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Trabalho Escrito - Leviatã - História Moderna

Por:   •  8/10/2015  •  Seminário  •  6.099 Palavras (25 Páginas)  •  348 Visualizações

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Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”

Unesp

Leviatã – Thomas Hobbes

“Parte I - Do Homem”

Daiara Suellen Gabriel de Ávila

Renan Xavier de Souza

Rerman Andriz de Oliveira Moreira Antequera

Tatiana Aurora Lopes de Jesus

Franca

2013

Seminário 8

 “Parte I – Do Homem”. In: Leviatã, de Thomas Hobbes.

Autor

Thomas Hobbes nasceu em 5 de abril de 1588, na aldeia de Westport, Malmesbury, Inglaterra, e morreu em 1679 em Hardwick. Tem suas influências em Francis Bacon, Euclides (Elementos de Geometria), Descartes e Galileu.
Hobbes vive durante um período turbulento de guerras na Inglaterra.
Publica
O Leviatã em 1651.
 O autor é dos proeminentes do empirismo e possui um pensamento mecanicista e determinista ao pensar tanto os homens quanto o Estado, se apropriando da física e da matemática na elaboração de sua teoria.

  Na introdução, o Leviatã vem como sendo o próprio Estado - homem artificial, que embora de maior estatura e força do que o homem natural, para cuja proteção e defesa deste foi projetado. Ou seja, o Estado, então, é projetado pelos homens.

  Hobbes faz uma analogia do Corpo Político do Estado, que seriam os órgãos humanos representando as estruturas do mesmo.

  O autor nos diz em seguida que os homens só alcançam o verdadeiro conhecimento próprio olhando para dentro de si mesmo, buscando entender seus próprios pensamentos, desejos e vontades (Lê-te a ti mesmo).

   E ao falar do governante diz: “Aquele que vai governar uma nação inteira deve ler, em si mesmo, não este ou aquele indivíduo em particular, mas o gênero humano”. (pg. 28).

Das Sensações à Linguagem. 

  Hobbes iniciará seu tratado exemplificando o homem. Pela Sensação, compreende-se aquilo pautado nos cinco sentidos, que geram um sentir, que por sua vez é causado por um objeto (Sensação – Sentidos – Objeto).
Hobbes complementa dizendo que:

A causa da sensação é o corpo exterior, ou objeto, que pressiona o órgão próprio de cada sentido, ou, de forma imediata, como no gosto e tato, ou de forma mediata, como na vista, no ouvido, e no cheiro” (pg. 31).

  Tem-se, também, a Imaginação ligada à sensação. A imaginação seria como uma sensação diminuída e quando queremos exprimir a própria coisa (isto é, a própria ilusão), denomina-se imaginação (Sensação – Objeto – Imaginação). Porém, quando queremos exprimir a diminuição e significar que a sensação é antiga e passada denomina-se Memória. Imaginação e Memória são uma e a mesma coisa com nomes diferentes. Muita memória, ou a memória de muitas coisas, chama-se Experiência.

  A imaginação diz respeito apenas àquelas coisas que foram anteriormente percebidas pela sensação, ou seja, seria uma impressão.

  A imaginação pode ser simples ou composta. Simples: algo que consistiria em imaginar o objeto em sua totalidade; Composta: como sendo uma ficção de espírito.
 A Imaginação daqueles que estão adormecidos denomina-se
Sonhos (Sonhos – Sensação): contato externo das sensações, assim como o interno – órgãos internos. Sonha-se como se estivesse acordado, apesar do entorpecimento dos órgãos, a ponto de nenhum objeto o poder dominar e obscurecer com uma impressão mais vigorosa, um sonho tem de ser mais claro, em meio a este silêncio da sensação, do que nossos pensamentos quando despertos. Os sonhos são, então, o reverso de nossas imaginações despertas, iniciando-se o movimento por um lado quando estamos acordados, e por outro quando sonhamos.

   Os sonhos e as ilusões, junto às visões e as sensações, em uma mescla de seres do mundo fantástico: fadas, feiticeiras, ninfas, gnomos, entre outros, fazem com que os homens caiam em superstições. Para tal efeito Hobbes complementa:

 “Cabe ao homem sensato só acreditar naquilo que a justa razão lhe apontar como crível. Se desaparecesse este temor supersticioso dos espíritos, e com ele os prognósticos tirados dos sonhos, as falsas profecias, e muitas outras coisas dele decorrentes, graças às quais pessoas ambiciosas e astutas abusam da credulidade da gente simples, os homens estariam muito mais bem preparados do que agora para a obediência civil” (pg. 37).

  Para o autor esse deveria ser o papel das Escolas, mas elas, pelo contrário, alimenta essa doutrina possuindo uma educação voltada para a religiosidade, deixando conceitos fundamentais a margem do que realmente seria a sua definição.

    Ao falar da consequência ou cadeia de imaginações, Hobbes remete a um discurso mental, que seria uma sucessão de pensamentos. Esta cadeia de pensamentos, ou discurso mental, é de dois tipos: o primeiro é livre, sem desígnio, e inconstante, como quando não há um pensamento apaixonado para governar e dirigir aqueles que lhe seguem, como fim ou meta de algum desejo, ou outra paixão (para este efeito diz que os pensamentos vagueiam); a segunda cadeia de pensamentos é mais constante por ser regulada por algum desejo ou desígnio. Pois a impressão feita por aquelas coisas que desejamos, ou receamos, é forte e permanente e de rápido retorno (Pensamento – Paixão – Desejo).


  A cadeia de pensamentos é levada pela paixão ao objeto de desejo. O pensamento nos leva a uma forma de buscarmos e almejarmos esse desejo.
Recordação é o ato de trazer ao espírito um reconhecimento das nossas ações passadas.
  Previsão, prudência ou providência: quanto mais experiência das coisas passadas um homem ter, mais prudente ele será, e suas previsões raramente falharão. Só o presente tem existência da natureza. As coisas passadas tem existência apenas na memória e as coisas que ainda estão para vir não tem existência alguma, sendo o futuro apenas uma ficção do espírito.
O autor fala também de sinais, relacionando-os com a prudência, ou seja, aqueles que possuírem mais experiência em qualquer tipo de assunto tem maior número de sinais pelos quais se guiar para adivinhar os tempos futuros, e consequentemente é o mais prudente.
  A prudência, por sua vez, é uma suposição do futuro, tirada da experiência dos tempos passados.
Hobbes nos diz que o homem não pode ter um
pensamento representando alguma coisa que não esteja sujeita à sensação.

Passando para a
Linguagem, o autor nos diz:

...

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