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Resenha Guerra De Canudos

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Por:   •  17/3/2015  •  604 Palavras (3 Páginas)  •  618 Visualizações

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Guerra de Canudos

Por volta de 1860, o cearense Antônio Vicente Mendes Maciel iniciou longa peregrinação pelo sertão.Durante três décadas pregou a palavra de Deus, construiu igrejas e reformou cemitérios. Apesar de enfrentar a oposição da Igreja Católica e das elites, consolidou enorme prestígio entre a população sertaneja. Quando a República foi proclamada, em 1889, Antônio Conselheiro insurgiu-se contra ela.

A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. O povo foi sendo arrebatado por Antônio Conselheiro, baseados na fé que ele profetizava, em busca de uma vida mais digna, mais justa.

No sertão da Bahia travou-se a Guerra de Canudos, uma das mais sanguinárias revoltas populares da história brasileira. Em novembro de 1896 foi iniciado este conflito que durou por quase um ano, até Outubro de 1897. O movimento que, inicialmente era de cunho religioso, tomou dimensões políticas e devido à enorme proporção que adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças.

O beato Conselheiro era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam.

Canudos era um arraial do interior da Bahia, região onde se instalou a partir de 1893 o beato Antônio Conselheiro, juntamente com seus seguidores. Antes, o beato percorrera o sertão pregando transformações e despertando a ira das autoridades e da Igreja Católica, que o consideravam uma ameaça, pois começa a tornar um simples movimento em algo grande demais para a República, que acabara de ser proclamada.

Conselheiro comandou uma queima de editais de cobrança de impostos e, em seguida, refugiou-se com seus adeptos em Canudos. A partir daí, seu exército, uma grande massa de pobres e maltrapilhos, só cresceu, chegando a uma população de 30 mil pessoas. Os seguidores de Antônio Conselheiro apenas defendiam seus lares, mas a nova ordem não podia aceitar que humildes moradores do sertão da Bahia desafiassem a República. Ao mesmo tempo, Conselheiro desenvolveu uma experiência socialista em Canudos, cada família entregava metade de suas posses para o conjunto da comunidade, mantinha roças e criações familiares, vivia desse trabalho e sustentava os desvalidos que iam chegando. Conselheiro seguia princípios da igreja católica e impunha regras

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