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As Versão Trifles

Por:   •  18/6/2018  •  Ensaio  •  546 Palavras (3 Páginas)  •  275 Visualizações

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Monologo versão Sra. Wright baseado na peça Trifles de Susan Glaspell

Primeiro eu quero agradecer por você ter vindo ao meu encontro. O destino nos afastou, mas ainda guardo as lembranças da nossa juventude, onde erámos apenas Martha e Minnie, não Senhora Hale e Wright, nessa época eu tinha uma vida. Você sabe porque eu te chamei aqui, você é a única pessoa em que eu posso confiar meus segredos e meus pesares, você salvou minha vida e apagou todas as provas que me incriminavam.

Por favor não diga nada apenas ouça o que tenho para falar. Eu matei o meu marido John Wright e não me arrependo, faria novamente. Desde o momento que entrei pela porta da casa do John, o meu próprio inferno começou a me queimar viva, o momento do “sim” na igreja foi minha sentença de morte!  Más hoje foi pior do que os dias anteriores.

        Eu levantei pela manhã, passei a noite acordada costurando um quilt, e o John ainda não havia chegado, desci até a cozinha, alimentei Fay meu canário e vesti meu avental sob meu vestido e logo fui preparar a comida ao som do canto alegre de Fay, ele enche minha vida de alegria, era só nós dois contra o mundo. Um mês antes encontrei Fay ferido no quintal com a asa quebrada. Um tentando curar as cicatrizes do outro, mas no fundo eu sabia que para a minha ferida não havia cura, se John ainda vivesse entre nós, ela sempre iria supurar.

        Senti o cheiro de álcool invadir minhas narinas, o cheiro de Bourbon impregnou no ar, eu sabia que ele estava se aproximando. Uma mão puxou meus cabelos me arremessando no chão, vi vermelho em seu tom mais puro. Ouvi sons de panelas e pratos caindo, ele me levantou e me segurou novamente pelos meus cabelos, olhou em meus olhos, John estava totalmente possuído. Ele me xingava e me culpava por coisas que eu não fazia ideia. Disse estar arrependido por ter se casado comigo, uma inútil e sem valor. Gritou que iria matar meu canário e logo em seguida me mataria. Ele me espancou o dia inteiro, com o cinto e ponta pés, eu sabia que teria várias costelas quebradas. Eu queria gritar, más eu chamaria por quem?

        John cumpriu sua promessa, ele quebrou o pescoço de Fay, ele matou minha fé, minha alegria! Ele também não iria viver! John subiu as escadas em direção ao nosso quarto, eu logo o segui, me rastejei pela escada. John já estava dormindo quando eu deitei ao seu lado.

Eu precisava fazer algo antes que ele me matasse, como fez com o Fay, e com o nosso filho no ano passado, o filho que eu carregava em meu ventre. Olhei para baixo e vi as cordas junto com o quilt. Não hesitei, enrolei a corda em seu pescoço e o estrangulei, não tinha forças suficientes, então peguei o travesseiro e o sufoquei, quando ele parou de lutar, eu sabia que estava feito. Eu deite do meu lado na cama e dormir, o melhor sono que eu já tive desde o momento em que disse “sim” diante do Padre.

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