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Resumo Dos Primeiros 5 Topicos Do Capitulo De Industria Brasileira Wilson Suzigan

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Por:   •  14/11/2014  •  1.896 Palavras (8 Páginas)  •  1.192 Visualizações

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3-INVESTIMENTO INDUSTRIAL INDUZIDO PELA EXPANSÃO DA ECONOMIA AGRICOLA-EXPORTADORA

A indústria de transformação brasileira anterior à primeira guerra mundial pode ser entendida como parte do processo de acumulação de capital resultante da expansão da economia de exportação.

A produção de tecidos de algodão começou no Brasil no século XVIII através da utilização de processos manuais, porem as proibições da coroa desencorajaram a instalação de indústrias de transformação no país até 1844 quando foram instituídas medidas protecionistas. Em 1874 as importações de matéria prima bem como as de maquinaria para as indústrias de transformação foram isentadas das tarifas de importação. Mas a redução nos preços de importação decorrentes dos melhoramentos técnicos na Europa, desvalorização do mil-réis e a fraqueza da economia escravocrata fizeram com que os investimentos na indústria têxtil de algodão fossem moderados até 1880.

No nordeste a Bahia foi o principal produtor têxtil com algum incentivo governamental. O capital provém da atividade mercantil e há evidencias que o fim tráfico negreiro possibilitou a migração do capital confinado nessa atividade para o setor industrial. (exemplo, fabrica todos os santos 1844) e também parece ter sido comum na Bahia a associação de casas de comercio e indústrias têxteis. Em Minas Gerais O desenvolvimento so ocorreria no período entre o final da década de 1860 a 1880, antes 1885 havia 13 fabricas instaladas todas de pequeno porte. Básicos. As indústrias eram descentralizadas e produziam principalmente sacaria para o mercado interno. Não ha evidencia concretas sobre a natureza do capital investido na indústria, porem pode se assegurar que o café exerceu um importante papel, bem como o capital mercantil.

No Rio de janeiro a primeira fabrica data de 1841, porem foi só em 1870 que a indústria se desenvolveu. Eram movidas comumente a energia hidráulica e a vapor (esta ultima na cidade do Rio de Janeiro); a maior delas foi instalada em 1872, e foi por certo tempo a maior do Brasil, a fabrica levava o nome de Brasil industrial e operava 400 teares, empregava cerca de 400 pessoas e era movida por energia hidráulica. O Rio de Janeiro era o principal centro de importação e o mais importante centro do comercio costeiro. Em São Paulo a primeira fabrica data de 1780 pela real junta do comercio, entre tanto o desenvolvimento se firmou no fim m na década de 1860. Ate a metade da década de 1880 foram instaladas na província 16 fabricas. Varias dessas fabricas foram fundadas por cafeicultores entre fins de 1860 e meados de 1880 ao contrario dos cafeicultores de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

No inicio da republica, as politicas inflacionarias e uma legislação mais liberal, provocaram um boom e a crise do encilhamento (1891-1892). Soma-se a isso a proteção a manufaturas de algodão que vinha sido implementada desde os últimos anos do império, bem como a desvalorização do mil-réis na década de 90 geram desenvolvimento da indústria. As exportações de maquinaria aumentaram 30% em 1890 e 69% em 1891, No período de 1890 a 1906 os investimentos diminuíram de ritmo apenas são Paulo registrou aumento de capacidade produtiva.

No inicio do século XX ocorre à mudança da energia a vapor para a elétrica gerando maior competitividade da indústria. Em 1914 estimou-se que a produção nacional respondia a 81% da oferta de produtos têxteis de algodão, mas o investimento na indústria foi fortemente reduzido durante o período da primeira guerra dada à dificuldade de importar insumos. Os investimentos voltaram a crescer em 1921 tendo recorde em 1926; a retirada da proteção tarifaria expos as deficiências da indústria nacional. Na década de 20 são Paulo se torna o principal polo de produção de têxteis do país, porem a alta expansão provocou prejuízos com a crise do café em 1930-1931 amenizados com a atuação do governo federal.

PRODUTOS DE JUTA.

Essa indústria produzia principalmente sacaria para as exportações de produtos que nao poderiam ser embalados em sacos de algodão grosseiro como o fumo, café, açúcar, algodão, cacau, caroço de algodão e etc. e desenvolveram-se onde esses produtos básicos eram produzidos: São Paulo, Minas Gerais, Bahia Rio de Janeiro.

Os tecidos ou fios de juta teriam de ser importado, porem em 1880 a diferença os direitos sobre a sacaria e o fio de juta era suficiente para estimular a produção interna de sacarias de juta. À produção de sacaria fina de juta para café e outros produtos desenvolveu=se nos anos de 1887 a 1894. A maior das fabricas era a Santana, instalada em São Paulo correspondia a 50% do capital investido nessa atividade em 1907 e parece ter sido o único investimento direto de capital originário do café. Na Bahia a principal fabrica foi instalada em 1890; a Companhia Fabril dos Fiais por capital de comerciantes britânicos associados ao capital local. E em Pernambuco também com capital oriundo da atividade mercantil foi fundada a Companhia Fabrica de Estopa que constituía uma sociedade anônima composta na sua maioria de acionistas estrangeiros.

Medida especifica para proteger tal indústria surgiram apenas em 1889 quando o governo sob a égide da lei orçamentaria recebe poderes para aumentar os direitos sobre a importação de manufaturas de algodão e juta para proteger a indústria nacional. Porem a inflação erodiu tal proteção e oque realmente tornou viável a produção nacional foi à desvalorização da taxa de cambio em 1898. A proteção tarifaria volta a crescer a partir de 1900 ao mesmo tempo em que a taxa de cambio se valorizava.

Em 1907 as dez fabricas de juta brasileira empregavam 3489 pessoas e supriam 99,7% da demanda nacional. A união de quatro dessas fabricas, formou a Companhia Nacional de Tecidos de Juta e produziam mais de três quartos do total da produção de sacaria de junta desse ano. Em 1928 a indústria de juta se expande e aumenta a capacidade produtiva, estima-se que nessa época empregava 12.000 pessoas porem apresenta declínio entre 1929 a 1934 tendo sensível piora quando em 1931 o governo aumenta os direitos sobre a importação de fio de juta.

PRODUTOS DE LÂ

A produção têxtil lã se desenvolve a partir de 1870 e apresenta em toda sua historia um pequeno porte dado ao pequeno mercado brasileiro devido às condições climáticas Apresenta uma evolução lenta. A produção só incluía tipos grosseiros de tecidos como casacos, flanelas, cobertores, tapetes, pois Os fios de lã para tecidos mais finos precisavam ser importados, os artigos mais finos importados predominou até 1920.

Havia fabricas em São Paulo, Rio Grande so Sul e Rio de Janeiro, mas as Fabricas

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