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Amor

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Por:   •  22/10/2014  •  Seminário  •  893 Palavras (4 Páginas)  •  184 Visualizações

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Ando devagar, mas com um sorriso largo.

Na celebração de mais um ano de vida, recordei, hoje, algo que li em algum lugar de um poeta que dizia que quando aniversariava fazia as contas para saber quantos anos não tinha mais, porque ficaram para sempre perdidos no passado. “Os que ainda tenho, não sei, ninguém sabe”, dizia ele.

O que ele quis dizer com isso? Que ama tanto a vida, que não se importa tanto com a idade, pois ela é só um número. Muito mais importante do que a idade é o que se faz da vida antes que a morte não aconteça.

Aprendi essa sabedoria, mas aprendi também que aniversário é uma comemoração que não pode e nem deve passar em branco. Devemos pedir a Deus toda paz, serenidade e tranquilidade, para viver cada instante com alegria e vigor.

Afinal, a vida só vale a pena ser vivida quando somos lembrados pelo que somos, pelo que representamos na vida das pessoas que nos cercam. Parece ontem que estava, neste mesmo espaço, postando uma crônica de aniversário com frases belíssimas de Rubem Alves, que Deus nos levou recentemente.

O tempo passa numa velocidade alucinante. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante tudo vai ser diferente, como diz uma velha canção guardada na minha memória.

Rubem Alves dizia que a celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário. Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte

Sou uma pessoa muito feliz, pois tenho pessoas maravilhosas que me cercam. Uns bem de perto, uns de longe, outros de bem longe. Não importa a distância e sim o carinho. Aprendi a gostar das coisas que me cercam e em pouco tempo descobri que a vida é muito boa e que vale curtir fortemente cada momento, cada emoção.

Levo a vida tentando colocar na prática alguns ensinamentos de Rubem Alves e do meu pai. Rubem Alves dizia que a vida não é uma sonata, que para realizar a sua beleza, tem de ser tocada até o fim. É um álbum de mini sonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por mais efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada a eternidade.

Até porque um único momento de beleza e amor justifica a vida inteira. Olho para trás e vejo que Sêneca, um dos mais célebres pensadores do Império Romano, foi muito feliz ao afirmar que os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem. Mesmo quando alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres.

Já Martinho Lutero, pai da reforma protestante, dizia que os que se amam profundamente jamais envelhecem. Podem até morrer de velhice, mas morrem jovens. Por isso, quando apago velinhas, e agora são 56, todas iluminadas de vida, me inspiro em Dalai Lama: “Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez”.

Estou certo que uma das grandes bênçãos da vida é a experiência que os anos vividos nos concedem. Aniversariar é uma amostra das oportunidades.

Temos de aprender a contar nossos dias.

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