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Urbanismo

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Por:   •  27/3/2015  •  1.903 Palavras (8 Páginas)  •  350 Visualizações

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RESUMO

Da cidade à sociedade urbana – LEFEBVRE, Henri.

Henri Lefebvre inicia a discussão do texto a partir de uma provocação relacionada à questão da “urbanização completa da cidade”. No decorrer de suas palavras no que diz respeito a essa provocação, Lefebvre faz uma crítica à expressão “sociedade urbana” que segundo ele, não é empregada corretamente e que só deveria ser usada após a fase de industrialização das cidades, levando em consideração que essa fase corresponde à urbanização total das mesmas, urbanização esta que procedeu a atuação do setor agrícola nesse período, já que o campo estava mais conectado às necessidades das cidades em relação ao seu abastecimento.

Ao longo do desenvolvimento, Lefebvre vai apresentando a cronologia de como os conceitos relacionados à cidade foram se estruturando, afirmando que primeiramente havia uma sociedade política, que logo em seguida foi substituída pela cidade comercial. Com essas constantes mudanças no sistema de sociedade, vê-se uma fragilidade na relação entre o a agrário e urbano, fazendo com que o primeiro se mostre dependente do segundo, causando uma zona crítica, ou como afirma Lefebvre, um sistema de “implosão-explosão”, o que torna mais intensa a concentração urbana das cidades.

A partir dessa industrialização e urbanização, há uma modificação no modo de vida tradicional de comunidades que vivem no campo, já que cada vez mais as indústrias estão se aproximando desses locais devido à preferência de não estimular a produção em larga escala dentro do centro urbano. Mesmo com essa aproximação, muitas das comunidades existentes resistem a esse tipo de pressão, o que acaba causando diversos conflitos socioambientais.

Por fim, Lefebvre destaca que no processo histórico das cidades havia-se uma intenção de se sobrepor a outra, dando uma ideia de que cada modelo sucessor de cidade deveria ser melhor e bem mais estruturado que o antigo, porém isso não corresponde ao cenário atual. É perceptível que o processo de urbanização das cidades, como é apresentado no texto, causou e ainda causa ações não sustentáveis e injustiças, já que o campo é intensamente utilizado e explorado para que as necessidades relacionadas ao desenvolvimento das cidades consigam suprir suas demandas.

Resumo a urbanização caótica Darcy ribeiro

O terceiro capitulo do livro “O Povo Brasileiro” aborda o tema “A Urbanização caótica” ocorrida no Brasil. O autor relata que o Brasil nasceu como uma civilização urbana, porém com contextos rurais e citadinos (com funções distintas, mas que se complementavam e eram comandadas por grupos eruditos da cidade). De fato, a primeira cidade a ser formada no Brasil foi a Bahia. e, posteriormente, também o Rio de Janeiro e João Pessoa. A rede se explodiu no quinto século, e que resultou o cobrimento de todo o território brasileiro. Com isso as cidades cresceram e tornaram-se como excelentes centros de vida urbana, e também favorecendo os senhores de engenho a mudarem sua residência tendo em vista o potencial lucrativo das novas cidades.

As cidades e vilas eram centros de dominação colonial, muitas vezes criados por ato expresso da Coroa para defesa da costa (Salvador, Rio de Janeiro, São Luiz, Belém, Florianópolis, etc.). Tinham como função o comercio através de importação e contrabando.

Os funcionários, militares e sacerdotes, escrivães e meirinhos, e os negociantes representavam a classe alta urbana, e, exceto a alta hierarquia civil e eclesiástica, eram consideradas “de segunda” em relação aos senhores rurais.

Aglomerados menores surgiram no interior de cada área produtiva para exercer funções à medida que a população aumentava e se concentrava.

Como afirma Darcy, a industrialização e a urbanização são processos complementares. Ambos iniciaram no governo de Getúlio Vargas. Essa política de capitalismo de Estado e de industrialização provocou a maior reação por parte dos privatistas e dos porta-vozes dos interesses estrangeiros, fazendo com que levasse o governo a uma desmoralização. Em consequência de que os líderes de direita não alcançaram o poder, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente, e desencadeou a industrialização substitutiva.

A industrialização oferece emprego urbano ao homem do campo. Este processo levou as metrópoles do Brasil a absorverem imensas parcelas de população rural, que se aumentaram como massa desempregada, e assim gerando uma crise sem paralelo de violência urbana.

“O Estado brasileiro não tem nenhum programa de reestruturação econômica que permita garantir pleno emprego a essas massas dentro de prazos previsíveis.”

Darcy relata a formação civilizatória das cidades brasileiras pautadas nas instituições tradicionais que tiveram sua influência diretamente associadas ao desenvolvimento socioeconômico do país. A escola, a igreja e a política perpetuaram durante a evolução histórica como agentes de transformação, mas atualmente não exercem mais o seu poder de controle e de doutrinação.

Instituições tradicionais não mais influenciam tanto, a mídia influencia muito, gerando alienação. O problema de desestruturação urbana, contudo, ainda acontece, fazendo com que a periferia das grandes aumente ainda mais, por causa do êxodo rural. Contudo, embora possamos dizer que hoje em dia há muito mais empregos para esses imigrantes, o universo do crime e do contrabando, ou mesmo do ócio, ainda é mais vantajoso do ponto financeiro para essas pessoas. A múltiplas ofertas de emprego fazem com que alguns cidadãos vão de seguro desemprego à seguro desemprego.

Para concluir, vale citar que a pesquisa “Parâmetros para urbanização de favelas” do LABHAB-FAUUSP, em favelas situadas em cinco cidades brasileiras evidencia um número significativo de pessoas que permanecem ociosas a maior parte do tempo, no interior desses núcleos residenciais.

Essa pesquisa confirma os dados abordados por Darcy Ribeiro, e mostra que a história da periferia das grandes cidades brasileiras não mudará, a não ser que esses cidadãos ociosos utilizem esse tempo disponível para se profissionalizar e poderem lutar por um lugar diferente nesse espaço urbano.

Parte 1 - Evoluções Culturais e Técnicas Predisponentes, 1750-1939.

Capitulo 1 – Transformações Culturais: A Arquitetura Neoclássica, 1750-1900.

O capitulo começa falando de como a arquitetura neoclassicista perece ter surgido de duas evoluções diferentes, mas interrelacionadas. A primeira foi o súbito

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