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A felxao nominal em mattoso camara

Por:   •  7/12/2015  •  Artigo  •  1.308 Palavras (6 Páginas)  •  293 Visualizações

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Artigo 1

Os diferentes critérios  para classificação de palavras nas gramáticas tradicionais

o objetivo de nosso trabalho que é apresentar os critérios utilizados nas gramáticas tradicionais para classificar as palavras. Ao identificar estes critérios, iremos analisá-los e vermos se há uma utilização padrão, e se são satisfatórios para uma boa compreensão das classes de palavras do português, vez que uma boa aplicação dos critérios faria com que os conceitos das classes trazidos nas gramáticas fossem mais claros e objetivos, facilitando assim o estudo dos vocábulos por parte dos alunos da educação básica.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 Mattoso define três critérios de classificação: o semântico, o mórfico e o funcional, sendo que os dois primeiros são indissociáveis. O critério semântico é aquele que analisa o vocábulo segundo o seu significado no mundo biossocial. O segundo critério é aquele que analisa as propriedades que as formas gramaticais podem apresentar. E, por fim, o critério funcional, que analisa a partir da função ou papel sintático que cabe ao vocábulo na sentença. Mattoso aponta a necessidade de utilizar mais de um critério para a classificação, contudo usados com coerência, não indistintamente. Ao serem selecionados um ou mais critérios, que eles sejam aplicados a todas as classes de palavras com uma hierarquia definida, não os alinhavando em um quadro único. Uma crítica presente no texto de Mattoso é, justamente, a heterogeneidade da seleção de critérios sem um princípio coerente e um objetivo pré-estabelecido nas gramáticas tradicionais. Perini disserta sobre a necessidade de classificar as palavras por um princípio de economia para a descrição linguística. Assim como Mattoso, Perini acredita que a classificação deve ser orientada por um objetivo nítido, o que nem sempre ocorreria nas gramáticas tradicionais. O que em Mattoso são chamados critérios, Perini denomina traços. A convergência na análise da classificação de palavras entre Perini e Mattoso é rompida, quando Perini defende que a análise semântica deve ser feita separada da análise morfossintática, o que constitui uma orientação contrária à de Mattoso, que reúne os aspectos semântico e mórfico.

Os substantivos são classificados tendo por base, primeiro o critério semântico, seguido pelo critério funcional, para depois utilizar o critério mórfico.

Os artigos são expostos a partir do critério funcional e depois pelo critério mórfico. Há a ausência do critério semântico, devido aos autores, inicialmente, classificarem as palavras em morfemas lexicais e gramaticais, uma vez que estes não possuem significado no mundo biossocial, e como o artigo é um morfema gramatical, logo não haveria meios de utilizar o critério semântico.

Os adjetivos são definidos a partir do critério funcional, logo em seguida pelo critério semântico e por fim o mórfico.

Os pronomes têm como primeiro critério o funcional e depois o mórfico.

Em relação aos numerais, Cunha & Cintra apresentam, primeiramente, o critério semântico. Em seguida, apresentam as possí- veis formas que os numerais podem assumir, aqui no caso, se são substantivos ou adjetivos, sem, todavia, apresentar-lhes as funções sintáticas.

Os verbos têm como primeiro critério o mórfico, seguido do semântico e, por último, o funcioOs advérbios são apresentados primeiro pelo critério funcionalnal. Em seguida, apresenta um critério semântico, indicando as noções que os advérbios podem exprimir.

As preposições são apresentadas por um critério funcional, seguido do conceito semântico. As conjunções têm como primeiro critério o funcional, seguido do semântico.

Por fim, as interjeições não são apresentadas como uma classe de palavras, embora tenha valor semântico. Para Cunha & Cintra, “é uma espécie de grito com que traduzimos de modo vivo nossas emo- ções” (1985, p. 530). Antes disso, eles excluem as interjeições das classes de palavras, pois não se enquadram nos primeiros critérios por eles definidos, de morfemas gramaticais e lexicais, e palavras variáveis e invariáveis.

Apostila

Podemos observar que o critério semântico não é considerado por estudiosos e linguistas o mais adequado, pois traz conceitos vagos como “nomeia os seres” para substantivo, não sendo satisfatório para a compreensão de estudiosos da língua portuguesa. O ideal seria a combinação de vários critérios até se chegar a um conceito mais completo possível. Vale ressaltar que não excluímos a importância e o uso de tal critério, mas aconselhamos, com base nos estudiosos apresentados, que ele deve ser usado em último caso, quando os outros não forem suficientes. A partir do nosso objetivo, que é demonstrar a abordagem das gramáticas tradicionais em relação às classes de palavras, explicitando os critérios utilizados e sua adequação, concluímos que as gramáticas se utilizam principalmente do critério semântico, que, por ser bastante fluido e sujeito a generalizações excessivas, não auxilia na boa compreensão dos conceitos das classes para aqueles que a estudam.

Artigo 2

Pretende-se, neste estudo, trabalhar conceitos e análises sobre o tema, elencados nas obras mattosianas, especialmente quando o autor propõe uma descrição de masculino em O (zero) em oposição a um feminino em – a, além da observação de que se pode ensinar o gênero dos nomes substantivos na base da forma masculina ou feminina do artigo que eles implicitamente exigem.[pic 1]

A OPOSIÇÃO PRIVATIVA

As considerações de Mattoso Câmara que nos interessam mais de perto são aquelas em o autor propõe uma descrição de masculino em Æ (zero) em oposição a um feminino em – a, o que caracteriza um caso de oposição privativa, em que há uma forma não-marcada (o masculino) e uma forma marcada (o feminino).

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