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As Determinações da prática discursiva da escrita - Freda Indursky

Por:   •  5/4/2018  •  Artigo  •  1.382 Palavras (6 Páginas)  •  283 Visualizações

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As determinações da prática discursiva da escrita

(Freda Indursky)

Freda Indursky é Doutora em Estudos da Linguagem, Professora Titular. Atua como professora convidada do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O ponto crucial é a escrita, uma das temáticas mais usadas pela professora Carme Regina Schons, onde Freda Indursky faz uma homenagem. O trabalho é um dossiê de uma revista Desenredo da Universidade de Passo Fundo. É um trabalho discursivo, divido em 9 tópicos, obtendo 18 páginas.  A autora Freda dá uma prévia de alguns dos trabalhos da Professora Carme Regina Shons.

O primeiro tópico “Apresentando as trilhas”, nele está de fato trazendo a função do artigo. Para Carme Schons (2005,p.139) [...] Quando escrevemos, estamos sempre fazendo rascunhos em nossas vidas, os quais se cruzam com tantas outras vidas rascunhadas e  (re)desenhadas e a nossa escrita implica escolhas, talvez diferentes daquelas que já estão legitimadas. Neste contexto trata de que ao lermos outros pensamentos, mudamos e criamos ideias e significados que possam de fato dar ênfase ao tema aderido. A qualquer momento o pensamento que se têm através do texto lido poderá ser mudado, dependendo de cada ponto de vista do leitor. Sobre o texto, o autor de certa forma, tem que se colocar no papel de leitor, para assim tentar passar sua ideia do assunto abordado. O autor tem que reler seu texto para poder se autocorrigir, podendo assim trazer outras ideias para seu texto.

Neste contexto a autora Freda Indursky revela a memória da autora Carme Schons, em trabalhar com o tema de politicas e linguagens. Mas o que se acabou aderindo foi pela linguagem, em foco a escrita.

A escrita em si é a Luz da análise do discurso, ou seja, é um método em andamento, que nunca tem fim, sempre em constante mudança. Ele pode ser pausado, mas nunca acabado. Tendo sempre continuidade infinita.

Um texto já publicado, onde tudo o que o autor pensou consiste ele. Neste caso o ponto final em um texto publicado dá uma forma de fronteira.  Neste caso ele dá um “Pare” a ilusão do leitor, limitando seus pensamentos. No texto a autora propõe é a desconstrução desta ideia de limitação com o interno com o externo. Fazer com que haja amplo pensamento. Vai trabalhar a reflexão e a elaboração teórica e não uma produção acadêmica que se limita entre páginas e caracteres.

Neste contexto o principal fato é que a questão teórica inicial que o artigo tenta trazer é o estabelecimento de uma distinção entre texto (enquanto produto) e escrita (enquanto processo): efeito de fechamento e completude versus efeito de abertura e incompletude. Ou seja, há uma diferença entre o texto onde ele é o foco e a escrita que é a maneira em que o foco vai ser relatado. Efeito de um texto finalizado versus um texto ou ideia não acabada. O autor pode torná-lo rascunho facilitando uma nova compreensão. Mesmo sem mudança o autor faz com que o texto seja aberto, seus sentidos poderão ser alterados antes de uma nova publicação.

Um texto não esgotado, o autor poderá revisá-lo em forma de rascunho, como uma edição revista e aumentada. Com isso o texto volta a ser aberto, antes da sua nova publicação. Isto o trazendo para uma forma de rascunho.Há vários casos em que o texto pode voltar a forma de rascunho, onde podemos encontrar também em um trabalho acadêmico sobre supervisão de um professor. Este efeito ocorre em vários tipos de textos. Até mesmo em texto literários. Onde Freda destaca os textos de Borges, onde o mesmo abriu seus textos e reformulou, abriu-os e fez deles rascunhos antes de dar término ao texto.

Mas também poderemos abrir brechas para um texto também com incompletude dando ao autor uma vaga ilusão de um texto completo.

Afinal o propósito deste texto é a escrita á luz da teoria da análise do discurso, a escrita é constituída pela materialização de ideias, perante um determinado assunto.  Cabe ao autor se colocar também no papel do leitor, assim podendo facilitar o seu entendimento, trazendo prazer nas suas ideias.

A escrita consiste em uma relação do interdiscurso do autor. É um texto de provenientes citações. A escrita trabalha com símbolos produzindo um espaço simbólico. A escrita tem seus efeitos um deles é que a prática discursiva da escrita persegue: apaga os vestígios da exterioridade no interior do texto.

A escrita tem o poder de dar corpo, forma e materialidade a saberes que já estão em circulação, inscrito tanto do interdiscurso quanto na memória discursiva de formações discursivas. Em outra forma a escrita pode ser vista como uma prática social e política. A Prática da escrita é afetada pela história. Ela ganha materialidade através da linguagem, ou seja, a língua, no contexto de fala. A escrita coloca o sujeito a querer buscar interpretação para o assunto lido, trazendo sentido.

É o gesto de interpretação que estabelece a relação entre a historicidade dos sentidos e o trabalho discursivo da escrita. A escrita no falar da cultura, passa por formações sociais, um sistema complexo e historicamente determinado. Entra em jogo, além dos sistemas políticos e econômicos, o sistema sociocultural de uma sociedade onde que a cultura passe a ser considerada com os demais elementos que a constituem e, com isso possa ser tomada como um dos elementos determinantes da prática discursiva da escrita.

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