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A Hora da Estrela

Por:   •  20/10/2015  •  Resenha  •  349 Palavras (2 Páginas)  •  199 Visualizações

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VI) QUADRO DE REFERÊNCIA  DA AUTORIA

Clarice Lispector é tradicionalmente classificada como uma escritora modernista, mais especificamente, da terceira fase do modernismo ou geração de 45. No entanto, há em meio à crítica literária, quem considere que, essa geração, não mais se trata de Modernismo, denominando seus autores, por vezes, de pós-modernistas. Vê-se, de fato, nessa fase, um apuro e rigor formal menos afeito ao padrão estético instaurado pelos escritores de 22. 

 A terceira geração modernista nasceu no contexto pós Segunda Guerra Mundial e, no Brasil, depois da ditadura Vargas. Os novos tempos eram de Guerra Fria e governo Juscelino Kubitschek. Nesse cenário, surgiram escritores que exploram a forma literária, tanto em prosa quanto em poesia, sob novos parâmetros, além de se aprofundarem em conteúdos inovadores. Lispector, por exemplo, através de um estilo marcado pela inovação, introduziu características novas à literatura nacional. Seus textos colocam em foco o inconsciente, os sentimentos e sensações dos personagens, apresentando características intimistas do indivíduo. A representação do pensamento não é feita de forma linear, é livre e desordenada. É possível ainda identificar a introspecção na técnica de desenvolvimento de texto no qual o mais importante na construção do mesmo não é a correção gramatical e sim a expressividade.

VII) QUADRO DE REFERÊNCIA DAS RESENHISTAS

As resenhistas utilizam como quadro de referência além da obra em questão, os textos “CLARICE LISPECTOR: O TEXTO, A LEITURA E A CRÍTICA LITERÁRIA”, de Juscelino Pernambuco e “A ESCRITURA-LEITURA CRÍTICA DE CLARICE LISPECTOR” de Rodrigo da Costa Araújo. Ambos os trabalhos nos fornecem subsídios importantes para uma melhor compreensão da obra clariceana, uma vez que a aparente linguagem simples trata-se, contudo, de uma simplicidade enganosa. O caráter introspectivo de sua produção literária mostra que há muito “dito” além da superfície do texto. A própria escritora já afirmava: “o melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas”. Nesse contexto, de maneira geral, ao abordarem a questão da metatextualidade presente na obra de Lispector, os referidos textos nos levam a olhar por outro viés a poética clariceana, levando em conta os ideais estéticos da escritora presentes em sua ficção.

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