocídio de muitas nações indígenas, um extermínio na verdade de muitos povos indígenas no Brasil em decorrência de muitos conflitos armados, doenças que foram trazidas pelos europeus e pelo processo de escravização, trazendo ao mesmo tempo dor e sofrimento. Após doloroso contato com o

“Homem branco” e a partir da criação das capitanias hereditárias, deu-se início as atividades de colonização das terras agora denominada Brasil, onde os donos originários de tais terras, agora escravizados tornam-se base da formação de uma economia colonialista escravocrata e impiedosa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DESENVOLVIMENTO

 

A mão de obra indígena torna-se muito importante, era facilmente encontrada em fazendas e arraiais nos litorais da região Nordeste e Sudeste. Eis que surge ainda as chamadas “missões”, que em nome de Deus, cria aldeamentos indígenas administrados por padres jesuítas no Brasil, entre os séculos 16 e 18, com a finalidade específica de catequizar os nativos.  

Surge diversas frentes de colonização para o interior de terras Tupiniquins, formando um cenário terrível de um dos muitos capítulo da formação territorial brasileira às custas dos povos indígenas. A expansão colonialista começa com sertanistas e bandeirantes, que por sua vez organizavam grandes expedições para localizar minério, jazidas de ouro e pedras preciosas. Por causa das jazidas, milhares de indígenas que habitavam o interior entraram em conflito direto com os colonizadores para protegerem o seu território e pagaram um preço muito caro, suas próprias vidas. Eis que surge de forma paralela, a demanda por escravos, que fez surgir um rentável comércio para os bandeirantes paulistas, que organizavam as chamadas “bandeiras”, expedições de captura de indígenas para o trabalho escravo.

 Os bandeirantes eram ainda recrutados para combater tribos rebeladas e quilombos.        Foi a partir de 1750 que a escravidão indígena no Brasil foi oficialmente abolida pela Coroa Portuguesa, que começou a estimular o tráfico de escravos africanos.

No início do século 20, ainda era cultivado o pensamento de que o índio deveria ser “civilizado”, ou seja, ser assimilado à cultura ocidental, se tornar um “não-índio” ou mesmo aculturado, para protege-lo foi criado 1910 foi criado o SPI - imemoriais, que tinha a missão de fazer contato com tribos ainda isoladas e promover a coexistência pacífica entre colonizadores e indígenas nas frentes de expansão econômica, o que de fato nunca aconteceu na integra.

  À frente do trabalho do SPI- Serviço de proteção ao índio estava o Marechal Cândido Rondon (1865-1958), que chegou a participar de diversas expedições que percorreram as fronteiras do Brasil instalando postos telegráficos e buscando o contato pacífico com as populações indígenas, uma atitude pioneira e muito arriscada para a época, muitas incursões acabaram em tragédia.

Foi também durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945), o governo brasileiro promoveu a “Marcha para o Oeste”, que tinha como objetivo principal à incorporação territorial e econômica de áreas do centro-oeste brasileiro, os sertanistas ganharam grande notoriedade pelo trabalho desenvolvido, como os irmãos Villas-Boas, que foram responsáveis por atrair e pacificar povos isolados que habitavam o Brasil Central, os mesmos também conseguiram influenciar o governo em especial no que tange a criação do famoso Parque Indígena do Xingu, voltado para a proteção das etnias que ocupavam a região do rio Xingu. A criação do parque acontece em meados de 1961 representando um marco histórico de proteção, isso porque ainda não havia uma legislação que garantisse efetivamente os direitos territoriais dos índios.  

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