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APRENDIZAGEM DA ESCRITA DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO SEGUNDA LÍNGUA L2: POSSIBLIDADE METODOLÓGICA PARA O ENSINO DA LÍNGUA ESCRITA ORAL PARA A AUTONOMIA DO ALUNO SURDO

Por:   •  19/2/2017  •  Artigo  •  6.533 Palavras (27 Páginas)  •  515 Visualizações

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APRENDIZAGEM DA ESCRITA DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO SEGUNDA LÍNGUA L2: POSSIBLIDADE METODOLÓGICA PARA O ENSINO DA LÍNGUA ESCRITA ORAL PARA A AUTONOMIA DO ALUNO SURDO

Ana Keila Castro Garcia[1]

Marilene dos Santos Marques[2]

RESUMO

Objetivou-se com esta pesquisa investigar acerca da temática da Língua Portuguesa como L2 para uma efetiva inserção dos surdos no processo escolar e teve um caráter investigativo sendo a pesquisa do Tipo Bibliográfica. Buscou-se como base dessa pesquisa estudos teóricos, uma vez que se trata de uma análise sobre aprendizagem da escrita da língua portuguesa como segunda língua l2 para o ensino da escrita oral, mas, que uma reflexão textual considerando a legislação que culminou na concepção do direito igualitário da Língua de Sinais-Libras, assim como a construção da Língua e identidade surda e a filosofia bilinguista proposta como modelo para a aprendizagem da l2.

PALAVRAS- CHAVE: LIBRAS; Língua Portuguesa; Segunda Língua; Surdez.

ABSTRACT

The objective of this research was to investigate the theme of Portuguese as L2 for an effective integration of the deaf school process and had an investigative and bibliographical was sought as the basis of theoretical research, since it is an analysis of learning writing of Portuguese as a second language l2 for teaching oral written, but a textual reflection considering legislation that culminated in the design of equal rights of sign language-pounds, as well as the construction of language and deaf identity and philosophy bilinguista proposed as a model for learning the l2.

KEY-WORDS:LIBRAS; Portuguese; Second Language; Deafness.

1 INTRODUÇÃO

A abordagem deste tema se fez-se necessária pelas indagações ligadas à área da surdez, constatando a importância do aprendizado precoce da língua de sinais pelo surdo, como sua primeira língua.

Desde a década de 80, no Brasil iniciou-se vários estudos referentes à surdez e a língua de sinais dita como L1, ou seja a língua primeira ou materna do surdo e definiu-se de L 2 a aprendizagem da língua escrita oral. Dentro do contexto escolar o papel da língua é importantíssimo para o desenvolvimento cognitivo, linguístico e social do surdo, assim como necessária a aprendizagem da escrita da língua oral como segunda língua. Cabendo desenvolver estratégias de ensino que levem em consideração a situação psicossocial do surdo, em particular sua condição multicultural.

O processo de ensino e aprendizagem assumiu mudanças significativas no contexto acerca das transformações a qual a educação pretende alcançar diante das novas perspectivas de inclusão. Entretanto, a abordagem que trata da prática pedagógica do ensino da língua escrita oral precisa ser refletida e discutida a fim de possibilitar a todos os surdos o direito ao ensino visando à construção do ser. O respeito e valorização diante do que se pode apontar como diferente, precisa ultrapassar a mentalidade arcaica da sociedade discriminatória e se tornar um divisor de meta que visa democratizar a educação atual.

Este artigo desenvolve-se em três momentos distintos: no primeiro momento discorre-se sobre o que diz a legislação a respeito da aprendizagem da escrita da língua português L2; e sua implementação na temática de sala de aula; posteriormente faz-se a analise com base em pesquisas que tratam desta temática ressaltando as definições de Língua e Identidade, dentro deste tópico discute-se acerca da Interlíngua, e, do Bilinguismo. Finaliza-se abordando o processo da formação docente e sua qualificação para a educação especial.

Considera-se importante o estudo do tema proposto para se entender que a formação docente assim como sua qualificação é de total relevância para a atuação pedagógica com o objetivo de diminuir dificuldades de aprendizagem e proporcionar alternativas em sala de aula, respeitando a diferença linguística e sociocultural dos alunos surdos.

2 MÉTODO

2.1 TIPO DE PESQUISA

        Este artigo se desenvolveu por meio de uma pesquisa do tipo Bibliográfica, utilizou-se de citações como fonte de referências já publicadas em artigos acadêmicos, livros científicos e artigos de sites que contribuíram para enriquecer as análises, e ainda de informar, colaborar com outras pesquisas, e fomentar para a construção de conhecimento no âmbito social e educacional.

São estudos de muita importância para pesquisas referentes ao aprendizado de L2 para crianças surdas, como base teórica, fomentando a construção do conhecimento e valorização de autores com suas obras publicadas, contribuindo para novos saberes.

2.2 COLETA DE DADOS

        Os dados foram analisados a partir de artigos e capítulos de livros levando em consideração a importância da formação docente na educação especial para o ensino da Língua Portuguesa L2, na sua forma escrita oral. Assim como as práticas pedagógicas para a inclusão nas escolas.

3 LÍNGUA E IDENTIDADE

A Língua, segundo o dicionário linguística (editora CULTRIX, 2006) é um sistema de comunicação comum a uma comunidade linguística, sendo composta de regras gramaticais que possibilitam que determinados grupos de falante/ouvintes (Língua Portuguesa) consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Consequentemente a função primária da língua é a comunicação e a expressão do pensamento.

Segundo F. de Saussure (editora CULTRIX, 2013) e os estruturalistas, a língua é, portanto, um sistema cuja estrutura se estuda a partir de um Corpus, estudo que leva a uma classificação, a uma taxionomia dos elementos do sistema.

N. Chomsky (1972) ultrapassando a fase puramente classificatória, elabora modelos hipotéticos explícitos das línguas e da linguagem. Estabelece modelos de competência e um modelo de performance dos indivíduos, sendo o modelo de competência uma gramática da língua que ele fala, sito é, o mecanismo que coloca em relação sons e sentidos, que associa numa interpretação semântica a sequências de sinais acústicos.

A língua é portanto, um sistema de signos cujo funcionamento repousa sobre um certo número de regras, de coerções. É portanto, código que permite estabelecer uma comunicação entre emissor e um receptor.

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