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Processo Historico Da Educação No Brasil

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Por:   •  30/8/2014  •  2.199 Palavras (9 Páginas)  •  589 Visualizações

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“Processo Histórico da Educação Infantil na Europa e no Brasil”

No período após primeira guerra mundial houve o aumento de órfãos e a deterioração ambiental, assim também a necessidade por parte das instituições que cuidavam da educação infantil em preparar-se para receber essas crianças, provendo-lhe um ambiente favorável ao seu desenvolvimento. Além da preocupação em diminuir a mortalidade infantil, médicos se dedicaram a pesquisas voltadas à estimulação precoce.

O médico belga Decroly (1871 – 1932) defendia um ensino voltado para o intelecto, preocupava-se com o domínio do conteúdo pela criança, o trabalho se estruturaria em três eixos: observação, associação e expressão, Decroly defendia também a observação rigorosa dos alunos a fim de poder classificá-los e distribuí-los em turmas homogêneas.

Nas escolas atuais a rigorosa observação é no intuito de reconhecer as diferenças culturais e intelectuais, com objetivo de encontrar soluções práticas onde todos possam desenvolver-se cada qual no seu ritmo de maneira inclusiva e respeitosa.

A médica psiquiatra italiana Maria Montessori (1879 – 1952) era favorável à criação de um contexto que fosse adequado às possibilidades de cada criança e estimulasse seu desenvolvimento, nesse contexto, a criança era disciplinada pela tarefa que ocupava. Ao educador caberia uma atitude discreta de preparação do ambiente e de observação das atitudes infantis. Ele atuaria como uma figura de referência, proporcionando à criança condições de desenvolver suas próprias atividades.

Papel semelhante ao que o educador precisa assumir hoje atuando como mediador do conhecimento e favorecendo ao aluno o papel de aprendiz ativo e participante, despertando assim a vontade de aprender utilizando - se de pesquisas satisfatórias.

Montessori valorizou também a diminuição do tamanho do mobiliário utilizado nas pré-escolas, e os objetos domésticos a serem utilizados na casinha de bonecas, tornando as salas mais aconchegantes e atrativas aos alunos, favorecendo assim seu maior interesse pela escola.

Após a primeira guerra mundial a proposta psicológica e pedagógica era de salvação social pela educação, o movimento das escolas novas era contra a ideia de que a escola deveria preparar para a vida com uma visão centrada no adulto. Na educação atual cada vez mais os profissionais tem valorizado as necessidades e interesses próprios da criança.

Na psicologia autores como: Vygotsky, Wallon e Piaget deixaram contribuições significativas que foram sendo incorporadas na pedagogia, Freinet mesmo não trabalhando diretamente com crianças pequenas renovou as práticas pedagógicas do seu tempo, suas experiências foram impactantes sobre a prática pedagógica em vários países, ele defendia que a educação deveria extrapolar os limites da sala de aula, utilizando-se de aulas passeio, desenho e texto livre, jornal escolar, correspondência interescolar e oficinas de trabalhos manuais e intelectuais. Práticas usadas com sucesso mesmo décadas depois, favorecendo o aprendizado de maneira mais agradável e produtiva.

Na década de 50 surge uma nova preocupação com a situação social da infância, e a ideia da criança como portadora de direitos ganha destaque na Declaração universal dos Direitos da Criança, promulgada pela ONU, em 1959. A expansão dos serviços de educação infantil tem forte influência das teorias de estimulação precoce e da brincadeira para favorecer o desenvolvimento e diagnosticar precocemente problemas de saúde física e mental.

Presenciamos no nosso dia a dia que é cada vez mais crescente a preocupação com os direitos da criança, instituições e profissionais da área tem se dedicado com afinco na preservação desses direitos.

Nos Estados Unidos a educação infantil teve períodos de expansão e retraimento, alguns especialistas defendem a ideia de Bowlby de “apego” mencionando que a educação de bebes fora da família criaria uma situação de “privação materna”, rompendo com os laços afetivos entre mãe e filho trazendo prejuízos ao seu desenvolvimento.

Já o construtivismo de Constance Kamii e os trabalhos sobre a psicogênese da língua escrita de Emília Ferreiro, vinham em defesa de uma criança ativa. Os sociólogos e antropólogos apontavam que a força da estrutura social trariam novas oportunidades às crianças, e que o convívio com culturas diferentes favoreceriam seu desenvolvimento.

O que vemos hoje é que a cada ano as crianças tem ido para a escola mais cedo, e o mais importante com o apoio do governo e órgãos responsáveis, a preocupação gira em torno de oferecer um serviço de qualidade, tendo como objetivo o desenvolvimento da criança em todos seus aspectos.

A partir desse ponto surge uma série de literaturas e serviços de ajuda aos pais, baseados em conceitos científicos, cresce então a busca por revistas especializadas, a sociedade passa a reconhecer o direito de toda criança a infância, tratando-a como “sujeito social” ou “ator pedagógico” que possui grande capacidade cognitiva, a inteligência infantil é cada vez mais valorizada, são produzidos cada vez mais brinquedos educativos e literatura própria.

Vemos essa realidade nos dias atuais cresce cada vez mais os investimentos voltados à infância, assim como os professores e outros profissionais da área precisam estar sempre se atualizando para oferecer um trabalho de qualidade aos pequenos.

Falando em educação infantil no Brasil, temos algumas características que são próprias daqui, mas no geral acompanhamos a história dessa área no mundo, no século XIX as creches e escolas de educação infantil praticamente não existiam. No meio rural as famílias de fazendeiros assumiam o cuidado de crianças órfãs ou abandonadas, e nas cidades os bebes eram deixados na “roda dos expostos”.

Antes da proclamação da República houve iniciativas isoladas, e sem sucesso de proteção a infância, muitas delas preocupadas com o alto índice de mortalidade infantil, após a abolição da escravatura no Brasil aumenta o número de crianças abandonadas filhos de escravos e surgem as instituições destinadas a cuidar de crianças pobres como: as creches, asilos e internatos que deixa muito a desejar nos cuidados com as crianças.

No final do século XIX “O jardim de infância” é trazido ao Brasil, sob a influência de americanos e europeus, porém a ideia de jardim de infância não foi aceita por todos, o que causa muita discussão entre os políticos da época. Em meio a essas discussões eram criados em 1875 e 1877 os primeiros jardins de infância privados no Rio de Janeiro e São Paulo, e alguns anos depois os jardins de infância públicos voltados ao

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