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RESENHA DO TEXTO “As guerras de conquista em prol da glória de Luís XIV” (OLIVEIRA, Maria Izabel Barbosa de Morais).

Por:   •  1/12/2016  •  Resenha  •  1.270 Palavras (6 Páginas)  •  854 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

RESENHA DO TEXTO “As guerras de conquista em prol da glória de Luís XIV” (OLIVEIRA, Maria Izabel Barbosa de Morais). 

DISCENTE: JOÃO MARCUS OLIVEIRA VALE

  1. INTRODUÇÃO:

O texto inicia falando do monarca Luís XIV que começara suas Memórias em 1671 ditadas ao seu secretário Périgny        , este artigo escrito pela doutora Maria Izabel, busca além de tudo compreender o pensamento político de Luiz XIV que está presente em suas Memórias, além de sua personalidade por detrás das considerações tradicionais sobre a prudência do príncipe.

  1. O AMOR À GLÓRIA

Em suas Memórias, Luís XIV fala sobre a guerra justa, ou seja, segundo o bispo Hipona, eram aquelas que objetivavam a paz, a justiça, a ordem, enfim, as guerras defensivas, para Luís, primeiro deveria buscar a diplomacia buscando alcançar os objetivos mediante a negociações, a guerra somente seria aplicada quando não houvessem mais esforços para chegar a um acordo, até porque, era preciso defender a honra de sua família. Este modelo pacífico de resolver questões exteriores se deu por conta da prudência recebida desde sua infância, ele defendia os pensamentos cristãos de não pensar apenas na glória, ou seja, a guerra, mas sim, a busca por negociações e métodos mais pacíficos, sendo eles prudentes. Porém, apesar deste ideário da negociação e da prudência, Luís XIV realizaria algumas guerras de conquista que talvez não fossem “apenas para defender a honra da família”, ele buscará expandir ainda mais os seus territórios. Luís se mostrava um monarca astuto quando afirmava que preferia a negociação com seus inimigos, mas que estas fossem de benefício ao seu reino, as conquistas asseguram a glória da França sobre as outras nações e obviamente em suas negociações buscava assegurar tamanho poderio sobre os outros. Falando um pouco de sua vida pessoal, o Rei Sol amava a caça, dança e se envolveu com várias mulheres no decorrer de sua vida, porém nenhuma mulher o apaixonou mais pelo desejo da glória, a glória para o Grande Rei era algo a se buscar cada vez mais, até porque como ele mesmo dizia, “nada produz maiores efeitos em pouco tempo do que a reputação do príncipe”. (Cf. LUÍS XIV, 1976, p. 20). Para ele a guerra é uma vocação dos grandes reis, além do mais, ele viria de uma linhagem um tanto gloriosa, Luís XIV dizia ao filho que não havia melhor família nem maior poder que o do monarca francês em nenhum lugar do mundo. Em sua concepção, a superioridade dos reis da França aos demais reis da Europa devia-se à hereditariedade, longevidade e forma de governo, ele desejava deixar sucessores para que este legado glorioso continuasse. Apesar de sua arrogância, egocentrismo e patriotismo exacerbado, Luís XIV nos mostra que em suas Memórias ele se preocupou com os súditos, era como uma obrigação:

A obediência e respeito que recebemos dos nossos súditos não são um dom gratuito que nos fazem, mas antes uma troca com a justiça e a proteção que pretendem receber de nós. Assim, como eles nos devem honrar, nós devemos conservá-los e defendê-los. (LUÍS XIV, 1976, p. 33).

Inclusive acabaria com a miséria da França, nada o satisfazia mais do que aliviar o povo que sofria bastante com uma longa guerra contra Espanha, Luís mostrava ter compaixão para com seus súditos e não aguentava ver sua nação com tamanha miséria, pensando nisso, tomou inúmeras medidas para que freasse a miséria na França.

  1. A PROPAGANDA EM PROL DA GLÓRIA DO GRANDE REI

A França se mostrava poderosa na Europa, Luís XIV vinha de grandes conquistas e se sagrava o rei com um exército bem poderoso, como um amante da glória, o grande rei não deixou de lado a propaganda, a qual utilizou demais para expor além de seus feitos a sua política exterior e negociações feitas com outras nações. Porém, algumas atitudes deviam ser levadas em conta pela interpretação que era feita exteriormente e internamente, por um lado concessões poderiam surtir como uma vitória pelo povo francês mas uma humilhação pelas outras nações ou uma humilhação para o povo e um bom ato aos olhos dos outros países, mas em muitos casos não agradava nem um e nem outro, inclusive houveram conquistas que o monarca não teria conquistado quase nada, apesar da vitória, suas concessões lhe fariam perder parte do que chegaria a dominar, mesmo sendo um aclamado monarca egocêntrico, muitas vezes com razão para acreditar em seu potencial, até porque detinha um poderio invejável. Existia alguns métodos para “burlar” esta imagem que as vezes era questionada aos olhos de todos, quais sejam, construção de monumentos, festas, fogos de artifício entre outros para que pudesse mostrar o tamanho de sua glória e o colocar ainda mais como um dos monarcas mais poderosos da Europa, como ressalta Luís XIV, nas Memórias, as diversões públicas têm imensa importância política. Além de criar um vínculo de familiaridade com os súditos, levando-os a amar e a submeter-se de boa vontade ao seu rei, servem também para mostrar aos estrangeiros a riqueza e grandiosidade do reino, enfim o poder daquele que o rege, levando-os assim a respeitá-lo mais ainda, mesmo que estes estivessem na miséria.

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