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Resenha Do Texto Versatilidad Social Y Poderes múltiples Em La América Colonial

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Por:   •  2/3/2015  •  651 Palavras (3 Páginas)  •  614 Visualizações

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LEIVA, Pierre Ponce. Versatilidad social y poderes múltiples em La América colonial.

O artigo traz de interessante a ideia de desconstrução das categorias, pois somente assim é possível enxergar as complexidades da sociedade colonial. Faz uma análise de acordo com a historiografia social e política, através do método da micro-história.

O autor observa que através do estudo das relações sociais e das relações de poder, torna-se possível caracterizar os elementos da sociedade colonial: a variedade, a complexidade, o dinamismo e, sobretudo, a versatilidade. Sendo assim, buscar os vínculos verticais existentes entre os indivíduos de grupos sócio-econômicos diferentes é essencial, pois refletem o dinamismo social desta sociedade. Nesse passo, a relação de clientelismo é vista sob uma nova ótica, isto é, não mais atrelada à imobilidade social própria do Antigo Regime, mas sim como um mecanismo de gestão das relações sociais.

Para compreender os vínculos verticais, o autor mostra que as relações entre os desiguais não se dava apenas por meio de submissão e dominação. O clientelismo é visto como mais uma forma de relação entre os desiguais. Nessa relação vertical existe, sim, a diferença de status social, mas não existe a distância social. Tal dinâmica é exemplificar através do caso do Contador Real de Quito, Augustin Mesa e Ayala, que ficou preso por mais de um ano sob a acusação de ter feito negociações fraudulentas na Real Hacienda, e que depois de solto caiu no ostracismo social e na estrema pobreza. Foi abandonado pelos seus “iguais” e só pode contar com o apoio dos “desiguais”, ou seja, as pessoas de vida social mais modesta foram as que lhe deram apoio.

O caso exposto mostra que os vínculos verticais são imprevisíveis, colocando a lógica de domínio e submissão do clientelismo em xeque. As relações sociais devem ser entendidas sob o ponto de vista de que a vida é dinâmica, os vínculos pessoais não são fixos e tudo pode mudar de acordo com o contexto, portanto, é preciso levar em consideração a categoria tempo. Os vínculos de amizades, parentescos e clientelismo são passíveis de mudanças, pois estão sujeitos ao tempo e com isso não terão sempre os mesmo significados.

Leiva chama atenção para as dificuldades em se trabalhar com as relações verticais principalmente pelas fontes, que devem ser inúmeras para construir um conjunto de argumentações que dê conta desse olhar micro. Para analisar as relações sociais é preciso consultar documentos particulares como cartas, diários, e documentos oficiais; ainda tem como agravante o fato de que as boas relações geram poucas fontes, uma vez que o conflito que é comumente registrado pelas instituições sociais e políticas.

Fora as dificuldades, o autor nos mostra que a importância de um estudo individualizado, sob a escala micro, possibilita construir uma imagem mais ajustada da sociedade colonial ao mostrar as relações verticais. Essa visão mais flexível dos vínculos sociais coloca em evidência os diversos tipos de poderes, os micros poderes da sociedade. A desconstrução da ideia de uma monarquia espanhola absoluta é um exemplo disso, uma vez que a autoridade era negociada “o rei governava, mas não necessariamente detinha o poder”.

Partindo da definição de poder como capacidade

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