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Resume Critico Do Filme Sonhos Tropicais

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Por:   •  25/12/2014  •  383 Palavras (2 Páginas)  •  720 Visualizações

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Como já diz o cartaz de Sonhos Tropicais, o filme mostra duas situações em paralelo: “Ela veio em busca de um sonho. Ele voltou para transformar o seu em realidade.” “Ela”, no caso, é a jovem polonesa Esther (Carolina Kasting, numa boa estréia cinematográfica), que desembarca no Rio de Janeiro de 1899 na ilusão de “fazer a América”. No mesmo dia se torna prostituta. E “ele” é o famoso médico sanitarista Oswaldo Cruz que, após concluir seus estudos em Paris, chega no mesmo Rio de Janeiro disposto a limpar a cidade da febre amarela e da varíola. Cada um a seu modo, Esther e Oswaldo vão comer o pão que o descaso político amassou antes de conseguirem realizar os seus sonhos. Se é que vão conseguir.

Misturando personagens reais com fictícios, Sonhos Tropicais avisa, em seus letreiros finais, que todos os episódios narrados no filme são historicamente verdadeiros. “Até os inventados”, arremata com ironia.

Ainda que bem produzido, Sonhos Tropicais sofre de um dos grandes males do cinema brasileiro de todos os tempos, presente principalmente nos filmes de época: o tom discursivo, quase teatral da narrativa. Algumas marcações de cena caberiam bem melhor no palco que na tela. Há diálogos com excesso de didatismo e atores de talento indiscutível, mas que transparecem estar sempre interpretando falas e não encarnando personagens reais. Casos de Cecil Thiré e Flávio Galvão, para citar apenas dois exemplos. Falando em personagens, eles proliferam em excesso, nem todos com função definida dentro do roteiro.

O filme utiliza duas boas ferramentas para dar os contrapontos históricos e até cômicos necessários à trama. O primeiro – lembrando Na Época do Ragtime, de Milos Formam, ou mesmo Cidadão Kane – é a simulação de trechos de antigos cinejornais que aqui e ali situa o espectador no contexto da História.

E o segundo é a presença de três simpáticos velhinhos (José Lewgoy, Hugo Carvana e Antônio Pedro) que, sem jamais sair da tradicional Confeitaria Colombo, criticam a tudo e a todos com impagável sarcasmo. São deles os melhores momentos do filme.

A direção do estreante André Sturm não chega a empolgar, mas mesmo assim Sonhos Tropicais mostra um retrato honesto de um período importante da História do Brasil. Um período de injustiças sociais, miséria, ignorância e conchavos políticos que parecem nunca ter fim.

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