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ANÁLISE DA OBRA O ESPANTALHO DE PEDRO RODRIGUES SALGUEIRO

Por:   •  14/1/2018  •  Ensaio  •  1.593 Palavras (7 Páginas)  •  329 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO – CENFLE

CURSO DE LETRAS – HAB. LÍNGUA PORTUGUESA

DIEGO FERNANDES ALBUQUERQUE

ANÁLISE DA OBRA O ESPANTALHO DE

PEDRO RODRIGUES SALGUEIRO

SOBRAL

2017

DADOS DO AUTOR E DA OBRA

A obra apresentada no seminário da disciplina de Literatura Cearense foi O ESPANTALHO de PEDRO RODRIGUES SALGUEIRO. O livro foi divulgado em Fortaleza pela editora CASA DE JOSÉ DE ALENCAR PROGRAMA EDITORIAL, ano de 1996.

Pedro Rodrigues Salgueiro nasceu em 1964, em Tamboril, cidade situada no sertão de Inhamuns, a região mais seca do Ceará. Fez Pedagogia na UECE e na UFC cursou Agronomia e História. É funcionário público do poder judiciário. O seu primeiro livro de contos O peso do morto, publicado em 1995 pela editora Giordano, de São Paulo, mereceu justos louvores de crítica, que lhe concedeu os méritos de ficcionista e lhe destacou a singular capacidade de transformar a matéria-prima do cotidiano em literatura de boa qualidade.

Instaurou um projeto de escrita no qual inseriu suas convicções, suas hesitações, “parte do pequeno e do comum em direção ao que é demasiado humano”, escreve Ethel de Paula. Tocou profundamente o poético, elaborando um texto “quase prosa”, “quase verso”, desarticulando as expectativas, conferindo ao conto a marca de seu estilo, renovando-o, conduzindo a fronteiras de difícil superação, legitimando o direito à permanente pesquisa estética, impedindo a estagnação do fazer poético.

PERSONAGENS

        A obra são coletâneas de contos que em muitos casos o autor não define uma personagem. Muitos dos contos é o narrador falando de algo que chama-lhe a atenção. Salgueiro dividiu sua obra em sete partes. Tendo como personagens as coisas que são referidas no conto ou o próprio narrador nos orientando quem seja o principal em cada conto. Tem se assim:

1ª PARTE

Os inimigos;

O circo;

Asas do vento;

Epopeia.

2ª PARTE:

O espantalho;

A mãe de Gregor Samsa;

Domingo às três;

Jeremias.

3ª PARTE

O falador;

Um velho;

O barbeiro;

O escritor de província;

O homem bem sucedido.

4ª PARTE

Manual do funcionário público;

Homenagem póstuma;

O apelido;

Café com pão;

5ª PARTE

Na praça;

Juro!!!;

A desconfiança;

Um bêbado.

6ª PARTE

A fotografia;

A festa;

A perseguição;

O jogo de damas.

7ª PARTE

Prenda o corpo;

Bumm!;

Olho de cão;

Aqui, ali e acolá;

Soluço antigo.

        As personagens da obra, quando aparecem, elas tem uma característica própria de pessoas do interior, mostrando-se, na maioria das vezes, rude. A linguagem das personagens sempre no uso coloquial, uma característica adotada pelo autor.

        Assim Paulo Lobão define as características da personalidade do autor e de suas obras:

Pedro Salgueiro é um ficcionista conciso. Seus contos, fundados principalmente pelo universo mítico do vasto repertório do fabulário nordestino, revestem-se de uma atmosfera inquietante, reveladora de mistérios, evidenciando uma manifesta preocupação com o implícito, com o faro apenas sugerido. Na esteira do clima de Mistério, Pedro demonstra também fascínio pelo surreal, pelo fantástico, gerando um teor abafante do sobrenatural. A morte é um tema recorrente, às vezes, concebido de forma trágica, outras vezes imbuídos de intenções humorísticas(online)[1]

        Essas características são evidentes em todos os contos. Dessa forma o autor deixa bem claro a ideia de síntese, pois cada ação ou palavra no texto traz para o leitor um sentido amplo.

CONTEÚDO DA OBRA

        Para mostrar como é tratada a obra em relação ao tema e a ideia base Pedro Salgueiro diz:

Meus pequenos contos tratam do homem comum frente ao inesperado, aos pequenos assombros cotidianos; desde o vazio existencial até o espanto diante da morte. Trato dos eternos problemas do homem, que são os mesmos desde que o homem é homem, mas nunca tento dar respostas a estes problemas, apenas procuro colocar algumas pertinentes (ou impertinentes), ver detalhes imperceptíveis ao olho apressado do dia-a-dia, enfim, tento ver o incomum no comum. (online)[2]

        Os temas tratados na obra o autor, claramente, comenta que é pequenos assombros do cotidiano, o vazio existencial e a mote.

Pedro Salgueiro trata do cotidiano das pessoas simples e dessa maneira resumi muito bem de forma ficcional e realista como os problemas do homem são enfrentados. Em muitos contos é perceptível analisar como recurso de linguagem a ironia e o humor dada as ações e situações vividas pelas personagens.

O AMBIENTE

        Em cada conto do Espantalho é possível perceber um cenário diferente, cenário esse em que o autor discorre cada enredo que compõe a obra. Pode-se assim dizer que esse é um cenário principal.

        Para o leitor entender a obra e o cenário faz-se necessário entender as características das personagens, pois é possível analisar cenários de características psicológicas: lugares ficcionais em que só pode ter acesso a própria personagem.

No conto, a circunstância conta pouco, menos ainda no romance introspectivo, quer o enredo se desenvolva na cidade, quer no perímetro rural, o que facilmente se explica pelo fato de a tônica recair sobre o sujeito da ação, não sobre a paisagem. Bem por isso, haveria que sondar o como aparece o cenário e que funções desempenha no evolver da ação (MOISES, 2007, p. 108).[3]

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