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Resenha - A Pesquisa Social

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Por:   •  28/4/2014  •  1.068 Palavras (5 Páginas)  •  1.492 Visualizações

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Maria Cecília de Sousa Minayo, é a autora principal deste livro e é pesquisadora titular da Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro, pesquisadora de carreira do CNPq, coordenadora científica do Centro Latino-Americano de Estudos sobre Violência e Saúde e editora científica da revista Ciência e Saúde Coletiva, professora e orientadora de estudantes de iniciação científica, de mestrado e de doutorado. É socióloga, mestra em Antropologia e doutora em Saúde Pública.

Os outros dois autores são Suely Ferreira Deslandes, que é socióloga, mestre em Saúde Pública e doutora em Ciências; e Romeu Gomes, pedagogo, mestre em Psicopedagogia e doutor em Saúde Pública. Ambos são pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, com larga tradição em docência, orientação e em investigação social em saúde.

O primeiro capítulo do livro, denominado “O desafio da pesquisa social” inicia fazendo um apanhado histórico da busca pelo conhecimento feita pelo homem, bem como suas tentativas de explicação, seja baseado na filosofia, na religião, nos mitos, nas ciências ou nas artes. Desse modo, a ciência é hoje considerada a verdade, a explicação para tudo, embora o campo científico ainda seja permeado de conflitos e contradições. A grande discussão gira em torno da cientificidade das ciências sociais, já que seu objeto de estudo é histórico e possui consciência histórica, além disso, é ao mesmo tempo, agente e objeto da pesquisa.

O texto vem tratar sobre o caráter qualitativo das ciências sociais e da metodologia, ou seja, o método e as técnicas, que se deve aplicar para reconstruir, teoricamente, o seu significado. É preciso ressaltar que as ciências sociais são intrínseca e extrinsecamente ideológicas e fundamentalmente qualitativa. A metodologia é o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade, e inclui os métodos, as técnicas e principalmente a criatividade do pesquisador na elaboração da pesquisa.

A pesquisa é uma junção entre teorias, pensamentos e ações, onde a teoria é a explicação parcial da realidade, através das proposições, e desempenha várias funções em relação ao estudo do objeto de investigação, dando um sentido a ele, os conceitos. Já a pesquisa de cunho qualitativo, se dedica a investigar significados, motivos, valores e atitudes, impregnados de subjetividade, o contrário da pesquisa quantitativa. Mesmo distintos, os dados qualitativos e quantitativos se complementam. Ela possui fases que incluem o ciclo da pesquisa (conceitos, métodos e técnicas), a fase exploratória (onde se faz a construção do projeto de investigação), o trabalho em campo, e a análise e tratamento do material colhido.

O segundo capítulo, que trata da construção do projeto de pesquisa em si, como um exercício científico e de artesanato intelectual, fala que um projeto não surge espontaneamente e possui dimensões técnicas (regras científicas), ideológicas (escolha do pesquisador) e científicas. Ele deve ser um desfecho de várias ações e esforços do pesquisador, como uma pesquisa bibliográfica disciplinada, crítica e ampla; de uma articulação criativa tanto na delimitação do objeto de pesquisa como na aplicação dos conceitos; e de humildade no reconhecimento de que todo conhecimento científico tem sempre um caráter aproximado, provisório, inacessível em relação à totalidade do objeto, vinculado à vida real e condicionado historicamente.

A partir daí, pode se dar início aos passos da fase exploratória do projeto: a construção do objeto de pesquisa (a definição do tema e escolha do problema, a formulação de hipóteses e a definição do quadro teórico), os objetivos da pesquisa, a justificativa, a metodologia, o cronograma das atividades, o orçamento requerido e saber como citar e referenciar as obras que utilizou para sustentar suas ideias, segundo as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Além desses elementos fundamentais, o autor precisa estar atento às questões éticas da pesquisa e à forma de apresentar suas intenções para a comunidade científica.

O trabalho em campo permite que o pesquisador fique mais próximo da realidade sobre a qual formulou um problema, e ele depende muito da fase exploratória da pesquisa. Existem basicamente dois tipos de trabalho de

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