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Sentido da Colonização

Por:   •  20/11/2015  •  Resenha  •  2.173 Palavras (9 Páginas)  •  185 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A nossa evolução no início do século XIX, não se reduz ao fato da  emancipação política do país,  e a transferência da sede da monarquia portuguesa para o Brasil, ela acontece também em todos os fatores : sociais, políticos e econômicos, o momento é decisivo, resultante dele é o Brasil de hoje.

SENTIDO DA COLONIZAÇÃO

A ideia de povoar não ocorre aos Europeus em relação a América, é o comércio que os interessa. Fala-se em colonização, mas o que o termo envolve não é mais que o estabelecimento de feitorias comerciais. Para os fins mercantis que se tinham em vista, é daí que surge a ideia de povoar, e só daí. Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, ouro e diamantes. Nada mais que isso, um objetivo exterior, voltado para fora, para o comércio europeu, para o abastecimento da metrópole.

Diferente do que ocorre em outras colônias Européias, o intuito não era povoar e constituir uma nação, que mesmo colonial tivesse como objetivo o desenvolvimento da região, no Brasil a ideia era simplísmente a de exploração para exportação, este modelo de colônia manteve-se por vários séculos, mesmo após a independência sendo a base da economia brasileira.

POVOAMENTO

A distribuição do povoamento pelo território da colônia é, de característica irregular. Vários núcleos, alguns bastante densos, mas separados por largos vácuos de povoamento ralo, entre eles, quando não inexistentes. O território atual no aspecto geral se assemelha ao da época, alinhavado no Tratado de Madri 1750, salvo o adensamento populacional. A dispersão dos povoados se fez necessária para a defesa e ocupação dos territórios, em núcleos esparsos de difícil comunicação, causando isolamentos  entre os povos. Vale destacar os fatores que determinaram essa dispersão: o primeiro foi com o tratado de Tordesilhas, que para a ocupação eficiente do território Portugal teve que encetar a colonização simultânea em vários pontos. O Segundo foi o Bandeirismo preador de índios e prospector de metais e pedras preciosas. Em Terceiro a exploração das minas com descobertas sucessivas no final do século XVII. Em seguida as missões católicas do extremo norte da bacia amazônica, e por ultimo no sertão do Nordeste o consumo de carne que viria dos rebanhos do mesmo.

O povoamento se deu quase que exclusivamente no litoral, um território avantajado de solo fértil, relevo propício, entre outras vantagens que fazem da faixa litorânea ideal para este adensamento demográfico, destas regiões vale destacar três grandes núcleos de povoamento: Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco como as partes mais povoadas.

POVOAMENTO INTERIOR

Os Fatores principais que determinaram a penetração do povoamento no interior da colônia, foram a mineração que impele o homem do litoral para o continente, formando núcleos em torno das explorações do centro de Minas Gerais, além de Goiás e Mato Grosso. Com o esgotamento do ouro, as populações tenderam a convergir para o Rio de Janeiro. A dispersão das fazendas de gado desenvolveu-se na Bahia e em Pernambuco e nas regiões pastoris de Minas Gerais, e no extremo-sul. Voltamos agora ao sul da colônia que se estende na área atual do estado do Paraná, caracterizado por relevos ondulados e pela Araucária, com clima ameno e temperado que mesmo com tais características possui um adensamento baixo, pela distancia do continente Europeu. São Paulo na época se destaca como área de transição entre as Minas Gerais e os Campos gerais, iniciada a colonização interiorana é por São Paulo que se farão as penetrações. No período colonial São Paulo não chegou a formar vida própria, podendo ser destacado somente como local de transição, tornando-se o centro das atividades econômicas do Pais apenas em outro momento da nossa história. E para completar este esboço de povoamento colonial, na Amazônia a ocupação se disseminou linearmente, em pequenos núcleos ribeirinhos ao longo das artérias fluviais. Houve forte presença de missões catequizadoras.

CORRENTES DO POVOAMENTO

A  evolução do nosso povoamento sintetiza-se em três grandes fases: A primeira vai da colonização até o fim do século XVII, destacando-se pela ocupação litorânea. A segunda é na primeira metade do século XVIII com a revolução demográfica que provoca a descoberta do ouro nas Minas Gerais, seguidas por Mato Grosso e Goiás. Secundariamente ocorrem outras circunstâncias, como a decadência da pecuária nos sertões do Nordeste, assolados pela seca, e o florescimento dela no extremo sul da colônia. E concluindo a terceira fase é caracterizada pela mobilidade permanente e considerável, com o deslocamento que se verifica do interior para o litoral, com o refluxo para a agricultura, e em outros deslocamentos sem pré em busca de uma melhor condição. No Rio de Janeiro em Campos dos Goitacases, e no Maranhão.

Outro movimento ocorre no Centro sul com o despovoamento das áreas de mineração com cunho de maior importância histórica, transformando-se em regiões agrícolas e pastoris. As correntes demográficas generalistas destacam-se pela invasão da capitania paulista, gerando conflitos territoriais.

AS RAÇAS

Temos aqui o estudo da composição étnica do Brasil, com as três raças que fazem parte da constituição do Brasil, A branca, a negra e a índia. A branca é até o principio do século XIX, em sua quase totalidade portuguesa. O critério português para a admissão de estrangeiros era mais religioso do que de sangue. Na emigração do reino para o Brasil, há que se distinguir duas fases. A primeira metade se estende até a segunda metade do século XVII, essa fase é de imigração escassa, após isso em meados de 1667 por conta da crise portuguesa, com o Reino empobrecido e incapaz de sustentar sua população, a emigração se torna depauperada com proporções assustadoras.  Com os portugueses se fixando nos centro urbanos para desenvolvimento de mercancia, e vindo para a colônia de maneira geral sozinho, faz com que este seja um dos fatores da miscigenação no Brasil.

Já os índios na colonização lusitana eram vistos como parte integrante dela, com um trabalhador aproveitável, um colono como os demais, ocasionado conflito com os jesuítas, só solucionado com a legislação pombalina com a suspensão do poder eclesiástico sobre os índios, mesmo assim era considerada uma raça bastarda, alvo de prepotência da raça dominadora.

O caso do negro é para o historiador mais simples, uniformizado pela escravidão sem restrições, responsável pela formação da população brasileira pela sua relação com os colonos brancos. Os escravos constituíam um terço da população total, mas mestiçagem que deve ser destacada com a composição das três raças, a etnia brasileira é resultado da excepcional capacidade do português em se cruzar com outras raças.

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