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A Linguagem nos Faz Humanos

Por:   •  16/11/2019  •  Resenha  •  1.200 Palavras (5 Páginas)  •  380 Visualizações

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Bibliografia: VEJA – EVERETT. Daniel, - “A Linguagem nos faz humanos”, revista Veja. Entrevista, p.17, 20-21.  07 de março de 2012.

LYONS,John. (1981), Lingua(gem) e Linguística uma introdução. LTC, Rio de Janeiro.

Resenha Critica Por: Francisco Elber Andrade de Souza, acadêmico do 5º Período do curso de Letras Espanhol da Universidade Federal de Rondônia.

LINGUAGEM 

A linguística é o estudo científico da lingua(gem). À primeira vista esta definição é suficientemente direta. Porém, qual seria o significado exato de “lingua(gem)” e de “científico”? Poderá a linguística, tal como é praticada atualmente, ser corretamente descrita como uma ciência?

A primeira observação sobre “O que é a lingua(gem)?” é que a palavra “lingua(gem)” aparece no singular e precedida de artigo definido. Ela difere, gramaticalmente senão pelo sentido da pergunta “O que é uma lingua(gem)?” Filósofos, psicólogos e linguistas frequentemente salientam que é a posse da linguagem o que mas claramente distingue o homem dos outros animais. A palavra ‘lingua(gem)’ aplica-se não apenas ao que todos concordariam em chamar adequadamente de línguas, mas a uma série de outros sistemas de comunicação, notação ou cálculo, sobre o qual se possa discutir.

Há outros sistemas de comunicação tanto humanos como não-humanos, que são sem dúvida naturais ao invés de artificiais, mas que não parecem ser linguagens no sentido estrito do termo, embora a palavra ‘linguagem’ seja normalmente utilizada para fazer referência a eles. Consideremos “linguagem de sinalização”, “linguagem corporal” ou a “linguagem das abelhas”. A maioria diria que a palavra ‘linguagem’ está sendo utilizada metaforicamente no sentido figurado.

O linguista a princípio lida com as línguas naturais. A pergunta “O que é a lingua(gem)?” traz em si a pressuposição de que cada uma das milhares de línguas naturais reconhecidamente distintas, faladas em todo o mundo, é um caso específico de algo mais geral. O que o linguista quer saber é se as línguas naturais possuem em comum algo que não pertença a outros sistemas de comunicação, humano ou não, de tal forma que seja correto aplicar a cada uma delas a palavra “língua”, negando-se a aplicação deste termo a outros sistemas de comunicação, exceto que eles sejam baseados em línguas naturais preexistentes.

Não é difícil encontrar definições de lingua(gem) vejamos algumas: Sapir (1929:8) “A linguagem é um método puramente humano e não instintivo de se comunicarem idéias, emoções e desejos por  meio de símbolos voluntariamente produzidos”. Já Bloch e Trager (1942:5) em Outline of Linguistic Analysis, nos dizem: “Uma língua é um sistema de símbolos vocais arbitrários por meio dos quais um grupo social co-opera”. Em contraste com a definição de Sapir, a definição de Bloch e Trager, é que ela não faz alusão, a não ser indiretamente e por implicação à função comunicativa da lingua(gem). Ao invés disso coloca toda a sua ênfase na função social. Hall (1968: 158) em Essay on language, nos diz que a lingua(gem) é “a instituição pela qual os humanos se comunicam e interagem uns com os outros por meio de símbolos arbitrários orais-auditivos habitualmente utilizados”. Aqui Hall como Sapir trata a linguagem puramente humana. Robisn (1979ª :9-14) não oferece uma definição formal de lingua(gem); com razão ele aponta que tais definições “tendem a ser triviais e a não trazer grande informação, a menos que pressuponham... alguma teoria geral da linguagem e da análise linguística”. Aqui as línguas são “sistemas de símbolos” e “sistemas de hábitos” e uma das questões centrais da linguística é investigar se há limites para a realização dessas modificações e, se houver, quais são eles. A última definição a ser citada aborda um campo muito diferente; em Syntactic Structure de Chomsky (1957: 13) “Doravante considerarei uma lingua(gem) como um conjunto finito de elementos”. De acordo com Chomsky, todas as línguas naturais são linguagens, seja na forma falada ou escrita. Ele também acredita que não só tais propriedades estruturais realmente existem, mas que são de tal forma abstrata, complexa e altamente específica quanto a seus propósitos.

As cinco definições de “lingua(gem)” aqui citadas serviram para introduzir algumas das propriedades que alguns linguistas consideraram como traços essenciais das línguas tais quais as conhecemos. A maioria adotou que as línguas são sistemas de símbolos projetados para a comunicação.

É hora de traçarmos algumas distinções necessárias no sentido do termo ‘lingua(gem)’. Usar uma determinada língua ao invés de outra, é comportar-se de uma forma ao invés de outra, isso se chama “comportamento linguístico”. A distinção esteve subordinada a uma série de outras distinções logicamente independentes. As mais importantes foram a distinção entre o que é potencial e o que é real, e, por outro, a distinção entre o que é social e o que é individual.

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