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A PESQUISA EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

Por:   •  27/8/2018  •  Resenha  •  1.578 Palavras (7 Páginas)  •  384 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS INGLÊS

JAMILY FERREIRA GUEDES

PESQUISA EM LETRAS

JANUÁRIA-MG

2018

PESQUISA EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

Antônio Chizzotti.

         Pesquisa é a junção de várias observações, ponderações e consequente apreciação de determinado assunto a fim de se obter um resultado útil a coletividade. A pesquisa não é fruto de apenas um ser inteligente, antes é um produto histórico e social, amparada em princípios filosóficos e, que a partir do iluminismo no século XVI, adquiriu liberdade da investigação. O pesquisador precisa definir os métodos e artifícios que utilizará em seu trabalho, bem como suas estratégias, para que a investigação se conduza de forma estruturada e clara, e sejam obtidas as informações pretendidas

Nessa tarefa, ele confronta-se com todas as forças da natureza e de si próprio e seleciona as melhores técnicas e instrumentos para descobrir objetos que transformem os horizontes de sua vida. Um balanço histórico das estratégias e métodos é resumido, segundo Kuhn, em duas tradições: A Aristotélica com um objetivo teleológico e a Galileana, que procura um nexo causal e mecanístico dos fatos.

Para Chizzotti, paradigmas são descobertas científicas que, por gozarem de reconhecimento universal, se tornam modelos de problemas e resoluções para os acadêmicos daquela área de conhecimento. O paradigma é capaz de criar tradições particulares e tendências de pesquisa porque é fruto de um trabalho científico real, pautado em leis, teorias, aplicações e experimentos.
As realizações científicas passadas constituem, segundo Kuhn (1977), a “ciência normal”: resultados já obtidos pela comunidade científica e que balizam as novas produções na área. Os pesquisadores partem de algumas hipóteses já existentes, procurando não contrapor teorias, antes tentam apresentar teorias originais. Kuhn defende que é assim que evolui: um paradigma, a “ciência normal” e as tradições entram em crise, e, através da investigação, outros padrões científicos são criados, testados e reconhecidos, dando origem a novos paradigmas. Chizzotti destaca a existência de divergências interpretativas do conceito.

A pesquisa sobre um determinado problema depende das fontes de informação sobre o mesmo, podendo ser fontes de diversos tipos. A utilização adequada dessas fontes de informação auxiliam o pesquisador na delimitação clara do próprio projeto, esclarece aspectos obscuros da pesquisa e o orienta na busca da fundamentação e dos meios de resolver um problema.

A observação é o núcleo originário e privilegiado de pesquisas que visem obter conclusões a partir da experimentação. A observação pode ser metódica e estruturada. É também crescente o uso da observação participante, onde o pesquisador se encontra implicado no processo de observação e constrói as evidências observadas na interação com os outros pares que constroem o conhecimento.

Outra fonte de informação, são as pessoas-fontes, que pela sua participação ou pelo estudo, adquiriram competência específica sobre um determinado problema. A consulta a pessoas-fontes, como qualquer entrevista, depende muito da preparação prévia para se escolher as informações relevantes sobre as questões fundamentais de uma pesquisa, em tempo breve, e registrar adequadamente as informações que se procura. O pesquisador deve estar preparado para expor sucinta e claramente o problema da pesquisa, suas dificuldades e interesses. A busca de informações documentadas é um dos princípios da pesquisa e visa responder as necessidades objetivas da investigação.

Uma busca documental pode proceder aleatoriamente, reunindo informações ocasionais extraídas de fontes mais imediatamente disponíveis. Em geral, o interessado inicia as primeiras diligências trabalhando as informações precárias que reúne no dia a dia. Esses primeiros passos não são suficientes para especificar as questões mais significativas e remeterá o pesquisador a se aprofundar a análise mais específica.

Essas técnicas referem-se a importância de um fichário bibliográfico que reúna as referências bibliográficas, os documentos consultados que explicam os meios mais eficientes de fazê-lo.

Da pesquisa qualitativa:

Partindo de fenômenos aparentemente simples, essas novas pesquisas valorizaram aspectos qualitativos dos fenômenos, expuseram a complexidade da vida humana e evidenciaram significados ignorados da vida social.  Os pesquisadores que adotaram essa orientação se subtraíram à verificação das regularidades para se dedicarem à análise dos significados que os indivíduos dão às suas ações, no meio ecológico em que constroem suas vidas e suas relações, a compreensão do sentido dos atos e das decisões dos atores sociais ou, então, dos vínculos indissociáveis das ações particulares com o contexto social em que se dão.

Pressupostos da pesquisa qualitativa: A pesquisa qualitativa é uma designação que abriga correntes de pesquisa muito diferentes. Em síntese, essas correntes se fundamentam em alguns pressupostos contrários ao modelo experimental e adotam métodos e técnicas de pesquisa diferentes dos estudos experimentais.

Orientações filosóficas e pesquisas qualitativas: As orientações filosóficas são, principalmente, a fenomenologia e a dialética. A fenomenologia considera que a imersão no cotidiano e a familiaridade com as coisas tangíveis velam os fenômenos. O sujeito precisa ultrapassar as aparências para alcançar a essência dos fenômenos. A dialética também insiste na relação dinâmica entre o sujeito e o objeto. Valoriza a contradição dinâmica do fato observado e a atividade criadora do sujeito que observa. O pesquisador é um ativo descobridor do significado das ações e das relações que se ocultam nas estruturas sociais.

Aspectos da pesquisa qualitativa:

A delimitação e formulação do problema: A delimitação do problema não resulta de uma afirmação prévia e individual, formulada pelo pesquisador. O problema afigura-se como um obstáculo, percebido pelos sujeitos de modo parcial e fragmentado, e analisado assistematicamente. A identificação do problema e sua delimitação pressupõem uma imersão do pesquisador na vida e no contexto, no passado e nas circunstâncias presentes que condicionam o problema. A delimitação é feita, pois, em campo onde a questão inicial é explicitada, revista e orientada a partir do contexto e das informações envolvidas na pesquisa.

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