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As Função de Ana como Mulher

Por:   •  16/5/2016  •  Ensaio  •  606 Palavras (3 Páginas)  •  199 Visualizações

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Ana

E essa dorzinha no peito? Essa dor insuportável que não deixa respirar direito, que machuca e agride a sua voz. Ana tinha 14 anos e não pensava em garotos, nem em roupas, nem em maquiagem. Ana gostava de ler o Harry  Potter  e mangás. Vestia-se estranhamente com roupas folgadas e seu cabeço vivia bagunçado. Usava óculos e não se importava muito com o que diziam. Amava os animais, mas tinha alergia. Ana gostava de café forte, chás diferentes e dias de chuva.  Gostava de escrever e tinha uma mania louca de colecionar pensamentos. Pois é! Ana não gostava de falar muito sobre o que sentia, então, quando não aguentava mais, se trancava no seu quarto e chorava. Ana era uma menina sensível, mas as pessoas não entendiam. Todos os dias ela ouvia sua mãe gritando que ela não servia para nada, e ela de uma certa forma, acreditava. Ana era tranquila, amiga, uma ótima pessoa, mas as pessoas a criticavam por ela ser como é. Tinha uma inteligência à frente do seu tempo, escrevia poesias e sonhava em dedilhar cordas de violão. Mas Ana não era comum, e isso desagradava as más línguas. Ana era travessa na infância, gostava de andar descalça e nua, nunca ligou muito para coisas materiais. Gostava da natureza e da calmaria, odiava gritos, ela preferia o silêncio. Ana era uma garota retraída, não gostava muito de falar, ela era observadora demais.

Um dia Ana acordou com uma grande polêmica. Porque ela não podia ser o que ela era? Ela só tinha 14 anos! Ela não era uma super-heroína.  Ela só era um pouco diferente. Ela se interessava por coisas diferentes, mas ela era uma adolescente como qualquer outra. Ela não queria pensar em meninos, nem em maquiagem, porque ela já havia descoberto que essas coisas são passageiras, ela preferia se preocupar com o que ela era, e como o ser humano se comportava. Não gostava de ler coisas chatas como filósofos ou coisa parecida. Mas gostava de observar cada indivíduo da sua forma.

 As pessoas duvidavam de tudo em Ana. Seus pensamentos, suas roupas, sua personalidade, sua sexualidade. E Ana ficava irritada com isso. Ela só tinha 14 anos. Ela tinha o direito de descobrir o que era por ela. Tudo em Ana tinha que ser tão precoce? Ela teria a hora dela de se apaixonar, ou ser mais vaidosa, mas no tempo dela. Ana não pensava em adiantar as coisas, ela só queria viver no seu tempo. As pessoas não entendiam.

Uma hora Ana não aguentou mais e como de praxe chorou suas incertezas deitada na sua cama. Chorou tanto que quase perdia o ar, tinha medo das pessoas estarem certas. Chorou tudo que tinha engasgado até adormecer. Ao acordar, meio atordoada se lembrou do porque sua cabeça doía. Não era ela que era diferente demais, eram as pessoas que eram maldosas demais. Ela só queria viver suas incertezas de um adolescente normal em fase de amadurecimento. Logo Ana decidiu. Não iria mais se importar tanto. Que falassem! Que achassem! Preferia ser assim, do que fingir ser o que não é. Ana era uma garota diferente das outras. Detestava fofocas e garotos populares com egos exaltados. Gostava de ler livros de ação e aventura, e odiava romances melosos. Ana era muito à frente da sua geração. Não escutava os hits do momento, e amava os The Beatles. Ana era só uma menina frágil, mas de gênio forte. E o que ela sentia só a fazia perceber que era ainda uma menina, e que não conhecia ainda nada da vida, mas que os adultos também não.

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