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EXAME DE SELEÇÃO PARA O MESTRADO

Por:   •  24/1/2019  •  Monografia  •  1.743 Palavras (7 Páginas)  •  168 Visualizações

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM HISTÓRIA  

 Área de Concentração: Sociedade e Movimentos

EXAME DE SELEÇÃO PARA O MESTRADO Ingresso em 2018/1

Linha de Pesquisa: Política, Movimentos Sociais e Memória

CANDIDATO:

RICIERI ALBERICI NETO

Rio de Janeiro

2018[pic 2]

1. INTRODUÇÃO[pic 3]

A presente pesquisa se destina a estudar o início do movimento pentecostal no Brasil através dos missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg os pioneiros das Assembleias de Deus nos anos de 1910 e 1911. O foco principal está direcionado nos motivos históricos que motivaram a criação do pencostalismo clássico no Brasil assim como a cisão definitiva das igrejas evangélicas tradicionais já estabelecidas.

Para

Para acompanhar os integrantes desse esforço de guerra, foi reorganizado o quadro de capelania militar1 que não era novidade, já existia nos países Aliados, como nos Estados Unidos. Também se chegou a ter capelães na Guerra do Paraguai, porém, no pós guerra o quadro foi dissolvido.2

Mas tal assistência expunha civis que desconheciam a vida na caserna, uma vez que eram sacerdotes comuns sem preparação militar. Precisava haver uma real necessidade que levasse o Exército a mobilizar os sacerdotes, prepará-los para o front, organizá-los administrativamente em postos do oficialato, entre outras preocupações de um quadro novo que se cria.

No teatro de operações italiano os capelães precisaram fazer mais do que ministrar a extrema unção aos feridos de morte. É relevante saber se o tenente-capelão conseguiu influenciar a tropa e quais os aspectos positivos que gerou para os integrantes da força terrestre.

O pensamento e o imaginário, a relação com os valores militares do soldado precisam ser considerados, principalmente quando os homens estão expostos ao risco de morte imediata em conjunto ou individualmente.

Depois de Sigmond Freud a história não pode mais abrir mão do psicoemocional, da alma e do espírito humano. Com isso o historiador pode examinar relatórios eclesiásticos, desde que o faça em busca da objetividade e atentando para a articulação do documento (LEGOFF, 1976, p. 147).

Na guerra as doenças psicológicas e emocionais ocupam um lugar de peso dentro dos homens. Os combatentes possuíam dificuldade de resistir àquela realidade de extrema violencia e as consequências por ela produzida. Isso degenerava sua moral para continuar na batalha. As instituições precisavam amenizar o impacto que a guerra trazia sobre o homem, buscando dentro dele mesmo o suporte para enfrentar a situação. Nesse caso foi a religião que, usando da fé e da crença interior, descodificando-a através do rito, conseguiu ajudar o combatente a se manter equilibrado e com moral nas situações que o levou ao limite.

[pic 4]

1 Reorganizado com o Decreto nº 5.573, de 26 de maio de 1944.

2 O Serviço de Assistência Religiosa no Exército Brasileiro foi criado por meio do Decreto nº 747, de 24 de dezembro de 1850, era denominado Repartição Eclesiástica do Exército. Sua extinção ocorreu com a proclamação da república.

Na guerra a religião, canalizada pelo capelão militar, oferecia suporte para a alma humana, amenizando o que poderia se tornar baixa  moral.

Para Michelet é papel do historiador desvendar “as palavras que permanecem no fundo do coração” (Apud LEGOFF, 1976, p. 154). Referiu-se ao pensamento humano, quando este pode ser expresso na observação e nas atitudes e ser traduzido no papel, no documento.

O desespero é também um produto real da história e esta pode também analisar o espírito humano.

Na bibliografia específica encontramos obras como: A FEB por seu Comandante, do Marechal Mascarenhas de Moraes; Estou Ferido, de Joaquim J. Dourado;  Matar, Um Estudo Sobre o Ato de Matar, de Dave Grossman; Frei Orlando, O Capelão que não voltou, de Gentil Palhares e; Vivência de um Ex-Capelão da FEB, de Emílio Jacob Schneider, além de várias outras obras citadas.

O Mal Mascarenhas de Moraes forneceu dados sobre as dificuldades da mobilização, o estado de saúde da tropa e dos reveses iniciais sofridos pela FEB. Dourado e Jacob Schneider eram padres, capelães militares que escreveram diários sobre suas experiências na guerra, juntos com Palhares, que era tenente do Regimento de Frei Orlando e biógrafo do mesmo, forneceram informações sobre o trabalho diário dos capelães militares e sua convivência com os pracinhas.

Houve harmonia no diálogo entre os autores de forma que concordavam, mesmo sob diferentes pontos de vista, sobre a importância do acompanhamento religioso para a elevar ou recuperar a moral da tropa. Somente o Padre Manuel Inocêncio Santos,3 ao escrever um capítulo em Depoimentos de Oficiais da Reserva sobre a FEB, criticou a ociosidade que os pracinhas ficavam em sua concentração no Morro do Capistrano. Nesta questão discordou Palhares que relatou a defesa que Frei Orlando fazia àquele espaço e a harmonia da tropa.

Da obra de Dave Grossman podem ser usados elementos sobre o psicológico dos homens na guerra. Neste trabalho o autor escreveu sobre as dificuldades emocionais de atirar e de matar no combate, dando exemplos de casos ocorridos na 2ª Guerra Mundial. O livro também mostrou as consequências do impacto da exaustão, produzida pelas adversidades da guerra, sobre a moral dos combatentes.  

[pic 5]

3 É provável que a discordância de Manuel Inocêncio Santos, seja pelo fato de que fazia parte do recompletamento e não seguiu para o Teatro de Operações junto com os primeiros escalões da FEB, em 1944. Sua passagem pelo Morro do Capistrano foi  próximo do fim da guerra e da desmobilização, já tendo baixado o ímpeto das instruções.

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