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Trem Fantasma – A Modernidade na Selva

Por:   •  31/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.508 Palavras (7 Páginas)  •  536 Visualizações

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Trem Fantasma – A Modernidade na Selva

CURITIBA

 2013

Apresentação do Autor

        Francisco Foot Hardman, nascido em 1952, é escritor, ensaísta, crítico e atual professor na UNICAMP, graduado em Ciências Sociais Políticas, com mestrado em Ciências Políticas, possui doutorado em filosofia pela USP. Têm registrado mais de 25 capítulos de livros, assim como vários artigos em revista, jornais e publicações científicas.

Já atuou como pesquisador no exterior em várias universidades renomadas das Américas e Europa como: Universidade de Roma La Sapienza, Universidade do Texas, Universidade Livre de Berlim, etc. Dentre suas obras as que mais se destacam são: Víveres de Maio (1980), Nem pátria, nem Patrão!(2003) e Trem-Fantasma: a modernidade na selva (1988).

Contextualização Teórica

        No período ao que o texto refere-se, o Brasil está no processo de abolição da escravatura juntamente com a proclamação da república, visando extinguir a monarquia e o monopólio do poder pela nobreza latifundiária e abrindo suas portas para uma nova era de urbanização - com a abertura dos portos às nações amigas -, inovações e também para sua mudança de sistema político – de uma monarquia para uma democracia. Por fim conta como a evolução da técnica e suas tecnologias ocorreram após a inserção do Brasil no cenário mundial das exposições internacionais de arte, tecnologia e cultura.

Introdução

        O texto nos apresenta a evolução das diversas técnicas em meados do século XIX, onde o Brasil participou de diversas exposições Nacionais e Internacionais. Foram apresentadas desde técnicas agrárias, até técnicas das grandes metrópoles.

        Nas exposições foram também apresentados diversos tipos de maquinários, alguns com sua utilidade questionada, onde necessitava de diversas interferências humanas para seu funcionamento correto e outras mostrando um “ilusório” desenvolvimento industrial do país.

        O autor também cita Dyonisio Gonçalves Martins, que enfatiza os benefícios os quais as exposições podem trazer à sociedade, mostrando informações e técnicas jamais vistas e prontas para serem implementadas no âmbito industrial.

        O Brasil conseguiu destaque nas Exposições Universais e também compor o grupo das nações modernas, porém com suas falhas a mostra.

        

Resumo Descritivo

        

No Capítulo 3 do livro Trem Fantasma do autor Francisco Foot Hardman o autor descreve a evolução da técnica no em meados do século XIX em que o Brasil realizou participações em diversas exposições na América do Sul, América do Norte e Europa.

        Nos anos de 1866, 1873, 1875, 1889 foram realizadas exposições nacionais organizadas exclusivamente pelo poder público, as quais expunham desde as técnicas utilizadas nos longínquos campos agrários até as grandes metrópoles.

        Tais exposições serviam não só como uma etapa preparatória para as exposições internacionais de maior porte, mas também como uma forma de reconstruir a imagem de paz mediante as diferenças de um país regido por um sistema prestes a colapsar. Máquinas industriais jamais vistas e pouco compreendidas pelo público eram um dos fatores geradores da ilusão do desenvolvimento industrial no país.

        Os eventos supracitados incendiaram o debate entre protecionistas e livres cambistas brasileiros em relação ao papel do estado em para com as manufaturas nacionais, onde os protecionistas procuravam um porto seguro para os pequenos empresários que não conseguiriam resistir o confronto com os produtos provenientes de importação e os livres cambistas, grandes agricultores os quais alegavam que a industrialização era viável desde que fosse aceita por todos, uma vez que possuía um campo muito abrangente de aplicações.

         Tais exposições inegavelmente visavam promover de certa forma a sincronização tecnológica dos polos primitivos com relação à industrialização com as grandes potências ao redor do globo.

        Durante a crise do açúcar e da decadência do sistema politico-administrativo do país - século XIX - era a partir do Recôncavo Baiano - local onde se concentravam um grande número de manufaturas e uma pioneira atividade bancaria - que partiam diretrizes iluministas para o governo.

        Durante os três dias de exibição da Exposição Baiana cerca de 7 mil visitantes prestigiaram o evento, um número expressivo se comparado com a população de Salvador na época - 129 mil habitantes. O autor cita um ensaio de Dyonisio Gonçalves Martins o qual discorre sobre a exposição.

        Dyonisio relata que exposição trouxe vários maquinários para a exposição, desde os de utilidade duvidosa, por dependerem em todas as etapas de produção, interferência humana para que os processos fossem realizados, até a máquina a vapor a qual causou grande impacto dentre os visitantes.

        O último grupo da exposição denominado “Materiais para estudo e produção de inteligência” trazia estudos meteorológicos e na área da saúde, espécimes conservados em álcool, uma ossada de um Índio Camacã. Este grupo visava afastar objetos antes utilizados como mero entretenimento em “circos de horrores” e transforma-los em material científico, assim desmarginalizando tal área do conhecimento e provando que tal conhecimento pode ser de grande utilidade, palavras de Martins.

        Dyonisio enfatiza os benefícios os quais as exposições podem trazer à sociedade, pois trazem informações e técnicas jamais vistas e prontas para serem implementadas no âmbito industrial. Tal modelo adapta-se à cultura norte americano -, porém Dyonisio finaliza seu ensaio fazendo uma crítica à pública da Exposição Baiana, uma vez que apesar de ter um imenso potencial industrial este não é explorado pelos empresários, e afirmando que o americanismo é a melhor opção para a nova sociedade industrial, porém ele baseia a tendência isolada a partir do exemplo de figuras como André Rebouças que mostra por meio das proezas mecânicas o quão cativante são as profissões mais técnicas.

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