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Resenha: Guerra contra a democracia

Por:   •  4/5/2017  •  Resenha  •  1.130 Palavras (5 Páginas)  •  713 Visualizações

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RESENHA: GUERRA CONTRA A DEMOCRACIA

O filme Guerra contra a democracia tem como foco a atuação dos Estados Unidos da América, em relação aos países que compõem o continente americano, conotando a sua articulação para manter influência e até de certa forma um controle político sobre esses países, utilizando para isso principalmente seu poderio financeiro.

O filme que se desenvolve em forma de documentário foi dirigido pelo jornalista australiano John Pilger, conhecido por pautar causas humanitárias, nesse filme ele aponta o olhar para a ação dos Estados Unidos em casos de atentados contra a democracia nos países da América Latina. Ele apresenta uma série de imagens, noticias e entrevistas que documentam o sofrimento que a população desses países sofreram por causa desse político norte americano.

Os golpes de estado realizados contra Jacobo Arbenz na Guatemala e Salvador Allende no Chile, a tentativa de golpe na Venezuela de Hugo Chávez, são os pontos de maior enfoque do filme, mas que também relata a ascensão popular na Bolivia que levou ao poder o presidente Evo morales.

Os golpes na Guatemala e Chile é caracterizado pela extrema violência de suas ações, agindo contra o povo desses países de forma a provocar um genocídio. Na Guatemala o filme mostra o ataque contra a população que tentava resistir ao golpe, as imagens de centenas de mortos em ataque do exército com bombardeio em vilarejos inteiros e sequestro de pessoas que nunca mais foram encontradas.

O golpe no Chile inicia com um bombardeio sobre o palácio do governo chileno onde estava o presidente Salvador Alende, em face a morte ele manda uma mensagem ao povo dizendo que o Chile ainda iria encontrar a democracia, e depois de enviada a mensagem ele se matou e seu lugar é ocupado pelo o ditador Augusto Pinoche.

Pinoche recebe o apoio norte americano e inglês para implantar no país um experimento para testar o neoliberalismo econômico, sendo assessorado pelo economista da Escola de Chicago Milton Friedman. Ao sofrer repúdio da população Pinoche inicia um genocídio no Chile, ele cria campos de concentração para prender, torturar e matar rivais.

O jornalista entrevista vítimas da violência do governo Pinoche, pessoas que foram presas, torturadas nos campos de concentração, como no estádio da capital chilena que foi ocupado por milhares de presos do regime ditatorial, e também é mostrado outra prisão onde pessoas eram torturadas e mortas dentro de uma torre, as vítimas carregam ainda na lembrança o terror vívido nesses dias.

O documentário mostra a relação dos Estados Unidos com esses golpes a partir das ações do serviço de inteligencia americana a CIA, ele traz documentos que comprovam essas ações, e a intromissão norte americano na política com o apoio aos golpistas. E o pior é a escola que o próprio Estado Unidos criou para treinar os militares dos governos ditatoriais, para que aprendessem técnicas de torturas e aplicá-las em quem se opusessem aos golpistas.

Ao entrevistar um ex agente da CIA, o jornalista questiona os métodos e as ações violentas que aconteciam com o apoio da agência, e o ex agente responde de forma surpreendente que tudo foi feito para o bem do povo, para defendê-los do comunismo, e que tudo sobre os genocídios era mentira, que não houve milhares de mortos, mas logo foi retrucado pelo jornalista que afirmou que houve sim.

Mas a maior parte do filme foca na Venezuela, na tentativa de golpe aplicada no governo de Hugo Chávez no ano de 2002, quando pessoas de classe média apoiada pela elite Venezuela, e de certa forma atiçada pela mídia do país foram as ruas protestar contra o governo, mas além disso tudo havia o financiamento das ações pelos Estados Unidos comprovadas em documentos.

Em uma dessas manifestações os golpistas armaram uma farsa para colocar a opinião pública ainda mais contra o presidente, eles direcionaram uma manifestação anti-chavista para confrontar uma manifestação de apoio ao governo, ao se encontrarem houve confronto, com tiros o que levou a uma centena de feridos e muitos mortos. A mídia usou imagens de pessoas com camisas de apoio a Chaves atirando contra os manifestantes e acusou o governo de usar essas pessoas para atacar os manifestantes

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