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REFORMAS URBANAS DO RIO DE JANEIRO 1903

Por:   •  22/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.927 Palavras (8 Páginas)  •  238 Visualizações

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

CCH – Centro de Ciências Humanas

Curso de Graduação em Biblioteconomia

 HISTÓRIA DO BRASIL III: REFORMAS URBANAS DO RIO DE JANEIRO 1903

ALUNO: RAFAEL DA SILVA MACHADO

PROFESSOR: RICARDO H. SALLES

 DISCIPLINA: HISTORIA DO BRASIL III

RIO DE JANEIRO
2019

Introdução

Entre o final do século XIX e o início do século XX, o Brasil passou por inúmeras transformações como por exemplo a abolição da escravidão em maio de 1888 e a queda da Monarquia e consequentemente a proclamação da República em novembro de 1889. A República seria um divisor de águas na história brasileira, a República surgiu alardeando promessas de igualdade e de cidadania uma modernidade que impunha menos como opção e mais como etapa obrigatória e incontornável. (SCHWARCZ, 2012:21).

Porém o início dessa nova era da história do Brasil continuou com os velhos problemas do império, o racismo se tornou ainda mais visível sendo argumentado por teorias biológicas e revoltas no interior e nas grandes capitais contra as políticas republicanas rechaçaram a insatisfação popular. A cidade do Rio de Janeiro foi o palco de muitos desses embates e transformações e no ano de 1903 viu as suas ruas serem transformadas pelas novas ideias republicanas, liderada pelo então presidente Rodrigues Alves com o auxílio do prefeito Pereira Passos e do engenheiro Francisco Bicalho.

Ao contrario que muitos pensam em 1903 a cidade do Rio de Janeiro passou por duas grandes reformas, uma no âmbito federam e a outra no âmbito municipal, essas reformas foram responsáveis por mudar e muito o cotidiano do cidadão carioca.

Desenvolvimento

As grandes reformas urbanas iniciadas no ano de 1902 na cidade do Rio de Janeiro tiverem vieses diferentes. Os dois vieses públicos que contribuíram para a grande reforma urbana na cidade do Rio de Janeiro vieram através dos desdobramentos dos trabalhos do governo federal e do governo municipal, cada um com um pensamento diferente, mas que se completavam conforme as obras na cidade avançavam.

A grande reforma urbana projeta pelo presidente Rodrigues Alves, aconteceu no momento em que a cidade do Rio de Janeiro carecia de imediatas transformações para se equiparar com as demais capitais mundiais e também para melhorar as condições econômicas do país. A cidade do Rio de Janeiro do final do século XIX e início do XX, era uma cidade totalmente bagunçada e sem nenhum ordenamento, era difícil de imaginar que aquela cidade era a capital do Brasil devido a tamanha desorganização. E com o intuído de melhor a organização da cidade em 1902 o presidente Rodrigues Alves lança um grande pacote de medidas para mudar esse cenário de caos no Rio de Janeiro.

As reformas urbanas de 1902 tiveram inúmeros objetivos e dentre eles podemos destacar a questão do saneamento urbano para evitar epidemias, a necessidade de legitimar o regime republicano diante da população, a necessidade de ampliar o comercio externo, sanar a questão da capitalidade do Rio de Janeiro e por último refazer a imagem do Brasil no exterior para poder ter mão de obra estrangeira nas lavouras de café. Para tratar desses problemas, as reformas foram compartilhadas entre o governo federal e o municipal da cidade do Rio de Janeiro, que segundo o historiador André Azevedo, as reformas federais eram pautadas no ideal de progresso material e as reformas municipais eram pautadas no progresso civilizacional.

O governo federal ficou responsável pelas obras de ampliação e modernização do porto e também pela construção de três avenidas que, atualmente são as avenidas Rodrigues Alves, Francisco Bicalho e Rio Branco antiga Avenida Central, elas tinham como objetivo facilitar o carregamento e o escoamento de cargas no porto. A reforma do porto era o que o governo federal mais desejava, e as demais obras foram concebidas em função desta, pensada como centro do plano de intervenção urbana federal (AZEVEDO, 2016:145). Através das obras do porto o governo federal conseguiria melhoras a questão do saneamento básico, melhorar o comercio exterior e as condições de trabalho no porto e nas suas proximidades.

Para o governo federal, a cidade do Rio de Janeiro só poderia progredir através de obras como a do porto que possibilitaria o maior crescimento econômico e destaque internacional. E a obra do porto foi projetada com esse referencial de ideia de progresso, com a ideia de progresso material de alargamento de ruas, construção de avenidas, com a compra de maquinas para operar no porto e dentre muitas outras operações.

Já as reformas municipais ficaram sobre a responsabilidade do prefeito Pereira Passos um engenheiro formado na época do império com pensamentos bem diferentes dos engenheiros que estavam planejando as obras para governo federal. Pereira Passos foi escolhido pelo presidente Rodrigues Alves para gerir a cidade do Rio de Janeiro não somente por ser um bom administrador e excelente engenheiro, mas por ser um habitante da cidade carioca e por ser um engenheiro que já vinha acompanhando a transformação da cidade desde a época do império.

As reformas urbanas de responsabilidade do governo municipal feitas pelo prefeito Pereira Passos arquitetadas junto com a Comissão da Carta Cadastral tinham como objetivo: dar maior facilidade de comunicação entre os bairros, estabelecer traçados maiores para a canalização do esgoto, arborizar melhor a cidade e despertar o gosto arquitetônico na cidade. Diferente dos projetos do governo federal que priorizava o progresso material através de avanços técnicos, as reformas projetadas pelo governo municipal orientaram-se por uma noção de progresso nos campos da cultura, da ética urbana e estética, ou seja, por uma referência de progresso enquanto desenvolvimento de uma civilização (AZEVEDO, 2016:172).

Uma das obras que mais exigiram esforços do governo municipal, foram as obras de reformulação do sistema viário da cidade. Foram abertas inúmeras vias que ligavam o centro da cidade para os bairros do subúrbio e também foram projetadas vias rente ao mar aproveitando os traçados naturais da orla carioca. Passos tinha uma visão bem organicista para pensar as suas reformas na cidade e era fundamental que todas as ligações feitas para se chegar ao centro da cidade funcionassem perfeitamente para a cidade funcionar de maneira harmônica e ordenada.

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