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A Importancia Do Lúdico

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Por:   •  1/11/2014  •  5.615 Palavras (23 Páginas)  •  452 Visualizações

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O NA ALFABETIZAÇÃO PARA O PSICOPEDAGOGO

Gláucia Lúcia da Silva Leite e Eunice Barros Ferreira Bertoso

RESUMO

O presente artigo trata do resgate do lúdico como processo educativo, demonstrando que ao se trabalhar ludicamente não se está abandonando a seriedade e a importância dos conteúdos a serem apresentados às crianças, pois as atividades lúdicas são indispensáveis para o desenvolvimento sadio e para a apreensão dos conhecimentos, uma vez que possibilitam o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos. O mesmo tem como objetivo apresentar questões relacionadas ao papel dos psicopedagogos diante das crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem e revela a forma lúdica como auxílio na alfabetização.

Estudos têm comprovado a importância das atividades lúdicas, no desenvolvimento das potencialidades humanas das crianças, proporcionando condições adequadas ao seu desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo, e social.

Para tanto, o trabalho se orienta por uma metodologia de abordagem qualiquantitativa, tendo como instrumento a coleta de dados questionários, constituídos de perguntas fechadas e abertas e optou-se por trabalhar com totalidade de quinze psicopedagogos que atuam em escolas e clínicas particulares da zona sul da cidade de São Paulo.

Percebeu-se que 93% dos entrevistados possuem pouca experiência na área e/ou já atuam há mais de 9 anos. Porém, apenas 7% apresenta uma atuação maior na área. Há um índice de 27% de pessoas que utilizam o método da sonorização, que aos pouquinhos a criança faz a junção das letras mentalmente e depois pronuncia pausadamente as palavras e frases; e produzindo pequenos textos.

Portanto, é em meio às atividades lúdicas, que a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceitando a existência dos outros, estabelecendo relações sociais, construindo conhecimentos e desenvolvendo-se integralmente.

Palavras-chave: lúdico; brinquedos e brincadeiras; alfabetização.

1. INTRODUÇÃO

A importância desse trabalho é conscientizar o educador de que os problemas referentes à alfabetização estão relacionados às práticas educativas (métodos de ensino).

Hoje em dia, os educadores precisam utilizar-se do lúdico na alfabetização, pois ao separar o mundo adulto do infantil, e ao diferenciar o trabalho da brincadeira, a humanidade observou a importância da criança que brinca.

Os efeitos do brincar começam a ser investigados pelos pesquisadores que consideram a ação lúdica como metacomunicação, ou seja, a possibilidade da criança compreender o pensamento e a linguagem do outro. Portanto, o brincar implica uma relação cognitiva e representa a potencialidade para interferir no desenvolvimento infantil, além de ser um instrumento para a construção do conhecimento do aluno.

Conforme Santos (1999), para a criança, brincar é viver. Esta é uma afirmativa bastante usada e aceita, pois a própria história da humanidade nos mostra que as crianças sempre brincaram, brincam hoje e certamente, continuarão brincando. Sabemos que ela brinca porque gosta de brincar e que, quando isso não acontece alguma coisa pode não estar bem. Enquanto algumas crianças brincam por prazer, outras brincam para dominar angústias, dar vazão à agressividade.

Para Vygotsky (1987), a aprendizagem e o desenvolvimento estão estritamente relacionados, sendo que as crianças se interrelacionam com o meio objeto e social, internalizando o conhecimento advindo de um processo de construção.

O brincar permite, ainda, aprender a lidar com as emoções. Pelo brincar, a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo cultural, construindo sua individualidade, sua marca pessoal e sua personalidade. Mas, é Piaget que nos esclarece o brincar, implica uma dimensão evolutiva com as crianças de diferentes idades, apresentando características específicas, apresentando formas diferenciadas de brincar.

Desta forma, a escola deve facilitar a aprendizagem utilizando-se de atividade lúdica que criem um ambiente alfabetizador para favorecer o processo e aquisição de autonomia de aprendizagem. Para tanto, o saber escolar deve ser valorizado socialmente e a alfabetização deve ser um processo dinâmico e criativo através de jogos, brinquedos, brincadeiras e musicalidade.

É muito importante aprender com alegria, com vontade. Comenta Sneyders (1996), que “Educar é ir em direção à alegria”. As técnicas lúdicas fazem com que a criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento, sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está distante da concepção ingênua de passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial.

Com a utilização desses recursos pedagógicos, o professor poderá utilizar-se, por exemplo, de jogos e brincadeiras em atividades de leitura ou escrita em matemática e outros conteúdos, devendo, no entanto, saber usar os recursos no momento oportuno, uma vez que as crianças desenvolvam o seu raciocínio e construam o seu conhecimento de forma descontraída.

O momento lúdico compõe-se de permitir ao paciente/aluno brincar e construir um espaço de experimentação, onde temos uma transição entre o mundo interno e o mundo externo.

Conforme Weiss (2007), “No diagnóstico o uso de situações lúdicas é mais uma possibilidade de se compreender, basicamente o funcionamento dos processos cognitivos e afetivo-sociais em suas interferências mútuas, no modelo de aprendizagem do paciente”.

As atividades lúdicas têm poder sobre a criança de facilitar tanto o progresso de sua personalidade integral, como o progresso de cada uma de suas funções psicológicas, intelectuais e morais. Ao ingressar na escola, a criança sofre um considerável impacto físico-mental, pois até então, sua vida era exclusivamente dedicada aos brinquedos e ao ambiente familiar.

Marcellino (1990) defende a reintrodução das atividades lúdicas na escola. Entende-se que esse direito ao respeito não significa a aceitação de que a criança habite um mundo autônomo do adulto, tampouco, que deva ser deixado entregue aos seus iguais, recusando-se, assim, a interferência do adulto no processo de educação.

Na escola, a criança permanece durante muitas horas em carteiras escolares nada adequadas, em salas pouco confortáveis, observando horários e impossibilitada de mover-se livremente. Pela necessidade de submeterem-se à disciplina escolar, muitas vezes a criança apresenta certa resistência em ir à escola. O fato não está apenas no total desagrado pelo ambiente ou pela nova forma de vida e, sim, por não encontrar canalização

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