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Resenha do Livro: Estados Unidos: a formação da nação - Leandro Karnal

Por:   •  17/9/2019  •  Resenha  •  2.480 Palavras (10 Páginas)  •  528 Visualizações

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Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF                                                                         Instituto de Ciências Humanas – ICH                                                                                                  Departamento de Geociências[pic 1]

Docente: Ana Beatriz Barbosa Ferreira                         Matrícula: 201610027

Discente: Diogo Silva                                        Disciplina: História da América II

KARNAL, Leandro. Estados Unidos: a formação da nação. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2007.

Leandro Karnal, autor do livro “Estados Unidos: a formação da nação” é historiador brasileiro, graduado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), especializado em História da América e ainda foi curador de diversas exposições como “A escrita da memória”, em São Paulo. Karnal em seu currículo é apresentado como colaborador na elaboração curatorial de museus, como o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo.

Esse historiador como falado é especialista na história da América com publicações dessa temática, tendo publicado outro livro sobre a História dos Estados Unidos, em conjunto com outros autores. Este segundo livro também é uma reflexão sobre o Estados Unidos ser essa grande potência e ainda conseguir provocar ódio nas demais pessoa do mundo. Procurando entender como esse país influencia tanto nos outros país, nos demais continentes, sendo uma nação que foi colonizada e atualmente consegue fazer com que a maior parte do mundo consuma seus produtos e culturas.  

O livro “Estados Unidos: a formação da nação” vem logo na introdução nos falando a intenção do autor com essa outra e a ideia central da sua reflexão. Da onde parte seus questionamentos e de que forma Karnal nos conduzirá em sua narrativa. Karnal já inicia tentando entender a influência que essa nação tem sobre o restante do mundo, mas mesmo assim desperta o ódio:

Há poucos países que despertam reações tão estranhas como os Estados Unidos da América. Eles são a nação dominante neste início de século XXI. O presidente dos EUA é chamado de homem mais poderoso do mundo nos jornais. Não se pode fazer a História recente sem fazer, em grande parte, a História dos Estados Unidos. É claro que ninguém chega a esta posição sem despertar muita raiva no planeta. [...] Quem está “por cima” desperta críticas que mostram tanto os pontos que consideramos negativos dos “vitoriosos” como o que gostaríamos de ter e não temos. As críticas, às vezes, são uma das maneiras transformadas da inveja. (KARNAL, 2007, p.09).   

Segundo Karnal, essa nação é vista de diferentes formas pelos outros continentes, porém é o espaço que mais recebe imigração legal e ilegal, tem um fluxo constante de pessoas vindo. A partir dessa pequena introdução, o historiador nos alerta que essa sua obra pretende contribuir para o entendimento sobre a origem desse país influenciador. Ele irá analisar o surgimento e crescimento dos Estados Unidos, centrando na colonização e na sua independência. É uma forma de propor a reflexão sobre esse país e como ele diz: “Os que amam os EUA encontrarão aqui razões para justificar seu afeto. Os que odeiam o país conhecerão melhor o inimigo e poderão utilizar este conhecimento para vencê-lo. (KARNAL, 2007, p.10). Mas a ideia em si é de compreender mais sobre a história do mundo e que o leitor possa enriquecer dessa forma.  

O interesse de Karnal sobre os Estados Unidos, surge em seu interesse pela América como um todo. Gostando de muitos autores, poetas, músicos que tem origem nesse país, porém entendendo ao mesmo tempo que há pessoas, guerras e soldados que invadiram outros territórios e ocasionando destruição. Como na maioria dos espaços territoriais do mundo, tem-se o lado bom e lado ruim. O historiador ao final de sua introdução orienta que fará referências a Shakespeare, por ter vivido intensamente a leitura deste autor e sendo fundamental para explicar a Inglaterra. Citando Harold Bloom, sugere a leitura do mundo através de Shakespeare.

Nesta obra temos como já apresentado a Introdução, em seguida temos quatro capítulos e posteriormente uma conclusão com algumas considerações finais. No primeiro capítulo “As comparações incômodas”, teremos uma teorização acerca do debate muito discutido sobre a questão: “Por que os Estados Unidos são tão ricos e nós, o Brasil, somos tão pobres?” (KARNAL, 2007, p.13). Percebendo que os dois países foram colonizados, mas tiveram desenvolvimentos distintos, as teorias levantadas são simples, mesmo que os fatos na realidade são complexos. Uma das explicações do sucesso dos Estados Unidos é a existência de colônias de exploração e colônias de povoamento. As colônias de exploração seriam as ibéricas, colonizadas por Portugal e Espanha, com o intuito de enriquecer as metrópoles. As colônias de povoamento seriam as inglesas, com a preocupação de desenvolver o local. Dessa forma, o Brasil seria pobre por ter sido colonizado por exploradores.

Karnal ainda traz a explicação desenvolvida por Vianna Moog, que explica as diferenças entre essas duas regiões por meio da geografia. Os Estados Unidos teve a facilidade das planícies imensas e rios excelentes para a navegação. Porém o autor nos aponta que mesmo com a comparação depois de cem anos decorridos do início da colonização, entre as duas Américas, a ibérica tornou-se mais urbana, com comércio, maior população e produções culturais e artísticas mais “desenvolvidas” do que a inglesa. O fator de maior importância que podemos considerar de início nessa diferenciação é a facilidade que os colonos norte-americanos tiveram em proclamar a sua independência. Por isso, Karnal se concentra na construção histórica desse fato, entendendo que:

Não é, certamente, nesta explicação simplista de exploração e povoamento que encontraremos as respostas para as tão gritantes diferenças na América. Entender a especificidade das colônias inglesas na América do Norte significa falar da Inglaterra moderna. (KARNAL, 2007, p.18).

“O modelo Original: a Inglaterra” é o segundo capítulo construído por Karnal nessa sua obra sobre os Estados Unidos. O autor logo de início nos diz que é impossível entender a colonização inglesa e suas particularidades se não for levado em conta a situação da própria Inglaterra antes da colonização. Desse modo, temos nesse capítulo a história da Inglaterra antes da colonização na América, compreendendo a importância das duas guerras: Guerra dos Cem Anos; Guerra das Duas Rosas. Guerras que contribuíram para o enfraquecimento da nobreza e suscitação no país do desejo de um poder centralizador e pacificador. Momento esse que a Inglaterra cria uma dinastia sólida e forte no poder.

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