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Resumo - Algumas Origens do Ceará de Antônio Bezerra.

Por:   •  29/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.599 Palavras (7 Páginas)  •  188 Visualizações

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Algumas origens do Ceará – Antônio Bezerra

  1. Do que trata o texto.

        O texto aborda as origens sobre o povoamento do Ceará, onde teria-se iniciado o povoamento do Ceará. Antônio Bezerra argumenta como a região que hoje corresponde ao atual Ceará começou a ser povoado no século XVII, os primeiros núcleos de  povoamento dessa região, os principais personagens desse início de povoamento; a partir de suas pesquisas com os documentos que ele utiliza.  Também, busca desconstruir as narrativas anteriores que também tentavam explicar as origens do Ceará mas sem terem uma base de documentos que pudesse sustentar essas narrativas. Essas narrativas possuíam várias falhas em virtude de não terem passado por um processo de pesquisa histórica rigorosa em suas construções.

  1. Perspectiva teórica do autor.

Antônio Bezerra é um historiador positivista do século XIX voltado à história científica, isto é,  que trabalhava na ideia de uma história-ciência e sua operação historiográfica possuía a erudição e o rigor da análise e da crítica às fontes utilizadas, para a comprovação de sua narrativa sobre o início do povoamento do Ceará; assim ele se utilizou do método dos estudos históricos para realizar a sua pesquisa e a construção de sua narrativa.

Bezerra seguiu caminho novo, apresentando autores que haviam trabalhado as origens do Ceará, quando a região começou a ter núcleos de povoamento; mostrando os vários erros desses autores como como os nomes incorretos dos personagens, a datação errada, os lugares errados e os fatos criados, resultados da falta de domínio das fontes; depois acumulava documentos, fazia a seleção dos documentos, fazia a crítica destes e extraía deles as informações necessárias sobre o passado para a construção da sua narrativa. Então sua narrativa se assemelhava a um discursso jurídico. Assim ele se firmou como um historiador-juiz que tinha o dever de fazer a crítica e o julgamento dos documentos que ele acumulava. Quem produziu esse documento, quando ele foi produzido, onde ele foi produzido e como foi produzido. E os fatos que não se sustentavam com os documentos encontrados e acumulados por ele, eram retirados. Procedendo assim, Bezerra resolveu questões sobre as origens de diversos lugares no Ceará.

Antônio Bezerra, esteve preocupado em mostrar uma nova narrativa que substituísse as narrativas anteriores cheias de erros e fornecer uma leitura comprometida com o rigor do trabalho do historiador. Uma narrativa sólida e verdadeira que desmentia as opiniões da época e era baseada nas fontes autênticas da época selecionadas por ele. Com esse trabalho de pesquisa sobre as origens do Ceará, Antônio Bezerra se qualificou como quem dominava a crítica de fontes e extraía delas as informações que seriam as verdadeiras sobre o passado cearense. Então, tendo feito esse trabalho, explicou como a região que corresponde ao atual estado começou a ser povoada e os personagens reais de um processo de colonização. Pedro Coelho de Sousa foi dado como o primeiro a explorar a região em 1603 e a tentar povoá-la em 1604. Martim Soares Moreno foi atribuído como o “fundador” do Ceará e Algodão e Camarão foram considerados os índios heróis na expulsão dos holandeses.

  1. Fontes utilizadas.

        Antônio Bezerra, se utiliza de fontes escritas do século XVII como livros, uma carta e documentos oficiais. Nesse período, século XIX, ainda não se tinha uma ampliação da noção de documento.

  1. Bibliografia Principal.

        Antônio Bezerra utiliza três livros: A Jornada do Maranhão (1614) do Diogo de Campos Moreno, Datas e factos para a História do Ceará e Um capítulo da História do Ceará.

  1. Resumo do Texto.

        Segundo Antônio Bezerra, o livro que mais fielmente descreve os fatos relativos a história do Ceará, é o do Sargento-mór Diogo de Campos Moreno, tio de Martim Soares Moreno. O livro é A jornada do Maranhão. em 1603, Pero Coelho de Souza obteve a licença para explorar a região que era denominada de Siará Grande. Siará é uma palavra tupi e significa “terra onde canta a jandaia”. Após uma série de lutas, conquistou a região da  Ibiapaba vencendo os inimigos franceses e indígenas. Os indígenas viraram escravos. Depois, em 1604, volta às margens do rio Siará (nome dado pelos índios potiguares) e funda uma pequena povoação chamada de Nova Lisboa. E para esta povoação, construiu um pequeno fortim de madeira onde deu-lhe o nome de Fortim de São Tiago da Nova Lisboa. Essa povoação em torno desse fortim não durou muito tempo, foi abandonado logo em 1605 em virtude da falta de recursos para a subsistência do povoado e os constantes ataques dos indígenas. Os índios potiguares já habitavam a região antes da chegada de Pero Coelho, em aldeias. Depois, em 1607 os padres inacianos Francisco Pinto e Pereira Filgueira foram enviados para a catequização dos índios que habitavam o Ceará.

        Os missionários jesuítas só começaram a entrar para o Ceará e a realizar as suas missões depois que o Conde de Atouguia enviara jesuítas para pacificar os indígenas da região após a retirada dos holandeses. Quando o sargento-mór descreve o desembarque dos indígenas que iriam conquistar o Maranhão, no Iguape,  caminharam até as aldeias do Ceará e passaram pelas aldeias de Paupina e Porangaba. Porangaba constituiu a primeira missão jesuítica realizada nestas terras do atual Ceará, sua localização não se sabe ao certo mas sabe-se que se dividiu em quatro sítios: Maraponga, Midubim, Aracapé e Cravatá. Então, outras cidades surgiram de aldeamentos indígenas como Porangaba.

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